domingo, 7 de fevereiro de 2021

POVO DO AMAZONAS EM TEMPO DE COVID PODE VIRAR COBAIA

A prática desses pesquisadores corruptos justifica-se pelo fim da riqueza acumulada e se for necessário farão a redução da nossa gente em cobaia tal como rato de laboratório.

 

As comunidades indígenas e ribeirinhas na Amazônia já sofreram todo tipo de agressão quando o caso envolve diretamente a questão do domínio do conhecimento ancestral e, particularmente, sobre a saúde dessa gente.

Para conter o avanço das frentes exploratórias às vezes travestidas de pastores, padres e ou pesquisadores sob o guarda-chuva de uma determinada instituição seja Igreja, Universidade e Ongs, os próprios indígenas através de suas organizações de base e demais comunidades decidiram controlar a circulação dessa gente para não ser lesados em seus direitos.

Muitas vezes esses agentes são parecidos com os representantes dos laboratórios que assiduamente frequentam os gabinetes médicos deixando amostras dos medicamentos para prescrever aos pacientes e com isso faz circular esse volumoso comércio que tem a frente poderosos laboratórios internacionais que no momento disputam entre si o domínio da vacina contra a Covid-19.

NADA DE TEORIA DA CONSPIRAÇÃO:         Reporto-me aos fatos de determinadas pesquisas que caem de paraquedas na região e de forma paralela trabalham de costas para as agências e institutos públicos que já atuam por aqui, particularmente no Amazonas, com reconhecido trabalho neste campo. De repente com explosão da Covid-19 no Amazonas a partir do primeiro caso, em março de 2020 e agora com a nova variante identificada pela Fiocruz em 2021, a poderosa indústria farmacêutica busca de toda forma se abrigar numa determinada instituição pública para realizar Inquérito de Soroprevalência de Acesso Expandido da CovId-19, como carro chefe, visando testar milhares de amazonenses tanto na capital como no interior, valendo-se do amparo de laboratórios particulares que irão fazer coletas e as análises dos testes, é caso do Projeto Epicovid-19 BR-2, respaldado pela Universidade Federal de São Paulo, mas quem fará a coleta no Amazonas é o laboratório privado Nobel e em seguida repassará para o maior laboratório privado da América Latina Grupo Hermes Pardini para analisar e estudar as amostras do sangue dos amazonenses, conforme noticiou o jornal a Crítica de Manaus (caderno cidade, C1 de 06.02.2021).

Como se sabe no mercado não tem almoço de graça, é importante que haja transparência nessas ações e que o trabalho seja conduzido nos termos do Comitê de Ética em Pesquisa sem lesar ainda mais o povo sofrido do Amazonas.

FATO RECORRENTE: Na dúvida consulte o livro de Patrick Tierney (Trevas no Eldorado), da editora Ediouro, 2002. Nesta obra o autor relata o caso de um famoso antropólogo norte-americano Napoleon Chagnon, que em Roraima, em 1995, estava a serviço de um determinado laboratório internacional em parceria com um geneticista brasileiro para coletar sangue dos Yanomami; quando flagrado em seu ato alegou as autoridades brasileiras que o objetivo era “colher amostra de sangue para realizar pesquisa sobre diferentes variedades de malária que infestavam a área”. A prática desses pesquisadores corruptos justifica-se pelo fim da riqueza acumulada e se for necessário farão a redução da nossa gente em cobaia tal como rato de laboratório.

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