segunda-feira, 3 de agosto de 2020


“LISTA DE WILSON” E A FUNÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

                                                                              
Ademir Ramos (*)

Na década de noventa, Steven Spielberg produziu uma das obras primas do cinema mundial, a Lista de Schindler (Schindler’s List), baseada na barbárie perpetrada pelo Estado nazista no curso da segunda grande guerra contra o povo judeu. O enredo da obra encerra a coragem e a determinação do empresário alemão Oskar Schindler, que junto com sua esposa Emilie Schindler listaram homens e mulheres para trabalharem em suas fábricas, salvando mais de mil refugiados judeus retirados da fila do Holocausto.

Se ao povo Judeu a Lista de Schindler foi a salvação para o povo do Amazonas, a “Lista de Wilson” (Wilson’s List), como é chamada a relação dos pacientes nos hospitais públicos do Estado à espera de uma determinada cirurgia, é pura “enrolação” podendo causar mais morte do que vida, principalmente, quando se trata de pessoas idosas que migram de um hospital ao outro tanto em Manaus como também dos demais municípios do Amazonas na esperança de encontrar a cura para os seus males.


CORRUPÇÃO VIROU REGRA: O fato é que o sistema está sucateado, a rapinagem virou regra e a corrupção modelo de gestão aliado com determinados parlamentares da base aliada que se comportam como verdadeiros corvos alimentando-se da carniça miserável da sociedade, da dor e da morte de nossa gente.
Estes Políticos Urubus não podem vingar no Brasil e muito menos no nosso Amazonas porque enquanto eles engordam suas contas bancárias com as propinas da construção de Pontes, Hospitais, Escolas, Delegacia, compra de Equipamentos e Contratações de Serviço de Terceiro, o nosso povo sofre o abandono e o descaso quando recorre aos serviços das políticas públicas.

A bronca da saúde pública do Estado, neste governo, passou pela mão do vice-governador Carlos Alberto Souza de Almeida Filho, que pouco ou nada fez para sanear os desmandos. Sem resolver a bronca como eles costumavam falar, o vice-governador bateu em retirada, pegando uma ducha na Casa Civil e em seguida jogou a toalha afastando-se da função ficando tão somente na condição de vice no encostado do Estado. Até hoje, o vice deve esclarecimentos a população a respeito dos “jabutis” que ele viu pendurado no sistema de saúde do Estado.

O governador Wilson Lima encontra-se sob a alça de mira da Polícia Federal sendo investigado por suspeita de corrupção, embora a base aliada na Assembleia Legislativa do Estado (ALEAM) vote contrária a estas acusações. Mas, o processo tramita nas instâncias superiores arrolando outros atores na trama de corrupção da saúde do Amazonas.

A rapinagem vem de longe, mas, a teoria do crime é comprobatória quando determina os agentes a seguirem o dinheiro para identificar os mandantes e seus cúmplices.


A LISTA E A FUNÇÃO DO MPE: Quanto à “Lista de Wilson” instituída nos hospitais públicos de Manaus sob o controle do Ministério Público Estadual (MPE) requer uma avaliação mais verticalizada e ajustada, não sob a lógica da corrupção que sucateou e depredou a saúde no Estado. Não, mas, em cumprimento a Função Constitucional do MPE, nos termos do Art. 129, Inciso II, que obriga este Ministério a “zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia”.

A corrupção é de grandeza exponencial no Estado conforme registro da Comissão Parlamentar de Inquérito da ALEAM. Certamente se a “Lista de Wilson” não estivesse sob a vigilância do MPE, os pacientes que estão na fila para ser operados estariam em condições piores porque, possivelmente, o clientelismo e o compadrio reinassem priorizando somente os indicados pelos Cartolas da Política no Estado.

A redução do MPE nesta circunstância frente à ordem Constitucional quanto à sua Função Social de zelar, assegurar e promover as medidas necessárias para garantia dos Direitos, sobretudo, quando se trata da saúde como serviço de relevância pública, é inaceitável. Esperam-se muito mais, em defesa da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.

(*) É professor, antropólogo, coordenador do Projeto Jaraqui e do Núcleo de Cultura Política do Amazonas vinculado ao Dpto. de Ciências Sociais da UFAM. E-mail: ademiramos@hotmail.com        

sábado, 1 de agosto de 2020

CARAMBOLEIRA QUE NÃO É SÓ MINHA CARREGADA DE SONHOS

 

Ademir Ramos (*)

Há mais de vinte anos tenho cuidado com zelo do meu pé de Carambola no recanto do jardim da modesta casa da Alameda Juruá. Faça sol ou chuva ela, a Caramboleira, continua servindo de morada para os passarinhos que voam longe, mas, ao cair da tarde voltam cantantes para o refugio noturno buscando abrigo em sua copa.

Na aurora matinal a passarada desperta em festa cantarolando os mais variados tons que se harmonizam na sinfonia da floresta com sonoridade difusa como se quisessem despertar também nos homens o canto como linguagem comunicante marcada pela alegria do bem-te-vi e do bem-viver.

No fim da tarde, o abrigo aconchegante do verde acolhedor da copa da Caramboleira faz adormecer os justos, que ao despertar pela manhã com sol ou chuva regozijam-se com alegria fazendo o mais desatento dos homens acordarem para o mundo livre voando tão longe com os passarinhos livrando-se das amarras que não apetecem seus corações e muito menos a imaginação criativa daqueles que buscam aprender a pensar guiados tão somente pelo conhecimento balizado pelo saber filosófico e da ciência em movimentação.


A Caramboleira, que não é só minha, acolhe também todos os dias as Curicas assanhadas, faladeiras com suas penas verdes que nem dos periquitos amazônicos, buscando satisfazer seus apetites comendo o fruto ainda verde, não deixando nada ou quase nada para ser consumido pelo cuidador que gosta e muito de cortar a Carambola em estrelas para degustá-la, principalmente esta, que é de um gosto doce e terno a remexer em nossa memória afetiva.

Traído pelas Curicas faladeiras e festivas, o cuidador dar-se por satisfeito em admirar as minúsculas flores da Caramboleira como promessa de fruto, alimento e pão. No curso dos projetos e sonhos quer porque quer que esta prática se espalhe como vento geral em forma de lei a garantir que a mesa seja farta e o pão de cada dia não falte jamais às crianças e jovens vindos a vicejar com saúde e beleza na aurora das manhãs com alegria e sedução na cantoria dos pássaros muito além do jardim e do Pé de Carambola da Alameda Juruá, a exigir cuidado e proteção contra os malfeitores embrutecidos, que não permitem que o outro seja capaz de amar e voar como os passarinhos na esperança do encontro de um novo amanhã.

(*) É professor, antropólogo, coordenador do jaraqui e do núcleo de cultura política do Amazonas vinculado ao Dpto. de Ciências Sociais da UFAM. E-mail: ademiramos@hotmail.com   
AS MÁSCARAS DE MANAUS


Como se sabe a desigualdade social é uma marca do capitalismo quase sempre ofuscada pelo discurso da dominação dos políticos e dos intelectuais proxenetas do poder que, embora não sejam os senhores do capital prestam relevantes serviços às oligarquias regionais, produzindo e difundindo suas concepções como se fossem verdades verdadeiras.

Ademir Ramos (*)

Estou convencido que a cidade é uma construção política, a começar por suas múltiplas representações sociais, culturais e econômicas. É política porque a sua forma decorre de um processo de ocupação que pode ocorrer de forma compulsória ou dirigida, em obediência a um determinado regramento vindo da rua ou dos palácios.

Esta trajetória ocorre de forma diferenciada, não só em relação às cidades como também a sua própria geodemografia. Digo isso para que se entenda que a cidade é uma construção e esse fenômeno resulta de interesses em conflitos assentados no direito de propriedade assegurando aos “bacanas” o bem bom, o resto fica para ser disputado entre os trabalhadores e os invisíveis sociais.

É incrível notar que tal situação é recorrente, sabendo que, em alguns territórios, onde a economia é mais concentrada nas oligarquias familiares a exclusão e o preconceito social é mais violento, principalmente, quando tais famílias apoderam-se do poder de Estado.  

Manaus não é diferente, como se sabe a desigualdade social é uma marca da sociedade capitalista quase sempre ofuscada pelo discurso da dominação dos políticos e dos intelectuais proxenetas do poder que, embora não sejam os senhores do capital prestam relevantes serviços às oligarquias regionais, produzindo e difundindo suas concepções como se fossem verdades verdadeiras, com a pretensão de inculcar em nossa população um ideal muito mais do passado do que do presente, com firme propósito de fazer a nossa gente desistir de lutar pelo reconhecimento de seus Direitos numa perspectiva de afirmação das igualdades sociais.

Para esta gente, a cidade é a morada dos “bacanas”, como se fosse um banquete, sobrando apenas para os trabalhadores e os invisíveis sociais o resto, a sobra, que disputarão entre si. A cidade e sua organização social, politicamente, quase sempre está de acordo, com a cara e o vício dos governantes, motivados às vezes por representações alheias as culturas de nossa gente, que para eles parecem  exóticas, bucólicas e até anticivilizadas.
   

MANAUS MOSTRA A TUA CARA: Para se entender tamanha arrogância das oligarquias regionais e dos novos ricos aliados a esta classe dominante local é necessário compreender a nossa própria história, a história do Amazonas, que tem seu berço nas culturais indígenas, que dominavam o fogo, a arte da cerâmica e da guerra, como bem faz os seus descentes até hoje, em defesa dos seus territórios. No entanto, por força do processo colonial foram conquistados e reduzidos a condição de escravos dos portugueses, vivendo sob o mando dos colonizadores, que além de reprimir, explorar e dominar politicamente faziam de tudo para negar e apagar a história de nossa gente, obrigando a rezar, contar e falar em português.

Não bastasse isso, saqueavam suas riquezas e abusavam de suas mulheres para que nunca mais pudessem reordenar suas forças sociais através de suas organizações políticas e culturais numa perspectiva de enfrentamento contra o os colonizadores e conquistadores portugueses. Todos esses atos de barbárie foram consumados com a benção da santa Madre Igreja em articulação com a Coroa Portuguesa.

Manaus traz em seu nome, as determinações e significados históricos que os colonizadores de ontem e de hoje não conseguirão apagar, embora cinicamente destratem das línguas e da história desta gente que se identifica como Manauara, das terras dos Manaós, recepcionando outras  nacionalidade e culturas como os nordestinos, Judeus, Sírios, Libaneses e demais cidadãos do mundo, contribuindo diretamente para a formação social, cultural e política desta cidade situada às margens do Rio Negro circundada pelas Florestas Tropicais da nossa Amazônia.


AS MÁSCARAS DE MANAUS: A história é a ciência por excelência, desvela e denuncia a nudez do Rei, o cinismo da classe dominante e a servidão dos intelectuais proxenetas, que em momento cívico são chamados a narrar à grandeza do passado para ludibriar os tolos enquanto cantam a sagacidade dos dominantes como senhores da história. Em suas narrativas históricas, tais intelectuais comportam-se como mediador da prostituição e também como bobo da corte, fazendo os senhores palacianos rirem do povo, anunciando aos quatros cantos suas proezas e maracutais eleitorais, seus embates com a magistratura seguido de “agrados e promessas”, bem como as pernadas dadas em seus adversários, as alianças partidárias e empresariais que resultaram em volumoso recurso financeiro alimentando o caixa 2 das campanhas eleitorais dos partidos políticos e os caprichos palacianos.

A narrativa é hilária provocando risos e gargalhadas dos aduladores. O pior de tudo é quando começam a falar de suas obras, que fez isto ou aquilo: “foi eu que fiz”. Nesta conjuntura, o povo é absolutamente excluídos da história e toda a sua magnitude passa a ser reduzida as representações monumentais das obras de grande porte que os governantes construíram na cidade estilo Teatro Amazonas, a Ponte Rio Negro, Palácios e Avenidas, motivando até alguns filhotes políticos desta safra a anunciarem também que foi ele também que fez a Ponte Negra e se duvidar até mesmo o Encontro das Águas e tais sandices se repetem nos meios de comunicação social envenenando a nossa gente.

As máscaras começam a cair das caras dos governantes e de seus filhotes, quando com atitudes o povo quebra a corrente da ignorância e passa a questionar a riqueza desta gente, seus privilégios e suas mordomias, exigindo explicações convincentes quanto aos investimentos destinados à melhoria de vida do povo da cidade e do interior referente à educação, saúde, segurança, moradia, cultura e outras demandas sociais como lazer, esporte e entretenimento assentados no meio ambiente saudável, em atenção às comunidades, combatendo a praga da corrupção e da impunidade a favor da Democracia.

(*) É professor, antropólogo, coordenador do NCPAM/UFAM e do Projeto Jaraqui. E-mail: ademiramos@hotmail.com
PARTICIPE DA RODA DE DISCUSSÃO EM DEFESA DO NOSSO ENCONTRO DAS ÁGUAS CORPO LIQUIDO, VIVO E BELO QUE GRITA POR PROTEÇÃO

A imagem vale mais do que mil palavras. O documento etnográfico de autoria do Valter Calheiros registra o momento em que os voluntários depois de uma jornada de limpeza das Lajes, sob a coordenação da Dra. Elisa Wandelli, do Movimento S.O.S. Encontro das Águas reúne com todos e todas no “Mirante da Embratel”, lugar esse que nos permite mirar e admirar o Cartão Postal de Manaus que é o Encontro magnífico do Rio Negro com Solimões, uma das belas manifestações de amor liquido formador do majestoso Rio das Amazonas a desaguar no Atlântico. Este bem cultural, paisagístico, etnográfico e arqueológico, nos termos do Diário Oficial da União, foi tombado como patrimônio cultural do povo brasileiro no dia 11 de novembro de 2010.

O governo do Amazonas, por sua vez, cooptado por interesse privado resolveu então recorrer contra o tombamento reivindicando pra si a competência de intervir neste “corpo líquido, vivo e belo” que é o Encontro das Águas com aval da Prefeitura de Manaus. Em 2014 a matéria foi votada por unanimidade na primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) determinando que toda e qualquer questão relativo ao tombamento do Encontro das Águas deva ser tratada na maior Corte de Justiça do País que é o STF.

Mas, o governo do Amazonas em conluio com um grupo de empresário irresponsável ambientalmente querem por que querem a construção de um Espigão Portuário nesta região. Para garantir seus interesses empresariais moveu uma Ação Ordinária contra o tombamento do Encontro das Águas, matéria esta que tramita no STF aguardando julgamento. 

Significa dizer que enquanto esta Ação Ordinária do governo do Estado do Amazonas não for julgada juntamente com mais

duas Ações do Ministério Público Federal que objetam o tombamento seguido da tutela e salvaguarda deste bem cultural do povo do Amazonas, a construção do Porto e de qualquer outro empreendimento nesta região está suspensa. Ademais, as “autorizações do IPHAN Amazonas” não passam de bravas ou lambanças muita cara para os interessados.  

domingo, 12 de julho de 2020


SABACU NO GOVERNO QUE NÃO RESPEITA AS CRIANÇAS

Pelos 30 anos do Estatuto da Criança e Adolescentes.

Levantamos e formamos uma grande roda, quando cada um canta o nome da pessoa que não simpatizava e cantando fazia de conta que estava dando um Sabacu neles.


Ademir Ramos (*)


O Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8.069/90, de 13 de julho de 1990, completa, neste ano de 2020, 30 anos de sua promulgação. Foi, sem dúvida, uma das grandes conquistas do movimento social em articulação com a pastoral familiar e da criança vinculadas a Igreja Católica coordenada pela médica sanitarista Dra. Zilda Arns Neumann, coordenadora internacional da Pastoral da Criança, com aval e apoio do Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância.
   
DETERMINAÇÃO CONSTITUCIONAL: Tenho muito orgulho de ter participado junto com outros companheiros e companheiras do Movimento Meninos e Meninas de Ruas desta luta pela efetivação do direito “dessas pessoas em desenvolvimento”, sob a direção do Padre Bruno Sechi, respaldado na Constituição Federal de 1988, que assegura à criança e ao adolescente do Brasil, em seu Art. 227, seus direitos fundamentais: “É dever da família da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.

                                       Nossa homenagem a Dra. Zilda Arns In Memoriam.

PARA JUSTAR CONTA: Juro que não me canso de falar e se possível gritar para acordar esses governantes desatentos e irresponsáveis se assim não fosse viriam a público para justar contas do seu dever constitucional. Digo e repito, um dos maiores critérios para se avaliar a gestão de um determinado governante é conferir o que este “animal político” fez ou pretende fazer em atenção aos direitos das crianças e adolescentes de Manaus, Amazonas, Brasil. Certa vez lá em Tonantins, no Alto Solimões, município do Amazonas, eu e Suki, companheira de viajem, nos deparamos à boca da noite com um grupo de criança bem na entrada da Pensão, onde estávamos hospedados, então resolvi sentar e fazer parte da roda de conversa, momento em que a laguz foi embora, como tem sido de praxe no interior do nosso Amazonas. Não parei não, exagerei na dose das narrativas contando “causa” da nossa Amazônia. Consegui segurar a meninada e depois comecei a falar da Escola, Saúde e da Felicidade das crianças e dos adolescentes enquanto direito deles e dever do Estado cabendo aos governantes realizar programas e projetos em atenção a esses brasileirinhos indígenas, quilombolas, da cidade e do campo.

Nossa homenagem In Memoriam ao Padre Bruno, amigo das crianças.

SABACU NELES: Sob a luz dos direitos fundamentais resolvi então perguntar o que eles fariam com esses políticos que pouco ou nada fazem pela vida saudável das crianças, não me responderam. Então me lembrei da brincadeira que fazia quando um dos amiguinhos não respeitava o outro ou quando não cumpria o que foi combinado e procurava enganar todo mundo. Dito isso, eles queriam saber como era a brincadeira e como se chamava. Falei que era o famoso Sabacu, quando se organiza uma grande roda e colocava o amiguinho no meio e os meninos e meninas batiam com as pontas dos dedos na cabeça do amiguinho como fosse uma forma de batismo para que ele nunca mais venha contrariar a vontade da maioria se querem saber era isso que eu gostaria de fazer com esses políticos que não respeita os direitos das crianças. Pra finalizar levantamos e formamos uma grande roda, quando cada um cantava o nome da pessoa que não simpatizava e cantando fazia de conta que estava dando um Sabacu neles.

(*) É professor, antropólogo, coordenador do projeto jaraqui e do núcleo de cultura política do Amazonas vinculado ao Dpto. de Ciências Sociais da UFAM.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

BEM-ESTAR DAS CRIANÇAS COMO CRITÉRIO DE POLÍTICAS PÚBLICAS



O mundo das crianças não é só da fantasia, do faz de conta.  Requer condições materiais, cuidado, proteção e respeito em atenção ao bem estar-social e mental dessas pessoas em desenvolvimento.

Criança é família, saúde, educação, lazer e cultura. Avaliam-se as políticas públicas de uma nação a partir da qualidade de vida das suas famílias.


O importante é saber que os políticos parlamentar ou governo devam assumir compromisso antes de tudo com a vida saudável das crianças porque se elas estiverem felizes e saudáveis a sociedade como um todo estará em festa.

O portal da felicidade dessas crianças em todos os mundos é a educação em tempo integral, da creche ao ensino fundamental.

Nesta situação, a escola é uma instituição catalisadora a reunir em sua estrutura projetos e programas focados no desenvolvimento humano com vida saudável, felicidade e só alegria.                

quarta-feira, 1 de julho de 2020

DIZEM QUE TODO POLÍTICO É LADRÃO


   
Ademir Ramos (*)

Esta opinião circula pelo vasto mundo. É bom que tenhamos a clareza da situação para não endossar os apetites dos afoitos que querem porque querem fechar o congresso e dar cabo aos demais poderes constitucionais rasgando a nossa Carta Magna.

Estes afoitos projetam no outro a nossa desgraça e com isso buscam se livrar de qualquer responsabilidade dos fatos. Mas, saibam todos que o parlamento e o governo foram eleitos pela vontade popular e só serão depostos se contrariarem formalmente a Constituição e as leis infraconstitucionais.

Se nós aceitássemos a máxima corrente de que todo político é ladrão estaríamos compactuando com a morte da Democracia em favor de um governo autoritário e personalista, chamemos de ditadura, tirania como quiserem, o fato é que as liberdades civis serão castradas e a Nação será refém do poder absoluto que se pauta na sua própria vontade articulado com as facções que os apoia, instrumentalizando, dessa feita, o Estado para seus interesses patrimoniais e corporativos.

No varejo somos todos iguais. Por esta razão é importante aprimorar os mecanismos de controle institucional e da sociedade civil organizada assentado na liberdade de imprensa e na livre manifestação do pensamento nos termos da lei.
 

Na Democracia, verdadeiramente, os fins não justificam os meios. Pois se assim fosse a corrupção seria regra e não exceção. Em resumo, é necessário aprimorar o sistema eleitoral, permitindo que o eleitor cidadão tenha mais clareza quanto à sua opção nas urnas votando com responsabilidade e consciência.

A corrupção é recorrente, o ladrão existe, a vigilância e o combate têm sido constantes tanto no Legislativo como no Executivo e Judiciário.  Imputar unicamente ao povo esta responsabilidade é injusto se o Legislativo não trabalha com propósito de fazer uma Reforma Política Já, que defina os meios estruturantes para melhor escolher e optar nas urnas por candidatos responsáveis comprometidos com as demandas populares. Não havendo Reforma, os políticos continuarão sendo apedrejados pelos justiceiros que nem Madalena nas ruas, praças, mais ainda, nas mídias sociais sem a tutela do Cristo.           
  
(*) É professor, antropólogo, coordenador do projeto jaraqui e do núcleo de cultura política do Amazonas vinculado ao Dpto. de Ciências Sociais da UFAM.


terça-feira, 30 de junho de 2020


NOSSO PAPO RETO: COMBATE À CORRUPÇÃO



Ademir Ramos (*)

A operação Lava Jato representa para a economia política nacional um marco diferencial de combate à corrupção e a impunidade tanto no público quanto no privado.

Tem sido assim e assim seja porque a corrupção, segundo Maquiavel, é da natureza do homem. O singular de uma política comprometida com as causas populares e com a justiça social é o aprimoramento, cada vez mais, dos controles de combate a esta praga que é a corrupção nos poderes públicos articulados com algumas empresas privadas saqueando o erário o que faz com que a precarização das públicas seja uma constante nas ações de governo. 
  
O respaldo legal e legítimo destas ações aplaudidas pelo povo é a nossa Carta Maior que determinou com afinco a competência do Ministério Público como controle social, bem como, a conceituação jurídica dos poderes como instrumentos de Estado acima dos vícios e acidentes dos governos e seus governantes.

Por esta razão se faz necessário defender autonomia da Polícia Federal e dos demais órgãos afins. É claro, temos muito a melhorar começando pela qualidade dos parlamentares – da câmara, assembleia até o senado – assim como também os critérios de escolha dos Tribunais de Conta, da União e até do STF.

Este é um ajuste que deve ser feito de forma transparente visando unicamente o fortalecimento do Estado focado mais ainda na qualificação da Democracia Participativa como forma de governo, condenando sumariamente a prática de lideranças autoritárias, populistas e com arroubos ditatoriais.

Para fortalecer esta política combativa é muito importante que os poderes da república promovam campanhas publicitárias de conscientização como investimento na qualificação do voto emanado do poder soberano do povo, não mais como mero assistente, mas, como sujeito da nossa história.

(*) É professor, antropólogo, coordenador do projeto jaraqui e do núcleo de cultura política do Amazonas vinculado ao Dpto. de Ciências Sociais da UFAM. E-mail: ademiramos@hotmail.com
O AMOR EM CHAMAS


Uma das mais belas obras do texto sagrado, os Cânticos dos Cânticos exalta o amor em chamas nos corpos dos amados. Segundo as notas introdutórias da Bíblia de Jerusalém, das edições Paulinas, o livro sapiencial define-se por uma “série de poemas o amor mútuo de um Amado e de uma Amada, que se unem e se perdem, se buscam e se encontram”. A interpretação e compreensão dos oito poemas dos Cânticos recorrem às alegorias e demais formas de linguagem objeto de estudo da hermenêutica hebraica, cristã e literária.

O texto tem sido analisado por exegetas seguidos de múltiplas leituras teológicas. Mas, na tradição literária, o poético é mais relevante que o teológico movido pelo calor melódico dos corpos que se encontram embriagados de prazer do vinho delicioso de tua boca “que se derrama na minha/molhando-me lábios e dentes”.   

Arrebata-me canta o poeta e “beija-me com beijos de tua boca/ teus amores são melhores do que o vinho”. Nessa fricção dos corpos faiscantes “meu amado põe a mão/ pela fenda da porta:/ as entranhas me estremecem”.

Beleza, formosura e gosto são verdades da ciência do amor provado no campo ou no leito dos prazeres  regido pela química das relações mútuas seladas pelo consentimento do encontro prospectivo do encantamento das forças amorosas seduzido pela grandeza das tuas formas porque “és toda bela, minha amada”, exclama o cantante a declarar ainda que “teus peitos são dois filhotes/ filhos gêmeos de gazela/ pastando entre açucenas”.

Nos Cânticos, os amantes são cúmplices, vivem intensamente porque o amor segundo o livro sapiencial é paixão, forte como a morte e “cruel como o abismo”, bem nos modos e meios do realismo sentimental nos tempos da modernidade. 

Saiba também que o amor é, sobretudo, gratuidade não está à venda “quisesse alguém dar tudo o que tem/ para comprar o amor.../ seria tratado com desprezo”, este é o mandamento que rege a sonata dos Cânticos dos Cânticos, primando pela ordem do movimento de sua composição com a mesmo aptidão e vontade na feitoria da arte de amar. É a nossa gratidão aos enamorados.    

SUPERINTENDENTE DO IPHAN AMAZONAS FAZ LAMBANÇA E AUTORIZA LICENÇA DE INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO DO PORTO DAS LAJES



O centro de documentação do Movimento S.O.S. Encontro das Águas coordenado pelo etnógrafo fotográfico Valter Calheiros fez circular na rede do Fórum das Águas, ofício n. 1171/2018, datado de 06 de dezembro de 2018, da superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) Karla Bitar Rodrigues destinado ao diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) com o seguinte ordenamento: “Vimos, por meio deste, anuir a Licença Prévia - LP do empreendimento em questão”.

A tratativa com o governo do estado por meio do IPAAM faz-se em atenção “Análise do Relatório de Avaliação de Impacto ao Património Arqueológico - RAIPA: Terminal Portuário das Lajes -- Município de Manaus -- Estado do Amazonas”.

LAMBANÇA da superintende do órgão protecionista da cultura nacional beira o ridículo. Depois de se manifestar pela construção do terminal portuário, lavrando a licença previa de sua instalação e operação, a dita cuja informa as empresas interessadas que “cumpre informar que aguarda-se a decisão judicial, a ser proferida no âmbito do Supremo Tribunal Federal, através da Ação Cível Originária n' 2514, para que ocorra tal manifestação”.


PELA SUSPEIÇÃO DA SUPERINTENDENTE: Em poucas palavras, a senhora superintendente Karla Bitar Rodrigues sabe que o Fórum por excelência para decidir sobre o presente e futuro do Tombamento do Encontro das Águas no Amazonas é o Supremo Tribunal Federal (STF). Sabe também que as Ações estão em juízo por esta razão jamais poderia se manifestar licenciando a instalação e operação do Porto das Lajes. Assim fazendo permite que o Movimento S.O.S Encontro das Águas formalize sua suspeição e exija seu afastamento imediato do cargo ou da função. 

DESISTIR JAMAIS


Milhares de brasileiros choram pelos seis mortos neste mundo das incerteza e das atribulações, das dúvidas e dos predadores políticos, os devotos do amor e da esperança buscam um porto seguro aqui e agora na tentativa de obter algumas respostas ou quem sabe ânimo, coragem para fortalecer seus propósitos contra os males que os perseguem. São pessoas que amam e desejam, sonham e lutam por um mundo justo e solidário.

Os céticos podem até achar que buscar um porto segura nesta tormenta conjuntural é muito mais um pesadelo do que realidade. Contudo, é importante que todos saibam que a fé como um projeto em construção permite aos devotos ver além das aparência sem transferir para o outro e aos Céus deveres e responsabilidade que são suas no curso de sua trajetória pelas veredas de sua existência.

A religação dos sonhos com a realidade na superação dos desafios que enfrentamos é uma resposta de fé ajustada por determinação e vontade que nos move em direção a este mundo possível marcado pela justiça social com menos desigualdade e mais prosperidade partilhada na mesa e nas práticas sociais como expressão do amor fundado na reciprocidade e na gratuidade socialmente solidária.

A fé não é um ponto fixo é uma paixão que arde no peito das pessoas bem-aventuradas, não nos é dada é uma conquista que se firma no curso da sua ou da nossa trajetória, dando sentido e significado a vida desde que saibamos as razões que impulsionam nossos sonhos e desejos que compartilhamos com o outro centrados no dever e no direito de se viver com dignidade cimentado pelo amor presente esperançado pela justiça  na perspectiva de um mundo solidário e fraterno calçado na liberdade e na força de nossas organizações sociais crendo nas bem-aventuranças porque sabemos que não há males para sempre e com essa certeza haveremos em breve de soprar pra bem longe a dor e a tristeza e em seu lugar a vida renasça em abundancia com muita alegria, confiança e paz.           

VIVA SÃO JOÃO!!!
A FESTA QUE NUNCA SE ACABA


Junho é tempo de brincar com os santos é Antônio, João, Paulo, Pedro e Marçal com esta seleção o Pai Eterno nem olha os nossos pecados, mas somente “a fé que anima” nossa alegria nas rodas das fogueiras nos tablados comungando alegria e os prazeres da mesa.

É tempo de humanização dos santos, quando eles como atores principais ressuscitam entre os homens encarnando sua dimensão humana arrebatando a todos e todas para uma só alegria que se múltipla por toda cultura comungando a reciprocidade do bem viver.

A liturgia da alegria reúne amigos, famílias, grupos e demais segmentos sociais do campo e da cidade que brincam, dançam e cantam como crianças em volta das luzes das fogueiras. Esta festa com os santos é também um grande aprendizado a reclamar que a justiça se manifeste como luz clareando as interfaces do nosso existir libertando-nos das correntes que nos amarram e prendem no tosco vício da tristeza, medo e desamor.



A contagiante alegria é um estado a ser conquistado socialmente devendo encontrar morada nas pessoas que amam e se projetam socialmente além da história com determinante desejo de felicidade.

Mas, o tempo fugidio assim como o egocentrismo tenta nos mover de toda forma não mais nas luzes da alegria e da comunhão. Por esta razão, o tempo cíclico das celebrações populares é um justo pretexto que nos permite renovar nossas promessas sob o ânimo do bem viver marcado pela felicidade fraterna reunidos no calor da sociedade como sujeito da alegria que faz da nossa cultura uma festa que nunca acaba.     
DEMOCRATIZANDO OS PARTIDOS POLÍTICOS COM 
TRANSPARÊNCIA E RESPONSABILIDADE


Ademir Ramos (*)

No Brasil temos mais de 30 partidos políticos com representação no congresso nacional. Estas organizações são todas bancadas por recurso público com intuito de assegurar sua autonomia no julgamento das matérias, afastando em tese a rendição dessas instituições aos interesses das corporações empresariais. Os fatos investigados pela Operação Lava Jato denunciam ao contrário. Mas mesmo assim, os partidos políticos continuam sendo a sustentação da democracia quanto à instituição da representatividade popular devendo ser cada vez mais aprimorada talvez por meio de uma Reforma Política, o mais breve possível, permitindo a inauguração de um novo sistema que estreite cada vez mais o fosso entre o representante e o representado, ou seja, entre o congresso e o povo.

O MANDONISMO NOS PARTIDOS: O professor Boaventura de Souza chamou-nos a atenção da importância dos partidos, devendo ser mais analisado quanto ao seu processo democrático.  Vejamos, eles primam pelas eleições, mas, internamente, em sua maioria, são dirigidos pelo mandonismo de uma direção nacional que quase sempre está centrada numa oligarquia familiar que reproduz pelos estados.

QUALIDADE DOS SEUS ATORES: Sua organização funcional, em síntese, está fincada em três categorias de atores: Os tarefeiros, os militantes e os adesistas. Os tarefeiros são profissionais do partido são atores que foram cooptados pela direção e estão pronto para qualquer embate. Eles são cumpridores de tarefas às vezes remuneradas, quando não, primam pelo status de ter acesso ao partido o que lhes permitem pleitear algum cargo no governo direto ou indiretamente. Os tarefeiros muitas vezes agem como milícias partidárias. São legalistas sem ser programático, não têm base eleitoral fazem do partido a sua morada. São os olhos e ouvidos da direção e quase sempre estão disponíveis para as manifestações de massa. Os militantes diferenciam-se dos tarefeiros porque buscam ampliar cada vez sua participação nos núcleos, segmentos, grupos, comunidades e nos movimentos sociais. 

Eles se afirmam enquanto sujeitos operantes discutindo e analisando as questões sociais junto aos partidos, não como fim mais como meio que possam da voz as propostas e quem sabe encaminhar as demandas junto ao Executivo ou através do Legislativo a depender das articulações da direção estadual ou municipal. Os militantes são programáticos gostariam e muito que os partidos fossem catalisadores de suas demandas deslocando sua direção para o foco dos problemas como verdadeira plataforma de apoio atuando como vanguarda que lhes dessem suporte necessário às articulações e mobilizações junto às lideranças sociais. Mas, quase sempre é travado o que prejudica e muito a credibilidade do militante e do seu partido. Os adesistas são bajuladores e oportunistas estão mais para os tarefeiros do que para os militantes. Fazem tudo para “aparecer na foto” são agentes úteis no projeto mandonista da direção partidária.


PELA UNIDADE PROGRAMÁTICA: Por estas razões faz-se necessário a democratização dos partidos com responsabilidade e transparência focada na Unidade Programática da sigla pautada na sua reorganização com propósito de investir nas representações populares catalisando suas demandas sociais visando os embates eleitorais porque como se sabe um partido sem voto é como peixe fora d’água está morto e sua direção deposta por inoperância.

(*) É professor, antropólogo, coordenador do projeto jaraqui e do núcleo de cultura política do Amazonas vinculado ao Dpto. de Ciências Sociais da UFAM. E-MAIL: ademiramos@hotmail.com       

quinta-feira, 25 de junho de 2020


A POÉTICA DA DEMOCRACIA


Aproveito a oportunidade e presto minha homenagem ao ministro Dr. Almino Afonso, que muito nos animou nesta luta que agora compartilho com as amigas e amigos por meio desta nossa página porque, segundo, Milton Nascimento “E há que se cuidar do broto/ Pra que a vida nos dê flor e fruto”.  
 
Ademir Ramos (*)


Entendo que o jardim seja a morada das flores, orquídeas, cravos, rosas e outras belezuras que atiçam nas pessoas paixões, sentimentos e valores estéticos quanto ao equilíbrio de suas ralações políticas com a natureza, sociedade e cultura formadora do desenvolvimento humano.

Este espaço é pensado, concebida e semeada com propósito de se deixar encantar pela beleza exuberante que nos invade. Mas é preciso plantar e cuidar a cada dia combatendo os agressores que chegam às vezes sorrateiros, quando não, no grito, possessos de uma força delegada que julgam possuir como se fosse um salvo conduto para matar a vida, as flores, destruindo o verde, poluindo o ar e as águas.

O desencanto é geral porque eles querem porque querem recriar o mundo a sua imagem e semelhança de forma insípida, horripilante, sem perfume e sem o sopro da vida, regido não mais pela diversidade do pensamento, do belo, das cores, da vida, da ciência e dos saberes, mas, pela estupidez e ignorância que manda a política autoritária pisoteando o jardim e todo verde que embeleza a ordem democrática de forma peripatética, como bem exaltava o mestre Aristóteles, ensinando aos seus discípulos que “a democracia entre as formas de governo é a melhor das más”. 
A defesa deste nosso jardim faz-se necessária. O zelo e o cuidado devem ser constantes para que as ervas daninhas da estupidez, ignorância e da truculência não mate o verde e muito menos pisoteiem nossas flores proibindo a livre manifestação do pensamento e da dignidade da pessoa humana.

O verde ganhou forma no imperativo constitucional, o perfume das flores assim como também o hálito das florestas espalharam-se pelos campos e cidades. Mas, saibam todos que somente os sonhadores, poetas, pensadores e ambientalistas não são suficientes para proteger e conservar o belo é preciso despertar no coração do povo a responsabilidade do voto consciente qualificando sua opção e direcionando sua vontade no presente e no futuro da democracia com verdejante participação popular inebriado pelo perfume da política com p maiúsculo movido pela força do direito que opera e faz Justiça Social.

(*) É professor, antropólogo, coordenador do projeto jaraqui e do núcleo de cultura política do Amazonas vinculado ao Dpto. de Ciências Sociais da UFAM.