Ademir Ramos (*)
Na Democracia o voto é determinante quanto à legitimidade representativa dos Partidos Políticos, sua posição e aliança relativas às ações de governo frente ao Estado. O cenário em questão define o posicionamento dos Partidos quanto à situação e oposição. Quando se trata das ações programáticas, os Partido são conceitualmente definidos como Direita, Esquerda ou Centro. Estas definições resultam de suas estratégias referentes à realização de seus objetivos qualificados por suas táticas ou meios que os atores ou militantes partidários recorrem para efetivação de seus projetos e programas políticos.
NESSA CONJUNTURA é oportuno que a política tenha relevância na definição das ações. Na luta contra a pandemia da covid-19 as ações de combate ficaram sob as ordens do executivo nacional, estadual, municipal e distrital. Os Partidos de Oposição Programática quando muito judicializaram ações junto ao Supremo Tribunal Federal para direcionar ou fazer cumprir determinado preceito da ordem constitucional. Na primeira onda entre abril e maio, os Partidos Programáticos unificaram força no Congresso Nacional para aprovar o montante do auxílio emergencial em atenção às famílias mais vulneráveis seguido de projetos afins. Nesta segundo onda, os chamados Partidos de Esquerda ou de Oposição Programática, bem diferente da situação, encontram-se atuando pontualmente de forma desconectados sem uma estratégia finalística comparada a uma plataforma sustentável que sirva de mola propulsora para 2022, quando teremos eleições proporcionais e majoritárias.
A DEFESA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE focado nas políticas sociais e econômicas articulados com ações e serviços visando à promoção, proteção e recuperação da saúde como direito de todos e dever do Estado; a implantação do Plano Nacional de Imunização contra a covid-19 seguido de novos investimentos na indústria nacional, no agronegócio e na economia de pequeno e médio porte no campo e na cidade, resgatando a dinâmica da economia com trabalho, emprego e renda como estratégia de desenvolvimento social em atenção à sustentabilidade de nossa gente. Estas ações programáticas integram as propostas tanto da Direita como da Esquerda às vezes de forma sustentável outras vezes motivada pelo liberalismo econômico apostando suas fichas nas regras de mercado como fiel da balança das relações entre capital e trabalho.
O DIFERENCIAL ENTRE OS PARTIDOS não se faz pela sigla da legenda e muito menos pelo personalismo dos seus atores, mas pela estratégia do Partido qualificado por suas táticas e meios no curso de suas ações programáticas pautadas por força de sua história, seus embates centrado na organização e estrutura partidária assentada na Constituição Federal e leis afins catalisando as demandas sociais no horizonte da economia política local e mundial.
FEITO ESSAS CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES volto para questão que julgo substantiva quanto à pandemia e o comprometimento dos Partidos de Oposição Programática em si mesmo ou articulado numa plataforma partidária de esquerda em atenção à vida saudável e a sustentabilidade das famílias combatendo à fome com trabalho, renda e pão, empoderando as organizações e os movimentos socioambientais. Para realização desse projeto de governo, os Partidos Programáticos devem projetar suas ações além das corporações associativas, empresarias e das amarras burocráticas governamentais para se firmar como protagonistas das transformações sociais qualificando-se como formulador de políticas públicas que busca a proteção e a recuperação da saúde e da economia nacional no fórum das nações.
PARA ESSE FIM é importante que os Partidos Programáticos de esquerda discutam e definam com clareza suas estratégias política e alianças articuladas com seus parceiros tendo em vista a consecução de sua agenda estratégica agregando atores, militantes e apoiadores para realização dos projetos e programas políticos estruturante socialmente justo e economicamente sustentável. Sabedores de que os fins são concebidos socialmente, sonhados e desejados no universo sedutor da política para despertar nos protagonistas o sentimento de pertença devendo ser disseminado e compartilhado entre seus pares nas lutas sociais movidos por interesses recíprocos formatados em propostas, projetos, programas e ações tal como uma força indutora que unifica não por princípios ideológicos imutáveis, mas, pela ação programática factível e politicamente viável no contexto da história local e mundial em respeito as suas múltiplas determinações.
(*) É professor, antropólogo, coordenador do projeto jaraqui e do NCPAM do Dpto. de Ciências Sociais da UFAM. E.mail: ademiramos@hotmail.com
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