Esta onda contagiante é sentida em todos os Estados da Federação, particularmente, no Amazonas, onde a irresponsabilidade parece ato premeditado com saldo de milhares de mortes em casa e nos hospitais por falta de insumo básico no Sistema Público de Saúde matando paciente por falta de oxigênio hospitalar.
Ademir Ramos (*)
À época Chico Buarque (Roda Viva) manifestava sua indignação contra a ditadura no Brasil que perseguia e matava todo e qualquer cidad@o que ousasse contrariar a ordem do dia regida pelo poder totalitário golpista disseminando medo e terror como estratégia de domínio político sob o controle das baionetas e dos cassetetes.
No presente, o sentimento é de dor e perda movidos pela indignação e resistência contra o desgoverno que mata pela corrupção, indiferença e irresponsabilidade quanto o não cumprimento de seu dever Constitucional nos termos do Art. 196 relativo à saúde como direito de todos e dever do Estado, garantindo para esse fim “políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
Neste momento, a saúde do povo brasileiro encontra-se ameaçada pelo novo coronavírus tipificado pela pandemia da Covid-19, causando-nos milhares de morte por todo o Brasil, não só pela carga viral que ele carrega, mas, sobretudo, pela perversa desigualdade social que reduz o nosso povo a condição de extrema pobreza sem trabalho, emprego e renda, vivendo e morando em péssimas condições sem acesso aos serviços básicos de saúde de qualidade.
A Covid-19 se faz muito mais letal quando disseminada entre os miseráveis, emergentes ou socialmente excluídos sob o mandonismo de um governo corrupto, irresponsável e inconsequente que relativiza a força da lei e da ordem Constitucional em favor da magia entronizada do poder que busca de toda forma negar a participação popular, a ciência médica e toda forma de saber sistemático para se firmar pela força e truculência das armas em afronta aos poderes instituídos, bem como o direito do contraditório reduzindo a política a sua imagem e semelhança com ampla repercussão em todo o sistema da ordem Democrática.
Esta onda contagiante é sentida em todos os Estados da Federação, particularmente, no Amazonas, onde a irresponsabilidade parece como ato premeditado com saldo de milhares de mortes em casa e nos hospitais por falta de insumo básico no Sistema Público de Saúde matando paciente por falta de oxigênio hospitalar.
A barbaridade desses governantes é marca de crueldade porque contraria os valores humanísticos e mais ainda, viola o mandamento cristão do amor relacional, da misericórdia, da partilha eucarística e da comunhão em sociedade.
Contra os bárbaros da saúde pública o Amazonas a cidadania participativa se levanta, mobilizando os meios necessários junto de seus pares para lutar socialmente contra esses malfeitores que não cuidam da vida do seu povo e muito menos respeitam seus Direitos Fundamentais quanto à promoção, proteção, recuperação da economia e saúde da nossa gente.
O preço dessa rebelião social se faz com a reprovação desses governantes e políticos nas urnas, praças e ruas com o sonoro Fora Já!
(*) É professor, antropólogo, coordenador do projeto jaraqui e do NCPAM do Dpto. de Ciências Sociais da UFAM.
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