quarta-feira, 26 de julho de 2017



QUANDO O TINHOSO É AFETADO PELA SÍNDROME DO CAVALO
Ademir Ramos (*)
Na literatura de cordel nos deparamos com vários enredos que registram a presença de político no reino do Capiroto. No Amazonas, este domínio e poder orienta-se pela tradição medieval baseada na narrativa popular de São Cipriano, a exigir dos devotos do Capiroto a entrega total de sua alma e em troca o Tinhosa acumula poder e gloria. Ungidos deste espírito, os políticos picaretas batem no peito e falam com orgulho de suas práticas ardilosas, fazendo o povo acreditar na sua inocência, a merecer desta gente a confiança que precisavam para assaltar o Estado, metendo a mão no orçamento publico, instrumentalizando o governo para fins familiares ou de facções corruptas e criminosas. Deste modo, enriquecem da noite paro o dia deixando o nosso povo cada vez mais pobre, vivendo na miséria social e moral. Nesta circunstância, a Delação Premiado, como instrumento de justiça, é sem dúvida um excelente estatuto legal para conhecer e denunciar estes políticos corruptos, que por força do capital acumulado através da corrupção estruturante de Estado, acham-se acima do bem e do mal, alegando inocência perante o povo enquanto as investigações da Operação Lava Jato, no Supremo Tribunal Federal (STF), acusam estes políticos dos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e há também descrições referentes à formação de cartel como também de fraude a licitações. O Tinhoso, como é conhecido o lambanceiro dos Igarapés de Manaus, está mais sujo que pau de galinheiro, vivendo um grande dilema porque no próximo ano teremos eleição para o senado federal, onde duas vagas estarão em disputas. Neste caso, as eleições suplementares de 2017 são sem dúvida condição necessárias para assegurar a sobrevivência eleitoral deste lambanceiro das ribeiras que, em sendo eleito terá a garantia de um julgamento especial no STF nos termos do instituto do foro privilegiado ao contrário cairá para os tribunais comuns perdendo a prerrogativas que o mandato popular lhe confere correndo risco de ser condenado e execrado publicamente pelo povo do Amazonas.


CUSPINDO FOGO: A esta altura do campeonato eleitoral o Tinhoso deve está cuspindo fogo por ter sido afetado pela “síndrome do cavalo” caracterizada pelo crescimento pra baixo na forma da calda do equino e por ser alongada e avantajada atrai para si determinados epítetos depreciativos a denunciar seu comportamento bestial marcado pelo coice como reza a fabula de La Fontaine. Ademais, com aproximação das eleições agendadas para o dia 06 de agosto a tensão aumenta cada dia e o Tinhoso além de soltar fogo pelas ventas passa a instrumentalizar o seu vice para difamar, caluniar e injuriar os adversários, sobretudo, o candidato do PDT, Amazonino Mendes. Mas, pelo crescimento pra cima da candidata do PP, Rebeca Garcia, turbinada pela maquina do governo Tampinha, deverá praguejar na mídia contra a candidata do PP por estar ameaçando o seu lugar no pódio das eleições para segundo turno. 

NATUREZA E MERCADO: Os pensadores de forma recorrente tentam de toda forma interpretar e compreender as relações sociais quanto à sua racionalidade. Determinados segmentos buscam respostas na natureza, considerando que tal comportamento social decorre de forma arbitrária outros constroem mediações fundamentadas nas culturas, formações socioeconômicas de cada nação e nos mercados na perspectiva de respostas objetivas para explicar a conduta moral e política de determinados homens endominiados pelo poder acumulando riqueza e gloria à custa da miséria do seu povo. Estes políticos possessos da inveja, da arrogância e da bestialidade humana, não tem escrúpulo são capazes de instituir a barbárie valendo-se do medo e do crime para dominar e controlar as instituições democráticas e com isto perpetuar-se no governo por meio da corrupção afrontando os valores republicanos e o Estado Democrático de Direito. Cabe ao povo do Amazonas julgar nas urnas, condenando estas aberrações para o fundo do inferno, que o nosso povo acostumou a chamar de Balatal, vaza Tinhoso.
(*) É professor, antropólogo, coordenador do NCPAM/UFAM e do projeto jaraqui. E-mail: ademiramos@hotmail.com     

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