quarta-feira, 4 de junho de 2008

EDUCAÇÃO ÉTNICO-RACIAL NO AMAZONAS

A formação continuada de professores do ensino fundamental e médio das escolas públicas do Amazonas conta com o apoio da Petrobrás para realização de um curso de Cultura Indígena e Afro-Brasileira, com carga horária de 200 horas, em cumprimento a Lei 11. 645, de 10 março de 2008, que estabelecem as bases da educação nacional, incluindo no currículo escolar da rede de ensino a obrigatoriedade do tema História e Cultura Indígena e Afro-Brasileira.

No Amazonas, o projeto tem a coordenação do professor e antropólogo Ademir Ramos, pesquisador do Núcleo de Cultura Política (NCPAM) da Universidade Federal do Amazonas, contando com o patrocínio da Petrobras, Ministério da Cultura e a Fundação de Apoio da Universidade Federal de São João Del-Rei, Minas Gerais. Além dos patrocinadores registra-se também o apoio técnico do Sebrae Amazonas.

Os professores em formação foram selecionados pela gerência do Departamento de Educação Fundamental da Secretario Estadual de Educação (SEDUC), em 21 municípios do Estado. Toda a logística, segundo o técnico da Seduc, Eriberto Façanha, “envolve capital e interior, contemplando quase 100 comunidades, somando aproximadamente 500 professores da rede”.

O curso será mediado pelo Centro de Mídias da Seduc, em Manaus, sob a coordenação do professor Ademir Ramos e os demais pesquisadores do NCPAM, que “há mais de quatro meses trabalharam na pesquisa e formatação dos conteúdos programáticos”, informa o educador.

O apoio do Sebrae, segundo a coordenação do projeto, foi necessário porque a instituição domina a prática de educação a distancia e por possibilitar e editoração das aulas.

Para diretora do Sebrae Amazonas, Maria José Alves da Silva, “o curso inaugura uma nova prática curricular pedagógica, promovendo valores e agregando novas formas de saber, que resultam na afirmação e reconhecimento do Direito desses cidadãos brasileiros numa perspectiva de desenvolvimento humano”.

Na segunda-feira (2) o Ncpam, junto com os parceiros, participou da abertura do curso que contou com a representação do movimento indígena e dos afro-descendentes.

As aulas iniciarão no dia 9 próximo estendendo-se até o dia 07 de julho, no horário das 14 às 16 h, seguido de leituras complementares para conclusão da carga horário proposta. A certificação do curso será feita pela Seduc por meio do Centro de Formação Padre Anchieta.

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