SUFRAMA FALA DO FATURAMENTO DO PIM E O IBGE APONTA QUEDA EM 2012
As empresas incentivadas do Polo Industrial de
Manaus (PIM) fecharam o ano de 2012 com faturamento de R$ 73.448.393.473. O
número está 6,39% acima do faturamento de 2011, com destaque para bens de
Informática, que cresceram 26% entre os dois períodos, representando, sozinhos,
11,6% de todo o faturamento do modelo. O
saldo de empregos foi de 116.950 postos de trabalho diretos em dezembro, com
média anual de 120.056.
O comunicado está na página da Suframa http://www.suframa.gov.br/suf_pub_noticias.cfm?id=13954,
merecendo dos analistas e dos formuladores de políticas públicas toda atenção
devida. Sem muito malabarismo linguístico pode-se constatar que a lógica do
modelo é concentrador, primando pela acumulação da riqueza nas mãos de poucos
enquanto os postos de trabalho continuam no mesmo patamar, com perdas
significativas, não só quanto aos números de empregos diretos, como também nos
salários dos trabalhadores do PIM, contribuindo diretamente para a perversa
desigualdade instalada na cidade de Manaus.
Para melhor entender esse processo recorremos a
Unidade Estadual do IBGE no Amazonas, que de pronto nos atendeu repassando
dados que podem sustentar outras leituras quanto à exaustão do Modelo Zona
Franca de Manaus.
Saldo
Negativo: Em dezembro de 2012, a produção industrial do Amazonas
ajustada sazonalmente mostrou decréscimo de 0,5% frente ao mês imediatamente
anterior, após registrar crescimento de 4,1% em novembro último. O índice de
média móvel trimestral apontou variação negativa de 0,3% entre os trimestres
encerrados em novembro e dezembro, reduzindo a intensidade de queda verificada
no mês anterior (-1,0%). Ainda na série com ajuste sazonal, no índice trimestre
contra trimestre imediatamente anterior, a indústria do Amazonas assinalou
queda de 0,7% no quarto trimestre de 2012, eliminando parte do avanço de 2,4%
registrado no terceiro trimestre do ano.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o
setor industrial do Amazonas registrou queda de 6,0% em dezembro de 2012. No
fechamento do quarto trimestre de 2012, o setor industrial reduziu a produção
em 7,2% frente a igual período do ano anterior. O índice acumulado em 2012
fechou em -7,0%, revertendo a expansão de 4,0% assinalada em 2011. A taxa
anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, recuou 7,0% em dezembro de
2012, e permaneceu com a trajetória descendente iniciada em março último
(4,1%).
Redução
na Produção do PIM: A produção industrial do Amazonas recuou 6,0% em
dezembro de 2012 frente a igual mês do ano anterior, nono resultado negativo
consecutivo nesse tipo de comparação. Entre as onze atividades pesquisadas,
seis atividades apresentaram redução na produção, com outros equipamentos de
transporte (-38,8%) apontando o principal impacto negativo sobre a média
global, pressionado em grande parte pela menor fabricação de motocicletas e
suas peças. Vale citar também as influências negativas vindas de refino de petróleo
e produção de álcool (-19,3%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de
comunicações (-6,8%), borracha e plástico (-26,0%) e edição, impressão e
reprodução de gravações (-9,2%), pressionados principalmente pela menor
produção de gasolina automotiva, óleo diesel e outros óleos combustíveis, no
primeiro ramo, telefones celulares e televisores, no segundo, peças e
acessórios de plástico para indústria eletrônica e garrafões, garrafas e frascos
de plástico, no terceiro, e discos de DVDs e CDs, na última. Por outro lado, a
contribuição positiva mais relevante no total da indústria ficou com o setor de
máquinas e equipamentos (10,0%) impulsionado, principalmente, pelo avanço na
produção de aparelhos de ar condicionado.
No corte trimestral, observa-se que a indústria
amazonense, ao recuar 7,2% no quarto trimestre de 2012, diminuiu ligeiramente o
ritmo de queda rente aos resultados do segundo (-10,3%) e terceiro (-8,2%)
trimestres do ano, todas as comparações contra igual período do ano anterior. O
ganho de dinamismo verificado na passagem do terceiro para o quarto trimestre
do ano foi observado em sete dos onze ramos pesquisados, com destaque para
material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações, que passou de
-12,8% para -1,8%, máquinas e equipamentos (de -2,1% para 15,5%) e equipamentos
de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (de -5,4% para 8,4%). Por
outro lado, a principal perda entre os dois períodos foi verificada no setor de
alimentos e bebidas (de 13,3% para -5,6%).
Exaustão: O índice acumulado
para o ano de 2012 assinalou recuo de 7,0% frente a igual período do ano
anterior, com perfil generalizado de taxas negativas, já que nove das onze
atividades pesquisadas apontaram queda na produção. A indústria de outros
equipamentos de transporte (-21,4%) exerceu a maior influência negativa no
resultado global, vindo a seguir os impactos registrados por material
eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-6,6%), refino de petróleo
e produção de álcool (-17,0%), máquinas e equipamentos (-8,5%), edição,
impressão e reprodução de gravações (-7,4%) e equipamentos de instrumentação
médico-hospitalar, ópticos e outros (-5,6%). Nessas atividades sobressaíram,
respectivamente, os recuos na produção de motocicletas e suas peças; telefones
celulares; gasolina automotiva, óleo diesel e outros óleos combustíveis; fornos
microondas; discos de DVDs; e relógios de pulso. Por outro lado, os dois ramos
que apontaram crescimento na produção foram: alimentos e bebidas (2,8%) e
produtos químicos (9,3%), impulsionados pela maior fabricação de refrigerantes
e preparações em xarope e em pó para elaboração de bebidas, no primeiro setor,
e de oxigênio no segundo.
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