VOCÊ AINDA PODE ESCOLHER
Ademir Ramos (*)
Nesta época de carnaval, as vésperas das eleições municipais, os políticos picaretas ficam atormentados na hora de escolher as fantasias que devem usar durante os blocos das coligações, não sabem se vão de piratas, perna de pau, pai dos frascos e comprimidos, salvador da pátria, rouba mais faz, entre tantas opções resolvemos dar uma mãozinha e apelar para os leitores ajudarem a escolher a fatiota mais ajustada a alma desses animais políticos que não se cansam de tantas promessas e trapaças.
Não esqueça que a fantasia acompanha também a máscara e se possível alguma palavras mágicas para impressionar os incautos, aqueles que ainda acreditam em Papai-Noel e outros fetiches do mercado. A responsabilidade é sua, por isso, se quiser ajudar pode fazer agora, sugerindo as fantasias mais apropriadas para os candidatos que aparecem como prefeituráveis, assim como também àqueles que estão à sombra destes, pleiteando o diploma de vereador para representar o povo no parlamento municipal.
Alguns mais afoitos já correram risco de morte por não saberem escolher o traje apropriado e por isso viraram a Geny, apanhando de todos em vista dos males causados a sua gente. A fantasia é a máscara que oculta os picaretas, que se valem dos meios de comunicação para repetir o que não são na expectativa do referendo popular.
Mas agora, os picaretas, cansados da mesma cara e das mesmas promessas contrataram consultorias para fazer pesquisa qualitativa no intuito de conhecer os reclamos populares e saber também como a sua imagem tem sido refletida na retina do povo. Talvez não mude as promessas, mas a fantasia é certa porque o desgaste é muito e, segundo seus marqueteiros, faz-se necessário para convencer os famintos e os oportunistas da classe média, que vivem dos favores dos governantes.
Por estas e outras razões, resolvemos recorrer aos nossos consulentes para que juntos façamos algumas sugestões de fantasias aos políticos picaretas, com firme propósito de preservar a paz e quem sabem também limpar esta sujeira, renovando o bloco das coligações sob a marca da transparência, participação colegiada, do controle e da Justiça social.
(*) É professor, antropólogo e coordenador do NCPAM/UFAM.
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