Comissão fará audiências nos estados para discutir
reforma do ensino médio
Para
o presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembléia Legislativa do
Amazonas, deputado Sidney Leite, a iniciativa é válida desde que a matéria
contemple discussões de propostas. Para isso é importante conhecer de imediato
a proposta do MEC e ouvir o parecer técnico dos acadêmicos e dos militantes da
educação, estendendo os debates junto aos Fóruns de Educação, que trabalham em
direção a realização das conferências municipal, estadual e nacional de
educação, em sintonia com as metas e estratégias do novo Plano Nacional de
Educação. Se for assim estamos pronto a contribuir para o melhor de nosso
ensino.
A Comissão Especial de
Reformulação do Ensino Médio fará audiências públicas nos estados em 2013. Os
deputados que integram o colegiado querem ouvir representantes da sociedade
civil sobre as demandas locais relacionadas a esse nível de ensino.
"Vamos começar a organizar as
nossas audiências em março e abril. E vamos tentar encerrá-las em maio para a
realização de um seminário nacional e, depois, fazer um seminário internacional
para conhecer modelos vitoriosos", disse o presidente da comissão,
deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).
Segundo o deputado, a comissão
especial já articula um fórum com os 27 secretários estaduais de educação.
Lopes também vai pedir uma participação mais efetiva do Executivo federal na
discussão da reforma do ensino médio.
Comissão especial vai propor um
novo modelo para o ensino médio no País: "Na retomada do
ano legislativo, nós vamos aprovar uma indicação à presidente Dilma para que,
juntos, possamos construir um grupo interministerial para trabalhar o tema da
reformulação e também o cumprimento do artigo 35 da Lei de Diretrizes da
Educação [LDB], em especial a finalidade e o papel do segundo grau no sistema
educacional brasileiro e no desenvolvimento da nossa nação", disse o
parlamentar.
Currículo:
Reginaldo Lopes afirmou que as audiências públicas realizadas na Câmara em 2012
já permitiram alguns diagnósticos. Entre os problemas apontados estão o modelo
de currículo único de ensino médio em um país de dimensões continentais, a
falta de estrutura nas escolas e a ausência de laboratórios.
“Há um conflito entre aqueles que
acham que o segundo grau deve ser de conhecimento geral e aqueles que acham que
deve ser tecnológico. O grande desafio é fazer a integração", declarou o
parlamentar.
Para o deputado, o ensino médio
brasileiro perdeu a identidade e não cumpre nem mesmo papel de intermediário
entre a educação fundamental e a acadêmica.
"Nem esse papel o ensino médio
cumpre bem hoje, porque, de fato, o menino que estuda no ensino médio não é
despertado para o mundo acadêmico: não existe bolsa de iniciação à pesquisa
júnior, não existe bolsa de monitoria. Na verdade, 56% não chegam ao segundo
grau. Dos 44%, apenas 22% concluem o segundo grau. E, dos 22%, só 18% chegam à
universidade”, disse Lopes.
O relatório final da comissão especial de reforma
do ensino médio será apresentado no segundo semestre. Além de projetos de lei,
os deputados vão sugerir novas ações ao Ministério da Educação.
Reportagem – José Carlos
Oliveira/Rádio Câmara
Edição – Pierre Triboli
Edição – Pierre Triboli
Fonte: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/434442-COMISSAO-FARA-AUDIENCIAS-NOS-ESTADOS-PARA-DISCUTIR-REFORMA-DO-ENSINO-MEDIO.html
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