Neste sábado (3), o Projeto Jaraqui realiza mais uma edição de sua Revista Política, na Praça da Polícia, das 10 às 12h, pautando no Coreto da Praça discussão sobre as eleições suplementares para o governo do Estado depois da cassação do governador Jose Melo (PROS) e o seu vice Henrique Oliveira (SD) por crime eleitoral. A ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é pelas eleições diretas, o que vem sendo feito pelo TER-AM nos termos da resolução 07/2017, que fixa o calendário eleitoral e toma providência para execução do pleito com data marcada para o dia 6 de agosto, determinando que os partidos e coligações façam suas convenções entre o dia 12 a 16 de junho. O prazo legal para os partidos e coligações registrarem suas candidaturas junto ao TER-AM é no dia 19 de junho até as 19horas. Enquanto isto não ocorre os pretensos candidatos conversam nos bastidores com os caciques dos partidos tentando construir um amplo arco de aliança catalisando densidade eleitoral e tempo no radio e na tv no horário eleitoral. Nas cabeças de chapa destacam-se o Negão Amazonino Mendes e Eduardo Braga, fora do campo correm também Marcelo Ramos (PR), José Ricardo (PT), Wilker Barreto (PHS), Silas Câmara (PRB) e outros ainda patinando no lodo.
O
fato é que as pesquisas apontam o Negão como queridinho do povão, embora
reconheçamos que Eduardo Braga, que vem pulando que nem sapo pra se livrar da
Lava Jato, possa se firmar como candidato com apoio ou não do Arthur Neto,
prefeito de Manaus. O que se quer na verdade é quebrar o silencio e espalhar a
discussão chamando o povo para se pronunciar sobre os pretensos candidatos que
se apresentam como governador para as eleições suplementares de 2017. Estas e
outras discussões serão regidas pela música do maestro Carlos Bala, que é além
de animar a galera jovem faz bater mais forte o coração da velha guarda. Vem,
vem pra Praça.
A DISPUTA PARA O
GOVERNO DO AMAZONAS
Ademir Ramos (*)
O bálsamo das relações
sociais é a política capaz de nos embriagar ou potencializar forças para
determinadas realizações sociais. É a política que dá sentido a nossas ações e
atitudes. Este manto tecido socialmente resulta de múltiplos interesses e
disputas regradas ou não pelo Direito em variadas formas de governo. Na
Democracia, especificamente, ninguém está acima da lei. Os poderes
constitucionais são independentes e harmônicos, operando de acordo com sua
natureza na perspectiva de assegurar o equilíbrio entre as forças amparadas na
soberania popular a se manifestar pelo voto direto como também por outros instrumentos
de controle social a começar por uma imprensa livre nos tempos modernos. Nos primórdios,
o motor da política, enquanto relação de poder, se manifesta pelas forças das
armas orientadas pelas estratégias de dominação. Depois de Maquiavel, no século
16, a Política ganhou status de ciência pela racionalidade de suas estratégias
de conquista, expansão e manutenção do poder focado na questão do Estado,
ganhando corpo teórico na obra de Thomas Hobbes, arquiteto do Estado Nacional, com
ênfase na formação do absolutismo, em reconhecimento a Sociedade Civil e na
relevância do Direito Positivo sem as amarras da dogmática religiosa.
A MAGIA DO PODER: O
poder em suas interfaces é sem dúvida sedutor, principalmente, em se tratando
de disputas para o governo estadual. O mais grave ainda é constatar a perversa
desigualdade social em que vive o nosso povo tornando-se refém de grupos
políticos que dominam e controlam o Estado e seus territórios reduzindo a nossa
gente em massa de manobra para fins eleitoreiros. Desta feita, vive o nosso
povo atolado no imediatismo do presente sem sonhar com a possibilidade de um
porto seguro com emprego, renda e novas oportunidades de trabalho centradas na
dignidade e na efetivação de seus Direitos Sociais. Nesta circunstancia as
opções são mínimas, o que se pretende de fato é vencer a tempestade e para isto
é urgente que se escolha um timoneiro competente e sábio capaz de ler os sinais
do tempo e, sobretudo, com lideranças e determinação possa conduzir
estrategicamente o povo a lugar seguro, garantindo-lhe os meios necessários
para o seu desenvolvimento sustentável e justo.
O LIDER E O MÁGICO: A
tempestade é a crise que abate sobre o povo, que se deixou iludir pelo governo
Melo (PROS), fazendo crer que era o melhor para o bem do Amazonas. Contudo, na
Democracia não há nada oculto de baixo do sol da Justiça, quando a determinação
se faz pela transparência e por ordem legal, contrapondo-se ao principio de que
os fins justifica os meios. Cassado pelo TJ Amazonas e pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), José Melo deixa o governo causando grave prejuízo ao povo e ao
cofre público. Da decisão do TSE resulta a convocação de eleição direta para o
governo do Estado realinhando os atores no cenário eleitoral, movendo-se para o
centro das disputas avalizado pela vontade da maioria. Nesta conjuntura, os
holofotes voltam-se principalmente para os ex-governadores Amazonino Mendes
(PDT) e Eduardo Braga (PMDB), bem como Marcelo Ramos (PR), Jose Ricardo (PT) e
outros presentes na mídia como franco atirador. Em tese, a disputa em pauta dar-se-á entre Amazonino
e Braga, com sabor de já ganhou desde que seja capaz de catalisar – agregar -
maior numero de aliados e adesistas em reconhecimento ao seu legado histórico.
Com a palavra o povo do Amazonas que não precisa de mágico, mas de um líder
estadista para juntos sanear a praga disseminada pelo governo Melo, Deus salve
o Amazonas.
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