Ademir
Ramos (*)
Gente
faz-se necessário vencer os desafios, superar os problemas, levantar a cabeça e
começar a discutir o melhor para o Amazonas. A situação do Governo do Estado é
uma das piores, os empenhos e as faturas a pagar são maiores do que a receita a
receber. Se isto se consumar, o governo tampinha que está à frente do Estado
vai comprometer o vencimento dos servidores, gerando no Amazonas uma
quebradeira que vai impactar no bem-estar de milhares de famílias amazonenses.
Sem falar da precarização e abandono da segurança, saúde, educação, entre
outros serviços oferecidos a nossa gente. A situação está de mal a pior, a
exigir de cada um de nós uma resposta de credibilidade e confiança, apostando
naquele que julgamos o melhor para tirar o Governo deste buraco. Pela via
democrática só tem um caminho as eleições para escolha do novo governador.
Desta feita, é bom despertar deste pesadelo e começar a pensar em quem vamos
votar no primeiro domingo (6) de agosto, a situação é gritante. Não bastasse a
crise que assola o nosso Amazona, o ministro do STF, o famoso Lewandowski, por
força de Liminar, na quarta-feira (28) determinou a suspensão das eleições
previstas e “deu um cavalo de pau jurídico”, criando as condições para a volta do o governador José Melo (PROS) e seu vice
voltarem ao comando do governo do Estado. O rolo está feito e quem paga o pato
é o povo que sangra de tanto desmantelo institucional.
GOVERNO
TAMPÃO: Procurei de toda formar definir este novo Governo, que popularmente
passou-se a chamar de tampão porque, na verdade, quem for eleito terá um tempo
exímio para tampar este buraco em que nos enfiaram, com respostas rápidas e
eficazes, visando solucionar os problemas que afetam diretamente a economia
política do Estado, a começar pelo equilíbrio fiscal comprometido diretamente
com a queda de receita, gerando desemprego em massa. Nesta situação, o eleito
tem que ter credibilidade e competência para agregar força tanto do capital
privado quanto do público na perspectiva de se criar novas frentes de trabalho
a começar pela construção civil e empreendimentos afins, gerando trabalho e
emprego para nossa população na capital e no interior, agregando em suas ações
estruturantes, programas e projetos articulados com novas matrizes de
desenvolvimento ancoradas no extrativismo e nas culturas selecionadas
respeitando à vocação de cada microrregião, em sintonia com as práticas
educacionais, saúde e seguridade social. Com os olhos e ouvidos em Brasília, o
novo governador, em parceria com a bancada federal dos partidos que integra o
arco de aliança do chamado Governo Tampão deverá redobrar sua atenção junto ao
Planalto. Da mesma forma e com a mesma determinação, o Governo eleito buscará
toda força necessária para assegurar o pleno funcionamento do Polo Industrial
de Manaus, que tem sido a nossa galinha dos ovos de ouro, é sem dúvida um
desafio hercúleo, por isso não dá pra improvisar é preciso superar os problemas
e dar uma resposta institucional imediatamente.
O
MELO CONTINUA CASSADO: O fato é que a bola voltou para o governador José Melo,
agachado e desgastado politicamente, sem forças para operar a reconstrução de
nossa economia política e assim, nesta circunstancia, o governador cassado só
tem uma saída se voltar ao Governo do Estado bem que poderia chamar novas
eleições e entrar na história como um estadista e não como vigilante de uma
massa falida. Eleições diretas, convocando o povo para discutir e participar do
processo, bem diferente daqueles que querem porque querem em nome do legalismo
suprimir o direito e a vontade popular que é sem dúvida a expressão máxima da
democracia.
(*) É professor, antropólogo, coordenador do
NCPAM/UFAM e do projeto jaraqui. E-mail: ademiramos@hotmail.com
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