sexta-feira, 30 de junho de 2017

QUEM PAGA O PATO É O POVO



 
Ademir Ramos (*)

Gente faz-se necessário vencer os desafios, superar os problemas, levantar a cabeça e começar a discutir o melhor para o Amazonas. A situação do Governo do Estado é uma das piores, os empenhos e as faturas a pagar são maiores do que a receita a receber. Se isto se consumar, o governo tampinha que está à frente do Estado vai comprometer o vencimento dos servidores, gerando no Amazonas uma quebradeira que vai impactar no bem-estar de milhares de famílias amazonenses. Sem falar da precarização e abandono da segurança, saúde, educação, entre outros serviços oferecidos a nossa gente. A situação está de mal a pior, a exigir de cada um de nós uma resposta de credibilidade e confiança, apostando naquele que julgamos o melhor para tirar o Governo deste buraco. Pela via democrática só tem um caminho as eleições para escolha do novo governador. Desta feita, é bom despertar deste pesadelo e começar a pensar em quem vamos votar no primeiro domingo (6) de agosto, a situação é gritante. Não bastasse a crise que assola o nosso Amazona, o ministro do STF, o famoso Lewandowski, por força de Liminar, na quarta-feira (28) determinou a suspensão das eleições previstas e “deu um cavalo de pau jurídico”, criando as condições  para a volta do  o governador José Melo (PROS) e seu vice voltarem ao comando do governo do Estado. O rolo está feito e quem paga o pato é o povo que sangra de tanto desmantelo institucional.


GOVERNO TAMPÃO: Procurei de toda formar definir este novo Governo, que popularmente passou-se a chamar de tampão porque, na verdade, quem for eleito terá um tempo exímio para tampar este buraco em que nos enfiaram, com respostas rápidas e eficazes, visando solucionar os problemas que afetam diretamente a economia política do Estado, a começar pelo equilíbrio fiscal comprometido diretamente com a queda de receita, gerando desemprego em massa. Nesta situação, o eleito tem que ter credibilidade e competência para agregar força tanto do capital privado quanto do público na perspectiva de se criar novas frentes de trabalho a começar pela construção civil e empreendimentos afins, gerando trabalho e emprego para nossa população na capital e no interior, agregando em suas ações estruturantes, programas e projetos articulados com novas matrizes de desenvolvimento ancoradas no extrativismo e nas culturas selecionadas respeitando à vocação de cada microrregião, em sintonia com as práticas educacionais, saúde e seguridade social. Com os olhos e ouvidos em Brasília, o novo governador, em parceria com a bancada federal dos partidos que integra o arco de aliança do chamado Governo Tampão deverá redobrar sua atenção junto ao Planalto. Da mesma forma e com a mesma determinação, o Governo eleito buscará toda força necessária para assegurar o pleno funcionamento do Polo Industrial de Manaus, que tem sido a nossa galinha dos ovos de ouro, é sem dúvida um desafio hercúleo, por isso não dá pra improvisar é preciso superar os problemas e dar uma resposta institucional imediatamente.

O MELO CONTINUA CASSADO: O fato é que a bola voltou para o governador José Melo, agachado e desgastado politicamente, sem forças para operar a reconstrução de nossa economia política e assim, nesta circunstancia, o governador cassado só tem uma saída se voltar ao Governo do Estado bem que poderia chamar novas eleições e entrar na história como um estadista e não como vigilante de uma massa falida. Eleições diretas, convocando o povo para discutir e participar do processo, bem diferente daqueles que querem porque querem em nome do legalismo suprimir o direito e a vontade popular que é sem dúvida a expressão máxima da democracia.
 

 (*) É professor, antropólogo, coordenador do NCPAM/UFAM e do projeto jaraqui. E-mail: ademiramos@hotmail.com

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