Ademir Ramos (*)
A bola está com o Negão Amazonino Mendes (PDT) e Eduardo
Braga (PMDB). Estes candidatos estão conversando com prefeitos e direção
partidárias, estão construindo cenários para eleições suplementares de 2017 e
demais eleições de 2018 e 2020. Nos bastidores vale tudo, beijinho pra cá e pra
lá, tapinha nas costas, chute na canela, entre outras mumunhas. Mas, tanto o
Negão quanto o Eduardo buscam uma noiva ou quem sabe um noivo para ser o vice.
O fato é que os caminhos levam a Rebeca Garcia (PP) e ao Marcelo Ramos (PR).
Contudo, existem também os cartolas, que influenciam diretamente no resultado
do jogo, chegando até a escalar o time. Nesta situação encontra-se o prefeito
Arthur Neto (PSDB), que trouxe o Eduardo pro ringue e juntos saíram vitoriosos
das urnas para Prefeitura de Manaus. Ainda no ringue, desta vez como prefeito,
Arthur Neto continua a se movimentar escalando o time para novas partidas,
desta vez com foco nas eleições suplementares 2017. Foi o que ele fez, quando nomeou o vice Marco
Rotta (PMDB) para a Secretaria de Obras do Município, querendo dizer pro
Eduardo, que esta secretaria pode ser a locomotiva para as próximas eleições,
transformando Manaus num canteiro de obra. Em contrapartida, o PSDB quer indicar o
vice-governador na coligação com o PMDB. A surpresa destas eleições pode ser o Serafim
Corrêa (PSB), caso Eduardo Braga venha levar sarrafo da Lava Jato. Na mesma
esteira pode aumentar ainda mais a densidade do José Ricardo (PT), que vem agarrado
com Lula e Dilma Rousseff para estas eleições, todos criminalmente acusados
pela Lava Jato.
DIRETAS JÁ: A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é
pelas eleições diretas. Embora, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do
Estado do Amazonas (ALEAM) conteste a decisão amparada no Art. 81, da
Constituição Federal. Após a cassação dos mandatos de José Melo (PROS) e
Henrique Oliveira (SD), no dia 4 de maio, a ALEAM, no dia 16 de maio impetrou
mandado de segurança no TSE contra as eleições diretas, reivindicando para si a
competência de escolher os nomes para o governo do Estado por eleições
indiretas. Pode parecer absurdo, mas, depois de ter um Presidente da República
investigado pelo STF por crime de obstrução da justiça, organização criminosa e
corrupção passiva, tudo é possível neste Brasil em transe. Contudo, o ministro
do TSE Luís Roberto Barroso, no dia 02 de junho, negou seguimento ao recurso da
ALEAM, significa dizer que as eleições gerais é o que está valendo. No entanto,
o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot ingressou também com uma ADI 5525
no Supremo Tribunal Federal, questionando o Artigo 224 do código eleitoral
alterado pela minirreforma quanto à sua inconstitucional por ferir o artigo 81
da Carta Maior. De qualquer modo, o
Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TER-AM), na forma da Resolução Nᵒ. 07/2017
estabelece instruções para a realização das Eleições Suplementares aos cargos
de Governador e Vice-Governador, e aprova o respectivo Calendário Eleitoral. No dia 06 de agosto (domingo), data do
primeiro turno das eleições suplementares, havendo segundo turno será no domingo,
27 de agosto. Os partidos e as coligações deverão convencionar seus candidatos
de 12 a 16 de junho, bem como fazer o registro das candidaturas entre 12 a 19
de junho. A propaganda no primeiro turno começa no dia de 20 de junho até 4
agosto, no segundo turno é de 7 a 26 de agosto. No rádio e TV para o primeiro turno começa em 10
de julho até 3 de agosto; para o segundo turno será no período de 12 a 25 de
agosto. Os eleitos serão diplomados até 16 de setembro e, no segundo turno, no
dia 11 de outubro de 2017. A sorte está lançada, basta de corrupção, fora os
corruptos da política, passemos o Amazonas a limpo é o nosso dever.
(*) É professor, antropólogo, coordenador do NCPAM e do projeto Jaraqui. E-mail: ademiramos@hotmail.com.
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