domingo, 4 de junho de 2017

O QUE ROLA NOS BASTIDORES DAS ELEIÇÕES PARA O GOVERNO DO AMAZONAS



Ademir Ramos (*)

A bola está com o Negão Amazonino Mendes (PDT) e Eduardo Braga (PMDB). Estes candidatos estão conversando com prefeitos e direção partidárias, estão construindo cenários para eleições suplementares de 2017 e demais eleições de 2018 e 2020. Nos bastidores vale tudo, beijinho pra cá e pra lá, tapinha nas costas, chute na canela, entre outras mumunhas. Mas, tanto o Negão quanto o Eduardo buscam uma noiva ou quem sabe um noivo para ser o vice. O fato é que os caminhos levam a Rebeca Garcia (PP) e ao Marcelo Ramos (PR). Contudo, existem também os cartolas, que influenciam diretamente no resultado do jogo, chegando até a escalar o time. Nesta situação encontra-se o prefeito Arthur Neto (PSDB), que trouxe o Eduardo pro ringue e juntos saíram vitoriosos das urnas para Prefeitura de Manaus. Ainda no ringue, desta vez como prefeito, Arthur Neto continua a se movimentar escalando o time para novas partidas, desta vez com foco nas eleições suplementares 2017.  Foi o que ele fez, quando nomeou o vice Marco Rotta (PMDB) para a Secretaria de Obras do Município, querendo dizer pro Eduardo, que esta secretaria pode ser a locomotiva para as próximas eleições, transformando Manaus num canteiro de obra.  Em contrapartida, o PSDB quer indicar o vice-governador na coligação com o PMDB.  A surpresa destas eleições pode ser o Serafim Corrêa (PSB), caso Eduardo Braga venha levar sarrafo da Lava Jato. Na mesma esteira pode aumentar ainda mais a densidade do José Ricardo (PT), que vem agarrado com Lula e Dilma Rousseff para estas eleições, todos criminalmente acusados pela Lava Jato.


DIRETAS JÁ: A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é pelas eleições diretas. Embora, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM) conteste a decisão amparada no Art. 81, da Constituição Federal. Após a cassação dos mandatos de José Melo (PROS) e Henrique Oliveira (SD), no dia 4 de maio, a ALEAM, no dia 16 de maio impetrou mandado de segurança no TSE contra as eleições diretas, reivindicando para si a competência de escolher os nomes para o governo do Estado por eleições indiretas. Pode parecer absurdo, mas, depois de ter um Presidente da República investigado pelo STF por crime de obstrução da justiça, organização criminosa e corrupção passiva, tudo é possível neste Brasil em transe. Contudo, o ministro do TSE Luís Roberto Barroso, no dia 02 de junho, negou seguimento ao recurso da ALEAM, significa dizer que as eleições gerais é o que está valendo. No entanto, o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot ingressou também com uma ADI 5525 no Supremo Tribunal Federal, questionando o Artigo 224 do código eleitoral alterado pela minirreforma quanto à sua inconstitucional por ferir o artigo 81 da Carta Maior.  De qualquer modo, o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TER-AM), na forma da Resolução Nᵒ. 07/2017 estabelece instruções para a realização das Eleições Suplementares aos cargos de Governador e Vice-Governador, e aprova o respectivo Calendário Eleitoral.  No dia 06 de agosto (domingo), data do primeiro turno das eleições suplementares, havendo segundo turno será no domingo, 27 de agosto. Os partidos e as coligações deverão convencionar seus candidatos de 12 a 16 de junho, bem como fazer o registro das candidaturas entre 12 a 19 de junho. A propaganda no primeiro turno começa no dia de 20 de junho até 4 agosto, no segundo turno é de 7 a 26 de agosto.  No rádio e TV para o primeiro turno começa em 10 de julho até 3 de agosto; para o segundo turno será no período de 12 a 25 de agosto. Os eleitos serão diplomados até 16 de setembro e, no segundo turno, no dia 11 de outubro de 2017. A sorte está lançada, basta de corrupção, fora os corruptos da política, passemos o Amazonas a limpo é o nosso dever. 

(*) É professor, antropólogo, coordenador do NCPAM e do projeto Jaraqui. E-mail: ademiramos@hotmail.com.

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