quinta-feira, 24 de julho de 2008

POR QUE LATINO-AMÉRICA?


Pedro Braga*


Estudos referentes à América Latina apontam inúmeros problemas que se caracterizam pela projeção de aspectos ambíguos em terminações conceituais, políticas, geográficas e culturais deste subcontinente. Dentre os quais afirma a permanência de um que, para especialistas da área, configura-se como eixo principal e, de certo modo, totaliza a natureza das análises sobre demarcações de fronteira, concepções políticas, pluralidades étnicas, culturais e identitárias; o conceito de Latino-América.

De acordo com historiadores, a dualidade do termo, fomentada através da mídia por países europeus e da América do norte, delimita uma diferença étnico-cultural cuja proposta contempla construções de identidades distintas entre localidades que, por muitas vezes, partilham de uma mesma ascendência comum. Outro contraponto é que o termo discorrido não define de fato a essência do povo latino-americano que, em contraste, não se compreende/enxerga como cidadão latino-americano.

Como falar, em exemplo, de uma américa homogênea culturalmente se em casos de fazermos analogia entre México e Brasil, ambos entendidos como paises latinos, encontramos no primeiro culturas que se diferem por demais das encontradas no segundo local, o Brasil? Ainda neste país, o que dizer de sua comunicação lingüística, o português, e das demais hispânico-americanas as quais são encontradas somente em paises de colonização espanhola?

Apóia-se em especialistas a resposta para tais questões. Representam a fragmentação cultural do continente americano. Fragmentada pela presença de linguagens distintas, sentimentos de pertencimentos nacionais plurais e pela falta de um pensamento unitário que encontre por essas terras a nova raiz de um povo.

Em se tratar de diversidades étnicas logo se faz fator relevante neste parecer o exemplo do Brasil, de cuja formação populacional provém de várias regiões do mundo, bem como, acredita-se, a grande maioria dos países possuidores de língua espanhola na América latina. Sendo assim, é posto diante de nós outro exemplo que persuade quanto à deficiência do conceito. Mediante Alain Roque (estudioso da questão proposta) O que é América Latina, é intrigante definirmos como sendo latina uma área continental que nada possui de latina.

São porventura latinos os descendentes de russos, alemães e árabes que vivem no sul do país e, por vezes, colocam-se em posição voluntária de lembrar da sua ascendência por meio da memória e, ordinário, da tradição oral? São latinos, por acaso, os argentinos que, sabe, orgulham-se por fazerem parte do país com maior número de brancos da américa do sul? São latinos os nativos mexicanos remanescentes da civilização Maia e outras de menor expressão, como também os nossos nativos? Entende-se que não.

Estes e outros povos que não foram citados por medida de espaço não são latinos. Pois compreende que latinos são aqueles que para cá vieram nos períodos coloniais e implataram suas instituições físicas e abstratas. Mais ainda estes que posteriormente consolidaram as classes elitizadas na região, subsidiando o modelo patriarcal familiar numa repassagem de poder a mãos inúteis, porém familiares.

As relações políticas e econômicas entre países latinos e norte-americanos merecem tangência neste escrito, uma vez que a partir de tais articulações entra em questão o problema que a “quinta fronteira” pode acarretar para os países latino-americanos.

Após a segunda guerra mundial houve uma política de dependência de paises latinos para com o norte-americano EUA. Apoiados nesta articulação política e sobre promessa de subsidio econômico, estadunidenses apossaram-se de alguns países latinos vizinhos, implantando bases militares e isufruindo da biodiversidade destes locais para a elaboração de pesquisas diversas.

Muito embora esta informação seja relevante, o que se pretende aqui é expor que com a efetivação de tais contatos o processo da influência comercial e cultural americana fora efetuado nestes países próximos. Localidades mais distantes como o Brasil, Argentina, Chile e demais da América do sul conseguiram o escape parcial desta política “imperialista” norte-americana através, pode-se dizer, da continuação de aspectos culturais da Europa nestas localidades sul-americanas.

De acordo com outras conclusões autorais, explana-se que a América Latina ainda compreende este lugar de passado marcado pela constante migração de povos – desde os primeiros homens, pelo Bering, a adentrarem no continente; até a atualidade, através de vias mais tecnológicas. E por razão disso, localidade conhecida por ser diversa tanto em aspectos sociais, culturais, quanto étnicos e políticos.


* Membro do corpo editorial do NCPAM e Discente do curso de História da Universidade Federal do Amazonas.

3 comentários:

Rila Arruda disse...

gostei da discussão!

Anônimo disse...

Quarta-feira, 31 de Outubro de 2007
Ninguém reprova

Venho por este meio mostrar o meu apoio com a Sra. Ministra da Educação:

Os alunos devem ser passado a todo o custo; Um professor que reprova um aluno é um péssimo professor.



Tal como é pedido pela Sra. Ministra, a avaliação deve ser diária, para assim ser mais justo para com os que trabalham.

Eis as resposta de um aluno, do 7.º ano, desinteressado e distraído na sala de aula. Contudo, demonstra o estudo que efectua em casa, uma vez que, a maioria dos colegas nem às perguntas respondem.

Anônimo disse...

Os alunos devem ser passado a todo o custo; Um professor que reprova um aluno é um péssimo professor.



a avaliação deve ser diária, para assim ser mais justo para com os que trabalham.

Eis as resposta de um aluno, do 7.º ano, desinteressado e distraído na sala de aula. Contudo, demonstra o estudo que efectua em casa, uma vez que, a maioria dos colegas nem às perguntas respondem.