sábado, 27 de setembro de 2008

EDUARDO BRAGA NO PAU-DE-ARARA


Não se trata de torturar o governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), para que ele desembuche toda verdade sobre as denúncias de corrupção em seu governo. Não é isso não, o pau-de-arara é uma referência ao caminhão que transporta os trabalhadores, em péssimas condições, sem nenhuma segurança e quando desce a ladeira, a vida desses homens fica a mercê da sorte e do acaso.

A alegoria serve para explicar a situação política de Eduardo Braga no Amazonas, que vem descendo ladeira abaixo rumo ao precipício. Os fatos, amplamente divulgados na imprensa, dão conta da trama em que o governador está envolvido, exigindo de imediato, explicações convincentes perante a justiça e, principalmente, ao povo do Amazonas.

Para o precipício, Eduardo Braga quer levar também outros agentes ativos que participam do seu modo de governar. No entanto, o cenário eleitoral dá conta que a disputa travada pela Prefeitura de Manaus serve também de trampolim para o senado e governo em 2010, quando o próprio governador será candidato a uma das vagas.

De ladeira abaixo, o governador do Amazonas pretende reordenar o governo, elegendo o seu candidato Omar Aziz para prefeitura de Manaus, designando para o mandato tampão, o secretário José Melo, seu atual escudeiro e confidente, contando com a subalternidade da Assembléia Legislativa do Estado. No entanto, a vontade de Eduardo Braga, não tem se convertido em voto, pelo contrário, vem dificultando, a cada dia, a eleição do Vice-governador Omar Aziz.

O fato é que todos os confidentes palacianos querem ver Omar Aziz pelas costas e a melhor maneira de se descarta-lo é elegendo para Prefeitura de Manaus, o que seria um prêmio de consolação para ele, libertando dessa feita, o Eduardo Braga dessa carga explosiva que se encontra abordo do pau-de-arara. Da mesma maneira, agradaria “por demais” o conselheiro José Melo, que reivindica ser governador tampão do Estado.

Omar Aziz, que não dorme de toca, acompanha toda essa jogada palaciana, sabendo que não tem nada a perder se o povo não referendar o seu nome nas urnas. O perdedor maior dessas eleições é Eduardo Braga, vindo futuramente a comer nas mãos de Omar Aziz, em busca de apoio para o senado em 2010, quando o Vice estará no exercício pleno de suas funções, após o afastamento de Eduardo Braga para concorrer ao senador da república.

Sem mandato, Eduardo Braga será um peixe fora d’água, será o bola murcha dessas eleições, vivendo no ostracismo, caracterizado pelo silêncio dos celulares e as ausências dos aduladores. É quando o povo entre em cena, fazendo justiça, julgando, historicamente nas urnas, sua conduta enquanto candidato, concedendo-lhe o direito de representá-lo ou quem sabe, por via expressa, seja imediatamente removido a pão - e- água ao confinamento do balatal, onde deve permanecer sob guarda para o bem do povo do Amazonas.

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