MARTA AZEVEDO É A NOVA
PRESIDENTE DA FUNAI
Marta é professora da Unicamp, doutora
em demografia com vastas horas de pesquisa no Amazonas, particularmente no Rio
Negro. Márcio Meira, que também é antropólogo, deixa a Funai flechado de
críticas por todos os lados. Marta deve
enfrentar os ruralistas no Congresso e as lideranças indígenas viciadas que
querem, porque querem uma boquinha no governo, alegando também que são
petistas. O fato é que a Funai como está é um presente de grego para qualquer
gestor responsável. Como diria o ex-senador Evando Carreira, “é uma bomba”.
BRASÍLIA - A professora e antropóloga Marta Maria
do Amaral Azevedo foi nomeada a nova presidente da Fundação Nacional do Índio
(Funai), que assume o lugar de Marcio Augusto Freitas de Meira, exonerado
"a pedido". Em outro ato, Márcio foi nomeado assessor especial do
ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Os decretos de nomeação e exoneração foram
publicados nesta segunda-feira, 23, no Diário Oficial da União. Marta Maria é a
primeira mulher a ocupar a presidência da Fundação.
Em março, o Estado mostrou que a Funai vinha apenas cumprindo rotinas burocráticas em
razão da dificuldade de o governo em definir o nome do substituto de Meira. Ele
havia comunicado a intenção de deixar o cargo em dezembro do ano passado.
Na ocasião, a assessoria do ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo, encarregado de indicar o novo nome, informou que a
escolha recaia sobre um nome com perfil técnico, não necessariamente com
vínculos políticos partidários. Algumas entidades de representação indígena
manifestavam o desejo de que o escolhido fosse um índio.
Meira resolveu se afastar em meio a uma das muitas
crises que a Funai costuma enfrentar. Era atacado tanto por indígenas, que o
acusam de não tê-los consultados adequadamente em questões estratégicas, como a
construção de hidrelétricas na Amazônia, como também pelos deputados da bancada
ruralista, que não lhe poupam xingamentos nos debates sobre a demarcação de
novas terras indígenas.
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