AOS PREFEITURÁVEIS DE MANAUS:
SUSTENTABILIDADE É A SAÚDE DE NOSSA CIDADE
Ademir Ramos (*)
O tema em questão reúne em si múltiplos significados em campos
semânticos diferenciados, exigindo em particular, dos políticos e governantes
ações concretas que traduzam o respeito ao meio ambiente de forma socialmente
justo não só para o presente, mas também visando o bem de todos numa
perspectiva cumulativa e distributiva em atenção às pessoas e a sua qualidade
de vida. Se assim for, o fantasma da sustentabilidade transforma-se numa
prática capaz de responder uma série de perguntas que são formuladas e muitas
vezes ficam sem respostas por falta de determinação na resolução e zelo pela
coisa pública.
Em se tratando de políticas públicas, os políticos e
governantes enfrentam graves desafios relativos à saúde de seus munícipes.
Manaus sofre esses impactos com ressonância na vida de seus cidadãos,
provocando graves transtornos nas relações formadoras de todos Manauaras e
Amazonenses. Tal definição identitária está vinculada diretamente ao respeito
ao meio ambiente, ao amor a sua cidade e ao seu território como útero da vida,
saúde e do desenvolvimento humano.
Enfim, tudo que se faz de mal a cidade afeta diretamente a
saúde dos seus filhos e por isso requer
dos agentes públicos ações imediatas em defesa de um corpo vivo a reclamar
atenção porque a cidade é o berço do
cidadão, a exigir um plano diretor humanístico, segurança, educação, cultura e
respeito dos seus filhos e, em particular, dos seus gestores para com a vida da
cidade e de seus munícipes, com coragem e determinação, dando conta dos
problemas que afetam a todos (as).
A cidade, portanto, é para os seus, o cartão de visita de sua
cultura, da vida e do seu desenvolvimento e para os políticos e
governantes deveria ser também a marca de sua gestão pautada no respeito,
dignidade e compromisso, é o que exigimos para nossa querida Manaus.
(*) É professor, antropólogo e coordenador do Núcleo de
Cultura Política da UFAM.
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