A
CIÊNCIA DE GOVERNAR E A NOMEAÇÃO DOS SECRETÁRIOS PARA PREFEITURA DE MANAUS
Ademir
Ramos (*)
“O conhecimento, isto é, a competência instituída e
institucional não é um risco, pois é arma para um fantástico projeto de
dominação e de intimidação social e política”. Marilena
Chauí
O enunciado é provocador. Faz pensar sobre o projeto de
dominação engendrado por um determinado governante que instrumentaliza os
aparelhos de Estado para intimidar as manifestações sociais desqualificando as
forças da sociedade civil. Esse “fantástico projeto” é alimentado pela
massificação das mídias sociais marcado por um discurso instituído com carimbo
de competência, aparentando ser mais eficiente e eficaz na execução das ações
governamentais.
A Cultura da Democracia (1989), segundo Chauí, fundamenta-se no
processo de burocratização de todas as esferas da vida social oferecendo
dificuldade e vendendo facilidade para assim garantir o controle das estruturas
de poder sob o mando do discurso da organização, do desenvolvimento e da
sustentabilidade como cacoete do presente.
A ciência de governar exige dos
eleitos não só densidade política eleitoral, mas, sobretudo, preparo técnico
científico e capacidade de conhecer, saber e discernir os fatos relativos aos
ofícios da ciência do planejamento. Além desses predicativos agregados é
sumamente importante que o eleito saiba escolher os novos Secretários
Municipais valendo-se não só da intuição, mas certamente de valores e
princípios que norteiam a conduta dos Agentes Públicos como atores
qualificados, aptos para operar a máquina administrativa do Estado com
responsabilidade, inovação, tecnologia e cognição (RITC), em Regime de
Colaboração com as entidades e organizações sociais.
A RITC está acima dos interesses
particulares, de grupos familiares, empresariais ou partidários, funda-se nos
valores republicanos a exigir dos agentes públicos a ética da responsabilidade.
A confiança reclamada nessas relações de poder orienta-se não pela
subserviência instituída da hierarquia de mando a reduz o sujeito em capacho da
vontade do mandatário ou do superior imediato.
Portanto, para efeito da engenharia
de governo em cumprimento aos fluxos das demandas sociais da cidade e da
sociedade, no que tange à qualidade das políticas públicas, bem como aos demais
serviços prestados aos cidadãos, é justo e necessário que os Secretários e
demais Agentes a serem nomeados pelo novo Prefeito de Manaus sejam orientados
não por relações afetivas ou familiares, mas, por critérios objetivos que
denunciem responsabilidade, inovação, como capacidade criativa de
investir nas práticas sociais visando a obter resultados operantes para o
melhoramento da vida em sociedade; também requer desses Servidores Públicos não
só a força e o prestígio, mas o domínio de tecnologia,
habilidade no manejo das ferramentas para efetivação das políticas publicas
normativas e sociais em atenção às prioridades definidas pelo mandatário.
Como afirmamos no início desta
exposição despretensiosa tanto o ato de governar como também a participação do
cidadão nesse processo provoca não só o repensar das práticas políticas
instituídas, mas a inovação de se promover a transversalidade dos campos afins na
perspectiva de se inaugurar um novo processo de cognição na política de governo da Prefeitura de Manaus sob a
direção política, moral e ética de Artur/Hissa (PSDB-PPS) legitimados pelo
presente e quem sabe credenciados para um futuro próspero a merecer do povo de
Manaus e do Amazonas respeito e reconhecimento público pelo trabalho prestado a
frente da Prefeitura de Manaus.
(*) É professor, antropólogo,
coordenador do Projeto Jaraqui e do NCPAM/UFAM.
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