VOCÊ TEM FOME DE QUE?
Ademir Ramos (*)
A pancada vem dos Titãs mobilizando a galera para a grita geral contra a
miséria, a desigualdade social, a corrupção, a exploração, acumulação e a falta
de acesso às políticas públicas de qualidade que assegurem educação, saúde, moradia,
segurança, cultura e os direitos fundamentais da pessoa.
Nessa circunstância a honestidade não
basta é preciso ser responsável e cuidar com zelo da coisa pública para que os
políticos sejam respeitados e a política acolhida no meio do povo não como
antro do mensalão, mas como instrumento de organização, participação e
cidadania capaz de agregar homens e mulheres; crianças, jovens e idosos para
marcharem contra as injustiças sociais que imperam em nosso território de toda
forma saqueado pela ganância e voracidade dos oportunistas que se apropriam do
Estado para enriquecer ilicitamente, matando a sua fome com a miséria e a sede do
povo.
A gente
não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte...
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte...
Esta apropriação resulta de várias
tratativas aparentemente legais, a começar pelo processo eleitoral capitaneado
por partidos políticos criminosos que usam o mandato popular para negociatas em
benefício de uma máfia palaciana instalada, não deixando nada a desejar aos
mafiosos do submundo do crime tanto no Planalto como nas Ribeiras Amazônicas.
Cresce a cada dia o animo da Nação de ver esses salteadores do cofre
público atrás das grades, destituídos de seus mandatos e bens, em cumprimento a
pena merecida na masmorra, resgatando dessa feita o valor das instituições
democráticas e o espírito republicano.
A saída que queremos é o combate à impunidade, a justiça nas urnas,
monitorando os candidatos eleitos e exigindo que cumpram com o seu dever de
representar dignamente os interesses populares fazendo valer os direitos
básicos da cidadania.
Viver não basta, é preciso dar sentido a vida, participando do coletivo
social como sujeito e não como um rato, sem perspectiva de um projeto comunal a
impulsionar o prazer, a alegria e a felicidade pública agregando homens e
mulheres no prazer d partilha do pão, da terra e da vida em sociedade.
(*) É professor, antropólogo, coordenador do Jaraqui e do NCPAM/UFAM.
Um comentário:
Povo que mudança, JARAQUI já!
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