segunda-feira, 3 de março de 2014

O IMPERATIVO DA CORRUPÇÃO E O “JEITÃO” DOS MANDATÁRIOS DA REPÚBLICA




Para o bem da República Democrática é necessário passar a limpo a política partidária, criminalizando os partidos de ficha suja e as práticas dos poderes constituídos, fortalecendo os instrumentos de controle social, de fiscalização, denuncia e repressão.

A política é um campo de poder bastante complexo, contudo, devem-se combater algumas determinações que dizem respeito à lógica dos alpinistas que, recorrendo aos instrumentos de Estado fazem de tudo para permanecer e galgar sua permanência nas estruturas de mando e domínio, estando em sincronia com o poderio econômico que alimenta o vicio do corrupto e por consequência a desmoralização das instituições republicanas, fragilizando, dessa feita, as estruturas democrática.

Esse “jeitão” dos mandatários brasileiros muito tem contribuído para a cultura da corrupção e da impunidade, reproduzindo junto ao povo uma conduta individualista que se traduz no “jeitinho” de se dar bem em tudo e contra todos, como bem analisou o professor Francisco de Oliveira, em artigo temático. Neste contexto, a corrupção é um fato político, a exigir das estruturas democráticas, ação de justiça que combata o crime, punindo, exemplarmente seus mentores e autores, para salvaguardar a economia pública com respeito e zelo pelos poderes instituídos. Ao contrário, cria-se um campo favorável aos salteadores do povo gerando os monstros do populismo, do messianismo e do militarismo como salvadores da pátria.

Para o bem da República Democrática é necessário passar a limpo a política partidária, criminalizando os partidos de ficha suja e as práticas dos poderes constituídos, fortalecendo os instrumentos de controle social, de fiscalização, denuncia e repressão. Assegurando, na Carta Constitucional a autonomia desses Poderes Constitucionais com autonomia administrativa e financeira quanto à sua formação e atuação, primando pela impessoalidade, legalidade, moralidade, publicidade e eficiência nos termos exigido pela ética da responsabilidade como expressão dos Agentes Públicos.

O cumprimento desse mandamento requer que seja promovido concurso público de forma transparente e responsável nas Cortes de Justiça, bem como nos Tribunais de Contas do Pais, Ministério Público, passando a limpo o Judiciário longe da influência dos Poderes Executivo e Legislativo. A reciproca também é verdadeira, assim, a harmonia deve ser assegurada pelo pleno funcionamento dos Poderes assentados na autonomia e responsabilidade, em defesa do Estado Democrático de Direito, acima de questiúncula partidária e filigrana jurídica à moda alfaiate que visa unicamente à impunidade e a sanha da corrupção, desqualificando a política em favor do crime e da impunidade.

  A transparência desses atos exerce sobre o povo um processo pedagógico capaz de refletir sobre suas ações motivando mudar o Brasil, a partir das práticas escolares, das relações interpessoais, traduzidos em condutas e valores, potencializando a Justiça, em resgate a credibilidade do ordenamento jurídico Republicano. O processo em destaque deve merecer das instituições o respeito e publicidade em forma de campanha institucional reafirmando a valorização da ética da responsabilidade e a moralidade da coisa pública sob o mandamento do Estado e do referendo popular. 

Nenhum comentário: