segunda-feira, 1 de junho de 2020


 ELEIÇÕES 2020 E O E ELEITOR 

CONSCIENTE






Ademir Ramos (*)


Pauto de forma recorrente as eleições municipais porque julgo de suma importância para o desenvolvimento local. No Amazonas, assim como na maioria dos Estados e nos Municípios quase sempre não tem uma estrutura econômica autônoma que permita gerar trabalho, emprego e renda. Em não havendo estes meios necessários para suprir a necessidade de nossa gente tanto na capital como nos demais municípios do nosso Amazonas, os cidad@os dependem e muito dos orçamentos das Prefeituras para que tenha acesso às políticas públicas em atenção à saúde, cultura, educação, transporte, moradia, infraestrutura, entre outras demandas populares que se faz necessária para o bem-estar da nossa população. Mais grave ainda é quando o poder Estadual e Municipal encontra-se em polos extremos.

É fato que os municípios na estrutura federativa são tratados como pano de chão da República. Vivem, em particular, da migalha dos banquetes palacianos da União, bem como dos Governos Estaduais. Situação esta inaceitável a exigir mudança imediatamente no formato de um novo Pacto Federativo promotor da justiça social e da sustentabilidade desta gente brava que trabalho, vive, produz, sonha e mora nos municípios  pátria verdadeira dos brasileiros.

Neste quadro de injustiça social marcado quase sempre pelo dirigismo político é que as candidaturas dos vereadores são definidas às vezes sob o mando dos prefeitos e/ou das candidaturas majoritárias, somando as influências dos governos estaduais surfando nas ondas da pandemia  política querem porque querem dominar e controlar o Estado como um todo para implantar o dirigismo político em favor de uma facção política aliançada ou não com o poder de determinada corporação privada em detrimento da qualidade das políticas públicas, acelerando mais ainda a perversa desigualdade com grave exclusão social.

Toda esta trama eleitoral é feita à revelia das organizações e movimentos sociais amparadas por regramento legal e palavrório jurídico que intimida muito mais do que esclarece a população.  No entanto, como senhor do voto e mandatário do poder, o povo organizado em suas comunidades se assim for é capaz de ditar a regra do jogo botando pra correr os aventureiros, oportunistas e salteadores da economia popular por razões socialmente justa, solidária e politicamente correta mandando pastar esta gente que pouco caso faz pela saúde, educação, moradia entre outras demandas populares.              

(*) É professor, antropólogo, coordenador do Projeto Jaraqui e do NCPAM do Dpto. de Ciências Sociais da UFAM.


      

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