ELEIÇÕES 2020 E O E ELEITOR
CONSCIENTE
Ademir Ramos (*)
Pauto de forma
recorrente as eleições municipais porque julgo de suma importância para o
desenvolvimento local. No Amazonas, assim como na maioria dos Estados e nos Municípios
quase sempre não tem uma estrutura econômica autônoma que permita gerar
trabalho, emprego e renda. Em não havendo estes meios necessários para suprir a
necessidade de nossa gente tanto na capital como nos demais municípios do nosso
Amazonas, os cidad@os dependem e muito dos orçamentos das Prefeituras para que tenha
acesso às políticas públicas em atenção à saúde, cultura, educação, transporte,
moradia, infraestrutura, entre outras demandas populares que se faz necessária
para o bem-estar da nossa população. Mais grave ainda é quando o poder Estadual
e Municipal encontra-se em polos extremos.
É fato que os municípios
na estrutura federativa são tratados como pano de chão da República. Vivem, em
particular, da migalha dos banquetes palacianos da União, bem como dos Governos
Estaduais. Situação esta inaceitável a exigir mudança imediatamente no formato
de um novo Pacto Federativo promotor da justiça social e da sustentabilidade
desta gente brava que trabalho, vive, produz, sonha e mora nos municípios pátria verdadeira dos brasileiros.
Neste quadro de
injustiça social marcado quase sempre pelo dirigismo político é que as candidaturas
dos vereadores são definidas às vezes sob o mando dos prefeitos e/ou das
candidaturas majoritárias, somando as influências dos governos estaduais
surfando nas ondas da pandemia política
querem porque querem dominar e controlar o Estado como um todo para implantar o
dirigismo político em favor de uma facção política aliançada ou não com o poder
de determinada corporação privada em detrimento da qualidade das políticas
públicas, acelerando mais ainda a perversa desigualdade com grave exclusão
social.
Toda esta trama
eleitoral é feita à revelia das organizações e movimentos sociais amparadas por
regramento legal e palavrório jurídico que intimida muito mais do que esclarece
a população. No entanto, como senhor do
voto e mandatário do poder, o povo organizado em suas comunidades se assim for
é capaz de ditar a regra do jogo botando pra correr os aventureiros, oportunistas
e salteadores da economia popular por razões socialmente justa, solidária e politicamente
correta mandando pastar esta gente que pouco caso faz pela saúde, educação,
moradia entre outras demandas populares.
(*) É professor,
antropólogo, coordenador do Projeto Jaraqui e do NCPAM do Dpto. de Ciências
Sociais da UFAM.
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