domingo, 2 de novembro de 2008

MIRANTE DO COTIDIANO




No dia 24/10 passado, a cidade de Manaus completou seus 339 anos. Esta data não é apenas significativa para os seus moradores, já que em todo país há registro de seus filhos que foram para longe daqui tentar outras vidas, mas carregam no peito a saudade desta terra em que nasceram. Porém, outro contingente humano se mostrou afetivo com a cidade de Manaus, são aqueles, desde a primeira vez que embarcaram, vindo de outros chãos do Brasil, foram acolhidos com tamanha força e dignidade por seu povo, tal calor e diferente são os filhos desta terra, receptivos, apaixonados e sonhadores, abraçando todos aqueles que aceitam ser abraçados. O sentimento “luso-afro- caboclo-brasileiro”, chamado Saudade, se revelou na blogosfera, tamanha foram a manifestações de carinho e de amor a esta cidade. A professora Rachel, colaboradora do NCPAM, carioca, advogada é um exemplo disto:

Minha Manaus querida!
Mesmo não sendo famosa,
Com fama de Maravilhosa,
Trago-te dentro do peito,
Amor mais que perfeito,
Uma paixão desmedida.
Garantida e Caprichosa
Você é minha escolhida!

Minha Manaus, imensa,
De tantos rituais e crença,
Que domingo me fez chorar,
Recomposta, venho te saudar!

No teu negro rio, eu mergulho,
Pra dar sorte, renovar,
E no teu ventre me embrulho,
Me ponho a descansar !
Refaz minha fé perdida,
Volto pra vida corrida,
Com energia incomum,
Uma paz e uma felicidade,
Que não encontro em lugar algum!

Minha Manaus adorada,
Do tambaqui e pacu,
Pirarucu, cupuaçu
Tucunaré na brasa,
Pupunha e tucumã,
E o canto do uirapuru.
Manaus do Jaraqui,
Que me fez ficar aqui,
E do melhor matrinchã!

Minha Manaus do progresso,
De um belo Pólo, Industrial,
Tecnologia e sucesso,
Cem mil empregos gerados,
Agora, filhos adotados,
Manaus de tantos errantes,
Tem gente de todo país,
Manaus da Ivânia, do Fábio,
E do Professor Zé Luiz.
Do Ocicléio e do Belém,
E de todos que quero tão bem!

Minha adorável capital,
Da Feira do Tururi,
Do Mercado Municipal
E da missa na Catedral.
Da noite no Taj Mahal!
Da Ópera, ao ar livre,
E da toada, sem igual.

Manaus da cerveja gelada,
No tradicional Chão de Estrelas,
Ou de um chopp, lá no pontal!

Dos ensaios do boi bumbá,
Sem palavras pra descrever,
Do sanduíche com tacacá,
Nas salas de aula ou no bar.
Passeio no rio, ao amanhecer,
Invadindo a floresta, bem devagar...
Terra de tantas, pra contar
Encanto, mistério e prazer.
Manaus! da minha história,
Que jamais vai envelhecer!

Manaus do encontro das águas,
Dos botos, das garças e flores
E borboletas de todas as cores,
Japiim nas biqueiras cantando,
Igapó, igarapé e muitos amores,
Mitos e lendas, dos sonhadores,
Ou das frutas de vários sabores.

Minha Manaus Menina!
Isso tudo é pra te dizer,
Feliz Aniversário!
Isso tudo é pra te dizer,
Que você, me alucina!
Muda meu calendário,
Troca meu fuso horário,
Tento te descrever,

Você é Poesia
É encanto e magia
Sem a qual,
Não viveria,
Minha alma, morreria!

MARIA RACHEL COELHO

7 comentários:

Anônimo disse...

Não sei não, sobre o amor do forasteiro vingar por esta terra!
Mas existe, sim, um "amor" cujo intuito se agarra nas correntes de uma economia gradativamente importante, e, que, a cada dia, ganha mais olhar no panorama econômico do país.

Não creio, portanto, no amor que vem de fora. Algum de vocês, manauaras, porventura, mudariam-se ao sul do país sem nenhum motivo ou só porque resolveram amá-lo?

Anônimo disse...

e por favor, nao fode com esses poemas manaucariocas...

Unknown disse...

e minha querida...manaus já nao é mais essa cabocla cuja buceta recebia a todos seus risonhos indistintos visitantes...

Anônimo disse...

Manaus, morena e urbana...
Manaus de tantos amores, perdidos ou não...
Acalentados de paixões e devaneios
Manaus dos encontros e desencontros
Povo Manãôs, o seu plural, é contemporaneidade, Manaus. Manaus, aguerrida, sobre ventura dos aventurados...
do índio, do caboclo, do nordestino, do luso e afro, fricção, orgia e delírio...

Anônimo disse...

Como pode tanta insensibilidade, e estupidez!O poema é extremamente belo, não entendo porque tanta grosseria; só posso lamentar a falta de senso e delicadeza dos comentários acima. E parabenizar a prof. Rachel pela sensível manifestaçao de amor a Manaus, e aqueles que não a amam, certamente nem deveriam estar aqui, ou mesmo não a conhecem!

Anônimo disse...

Vejo que alguns "colegas" de fato não compreendem o sentido do belo, e a sensibilidade que emergem das palavras. Não está em debate aqui os motivos pelos quais as pessoas mudaram para cá, ou de que forma se apropriaram da cidade.O momento é penas e simplesmente da celebração de uma data que corresponde exatamente a produção e reprodução de um povo na sua singularidade histórico-concreta.E foi exatamente o que percebi nas palavras pulsantes de vida de uma pessoa que (independente do motivos que a levou vir para cá) exalta e manifesta um amor não apriori, mas engendrado, construido
na vivacidade das experiencias de estar e viver coletivamente com este povo "sonhador e apaixonado"

Anônimo disse...

Meus pesares para este retirante sem sorte na vida, chamado pedro ( é um feliz que deve viver talvez longe de sua terra pobre e miserável)por isso, tamanha insensibilidade para um lindo poema de qualidade e originalidade mor. Mas fazer o quê? Nossa terra está aberta a felizes e afortunados, assim como a infelizes, pobres e miseráveis intelectuais como esse elemento inferior que tece um comentário como se estivesse em uma roda de boteco, ao qual por sinal deve ser o único que o recebe de braços abertos quando chega para bebemorar o seu nobre corote.