* Ademir Ramos
O Sindicato dos Jornalistas do Amazonas, em parceria com Tribunal Regional Eleitoral, estará realizando nesta terça-feira (27) às 14, no auditório da Justiça Federal, o Seminário sobre Jornalismo Político.
Na oportunidade, os especialistas irão discutir e analisar a legislação referente às eleições 2008, bem como a prática do jornalismo político, primando pela qualidade da informação e pela credibilidade dos profissionais da comunicação em respeito ao cidadão consumado pela notícia.
Entre os palestrantes, estarei representando o NCPAM, expondo sobre a complexidade do ofício do jornalismo quanto à questão política. Para esse momento preparei um Caderno de Notas, estilo Gramsci, para suscitar debate e apreciação, tendo como pedra de toque a afirmativa da pesquisadora da UNB, a jornalista Liziane Guazine, que sintetiza a matéria nos seguintes termos: “é preciso vencer o medo de desvendar a caixa-preta do jornalismo político sob pena de não construirmos efetivamente, uma sociedade democrática”.
A provocação requer que se esclareçam os fundamentos dessa assertiva, formulando questões prospectivas tais como: Quem tem medo? - Medo de quem? - O jornalista em si ou a indústria da informação? – Medo por quê? – O que tem de comprometedor nesta prática?
As indagações são múltiplas, exigindo que seja feita uma análise profunda, na medida do possível, compreendendo a micro-física do poder, que assenta a relação de interesses entre governo, indústria da informação e os interesses difusos da sociedade civil democrática.
Nessa perspectiva são importantes que se discutam os bastidores da prática do jornalismo político no Amazonas quanto à relação com as fontes, onde a disputa pelo furo pode comprometer a qualidade da informação por não checar a veracidade dos fatos. Dessa feita, o profissional é reduzido em garoto de recado dos interesses dominantes, aliados é claro, com os interesses da empresa de comunicação.
Mas, a pergunta que também nos fazemos é: Existe jornalismo político no Amazonas? Como a questão política eleitoral tem sido tratada nos meios de comunicação no Estado? - com autonomia, oportunismo, compadrio ou simplesmente uma mera negociata, minimizando o interesse público em favor do favoritismo político dominante. Quem ganha com isso?
A título de reflexão: Todos sabem que assim como o ex-Senador Jéferson Peres, o senador Artur Neto era articulista de a Crítica. No entanto as denúncias de malversações de verba pública, corrupção e outras falcatruas contra o dinheiro do povo praticado pelo governador Eduardo Braga, não receberam guarida nesse jornal, tendo o senador de migrar para o Diário do Amazonas.
Em discussão: O direito a informação, contrapondo aos interesses privados. Nessa circunstância, a eleição pode transformar-se numa grande oportunidade de negócio, sendo a piracema para os tubarões da imprensa.
Mas, o que tem sido feito para se vencer o medo enquanto prática organizacional? Quais os investimentos que podemos destacar nesse campo sejam eles oriundos da empresa de comunicação ou da categoria dos jornalistas?
Outros dirão: indagações como estas não procedem porque o jornalista é um assalariado e necessariamente deve garantir o seu tostão. Esse argumento centrado na necessidade reduz qualquer qualificação do profissional aos interesses imediatos.
No entanto, é necessário insistir que o jornalista, o profissional da comunicação, é um sujeito senhor da informação detém um capital simbólico que se traduz em credibilidade, em valor imaterial capaz de agregar força dissertativa e de sustentar o convencimento do leitor e do eleitor.
Nem tanto, dirão outros, o que se discute na prática são “a verdade efetiva das coisas”, os valores e as concepções ideológicas dos jornalistas, editores e proprietários dos meios. Enfim a cadeia produtiva do noticiário, suas múltiplas versões. Esse realismo político vivido em tensão com os fatos, as fontes, o interesse público e privado é determinante para construção de uma cultura profissional.
Reclama-se ainda, a falta do leitor, ouvinte ou telespectador capaz de operar criticamente, avaliando e condenando financeiramente as publicações e seus autores. Pois, na qualidade de consumidor o cidadão pode se manifestar, recusando-se a consumir o discurso da farsa e da corrupção, bem como também migrar de matutino ou mudar de canal.
Por exemplo: domingo eu quero ler o Diário do Amazonas porque preciso conhecer as falcatruas internacionais do Alibaba do Amazonas (avaliar, analisar, conferir e julgar). É uma opção, mas para isso é preciso ter informação, principalmente se tratando de um jornalista ou um analista da política local. Desconhecer tal fato e outros fantasmas da corrupção, que por hora ronda o estado, é se tornar um profissional “lacaio e obtuso”. Desses estamos fartos.
Ao contrário, tem se identificado no jornalismo local prática de jornalismo investigativo, que requer pesquisa, conferência das fontes e interesse público. Uma prática de convivência com o poder instituído com autodeterminação e credibilidade, transformando o jornalista em Educador Social, porque o acesso à informação faz do cidadão aprendiz da democracia, como bem afirmara Gramsci - Os Intelectuais e a Organização da Cultura/1979. Dessa feita, enaltece na prática a credibilidade, lealdade moral e intelectual contrapondo-se ao cinismo, arrogância e o esnobismo paroquial, que nada mais é do que o diabo da pavulagem.
Iniciativa como esta, promovido pelo Sindicado dos jornalistas denuncia a necessidade de se aprimorar cada vez mais a pena do profissional da política, sua capacidade intelectual e desenvolvimento de sua prática criativa (ferramentas de investigação, qualificação de suas fontes), assim como clarifica também sua compreensão quanto às relações de poder, porque o jornalismo político atua onde o poder instituído se manifesta.
Essa relação é tensa, verdadeiramente, e requer do profissional credibilidade e autodeterminação para superar as ciladas do jogo político do poder dominante. Assim, deixamos de escrever para satisfazer as fontes e nos afirmamos como um profissional de opinião, de armadura intelectual reconhecido.
Comprova-se tal prática quando tomamos consciência de que o jornalista em seu ofício deve necessariamente organizar e interpretar os fatos a partir da “verdade efetiva das coisas”. Trata-se de uma visão estratégica, que requer análise de conjuntura pertinente e visão de futuro capaz de influir nas determinações de poder junto aos seus agentes, numa perspectiva democrática de justiça social.
* Professor, antropólogo e coordenador do Núcleo de Cultura Política do Amazonas, Ciências Sociais, UFAM.
O Sindicato dos Jornalistas do Amazonas, em parceria com Tribunal Regional Eleitoral, estará realizando nesta terça-feira (27) às 14, no auditório da Justiça Federal, o Seminário sobre Jornalismo Político.
Na oportunidade, os especialistas irão discutir e analisar a legislação referente às eleições 2008, bem como a prática do jornalismo político, primando pela qualidade da informação e pela credibilidade dos profissionais da comunicação em respeito ao cidadão consumado pela notícia.
Entre os palestrantes, estarei representando o NCPAM, expondo sobre a complexidade do ofício do jornalismo quanto à questão política. Para esse momento preparei um Caderno de Notas, estilo Gramsci, para suscitar debate e apreciação, tendo como pedra de toque a afirmativa da pesquisadora da UNB, a jornalista Liziane Guazine, que sintetiza a matéria nos seguintes termos: “é preciso vencer o medo de desvendar a caixa-preta do jornalismo político sob pena de não construirmos efetivamente, uma sociedade democrática”.
A provocação requer que se esclareçam os fundamentos dessa assertiva, formulando questões prospectivas tais como: Quem tem medo? - Medo de quem? - O jornalista em si ou a indústria da informação? – Medo por quê? – O que tem de comprometedor nesta prática?
As indagações são múltiplas, exigindo que seja feita uma análise profunda, na medida do possível, compreendendo a micro-física do poder, que assenta a relação de interesses entre governo, indústria da informação e os interesses difusos da sociedade civil democrática.
Nessa perspectiva são importantes que se discutam os bastidores da prática do jornalismo político no Amazonas quanto à relação com as fontes, onde a disputa pelo furo pode comprometer a qualidade da informação por não checar a veracidade dos fatos. Dessa feita, o profissional é reduzido em garoto de recado dos interesses dominantes, aliados é claro, com os interesses da empresa de comunicação.
Mas, a pergunta que também nos fazemos é: Existe jornalismo político no Amazonas? Como a questão política eleitoral tem sido tratada nos meios de comunicação no Estado? - com autonomia, oportunismo, compadrio ou simplesmente uma mera negociata, minimizando o interesse público em favor do favoritismo político dominante. Quem ganha com isso?
A título de reflexão: Todos sabem que assim como o ex-Senador Jéferson Peres, o senador Artur Neto era articulista de a Crítica. No entanto as denúncias de malversações de verba pública, corrupção e outras falcatruas contra o dinheiro do povo praticado pelo governador Eduardo Braga, não receberam guarida nesse jornal, tendo o senador de migrar para o Diário do Amazonas.
Em discussão: O direito a informação, contrapondo aos interesses privados. Nessa circunstância, a eleição pode transformar-se numa grande oportunidade de negócio, sendo a piracema para os tubarões da imprensa.
Mas, o que tem sido feito para se vencer o medo enquanto prática organizacional? Quais os investimentos que podemos destacar nesse campo sejam eles oriundos da empresa de comunicação ou da categoria dos jornalistas?
Outros dirão: indagações como estas não procedem porque o jornalista é um assalariado e necessariamente deve garantir o seu tostão. Esse argumento centrado na necessidade reduz qualquer qualificação do profissional aos interesses imediatos.
No entanto, é necessário insistir que o jornalista, o profissional da comunicação, é um sujeito senhor da informação detém um capital simbólico que se traduz em credibilidade, em valor imaterial capaz de agregar força dissertativa e de sustentar o convencimento do leitor e do eleitor.
Nem tanto, dirão outros, o que se discute na prática são “a verdade efetiva das coisas”, os valores e as concepções ideológicas dos jornalistas, editores e proprietários dos meios. Enfim a cadeia produtiva do noticiário, suas múltiplas versões. Esse realismo político vivido em tensão com os fatos, as fontes, o interesse público e privado é determinante para construção de uma cultura profissional.
Reclama-se ainda, a falta do leitor, ouvinte ou telespectador capaz de operar criticamente, avaliando e condenando financeiramente as publicações e seus autores. Pois, na qualidade de consumidor o cidadão pode se manifestar, recusando-se a consumir o discurso da farsa e da corrupção, bem como também migrar de matutino ou mudar de canal.
Por exemplo: domingo eu quero ler o Diário do Amazonas porque preciso conhecer as falcatruas internacionais do Alibaba do Amazonas (avaliar, analisar, conferir e julgar). É uma opção, mas para isso é preciso ter informação, principalmente se tratando de um jornalista ou um analista da política local. Desconhecer tal fato e outros fantasmas da corrupção, que por hora ronda o estado, é se tornar um profissional “lacaio e obtuso”. Desses estamos fartos.
Ao contrário, tem se identificado no jornalismo local prática de jornalismo investigativo, que requer pesquisa, conferência das fontes e interesse público. Uma prática de convivência com o poder instituído com autodeterminação e credibilidade, transformando o jornalista em Educador Social, porque o acesso à informação faz do cidadão aprendiz da democracia, como bem afirmara Gramsci - Os Intelectuais e a Organização da Cultura/1979. Dessa feita, enaltece na prática a credibilidade, lealdade moral e intelectual contrapondo-se ao cinismo, arrogância e o esnobismo paroquial, que nada mais é do que o diabo da pavulagem.
Iniciativa como esta, promovido pelo Sindicado dos jornalistas denuncia a necessidade de se aprimorar cada vez mais a pena do profissional da política, sua capacidade intelectual e desenvolvimento de sua prática criativa (ferramentas de investigação, qualificação de suas fontes), assim como clarifica também sua compreensão quanto às relações de poder, porque o jornalismo político atua onde o poder instituído se manifesta.
Essa relação é tensa, verdadeiramente, e requer do profissional credibilidade e autodeterminação para superar as ciladas do jogo político do poder dominante. Assim, deixamos de escrever para satisfazer as fontes e nos afirmamos como um profissional de opinião, de armadura intelectual reconhecido.
Comprova-se tal prática quando tomamos consciência de que o jornalista em seu ofício deve necessariamente organizar e interpretar os fatos a partir da “verdade efetiva das coisas”. Trata-se de uma visão estratégica, que requer análise de conjuntura pertinente e visão de futuro capaz de influir nas determinações de poder junto aos seus agentes, numa perspectiva democrática de justiça social.
* Professor, antropólogo e coordenador do Núcleo de Cultura Política do Amazonas, Ciências Sociais, UFAM.
5 comentários:
O encontro é bem apropriado para o desfecho da morte do Senador Jeferson Peres. E, de grande interesse da comunidade acadêmica, que está voltada para a ciência política, tal como da prática do comunicador na área. Em autenticar o verdadeiro perfil do profissional da área das comunicações, tal qual do político da atualidade , que o Senador (in memorian) nos deixou um arduo legado, para aqueles que vão enveredar por esses caminhos.
Os sindicatos - sobretudo as duas centrais mais importantes, a CUT e a Força Sindical - têm ocupado o noticiário. Multiplicam-se os casos de apropriação privada, sindical, de recursos públicos, fruto de uma simbiose cada vez maior entre a máquina sindical e o Estado. Acrescente-se a isto o poder atribuído por este governo às centrais, com destinação de verba específica a elas, de tal maneira que possam fazer um uso indiscriminado de tais recursos. Signo dos novos tempos, o próprio presidente da República vetou, inclusive, que esses recursos fossem fiscalizados pelo Tribunal de Contas, abrindo às portas para usos sem nenhum controle.
Há uma lógica subjacente a todos esses episódios, que é a da integração entre sindicatos e Estado numa mesma estrutura que torna os primeiros dependentes do segundo e este, por sua vez, capaz de controlar cada vez mais àqueles. Os desvios de recursos públicos são, neste sentido, expressões desta lógica político-sindical, graças à qual a representação sindical se descola dos trabalhadores e passa a obedecer a orientações governamentais e partidárias.
Não é de surpreender que o PDT, herdeiro do getulismo, seja um dos partidos envolvidos neste processo, na figura do presidente da Força Sindical . Ele se situa dentro de uma linha histórica de integração dos sindicatos ao aparelho do Estado, com os benefícios daí originários. Na fase de criação da legislação trabalhista, esses benefícios foram destinados a toda a classe trabalhadora, enquanto, hoje, eles se destinam, principalmente, a proveitos privados das lideranças sindicais.
Trata-se da forma própria de integração dos sindicatos ao aparelho de Estado, como se se tratasse de uma mesma estrutura e de um mesmo uso "privado" dos recursos públicos.
Pelos que se diziam representantes de uma esquerda revolucionária, eles eram considerados como pelegos , expressão pejorativa que dava conta de uma colaboração de classes via integração ao Estado. Se fossem, ainda segunda essa visão, lideranças revolucionárias, que pregassem a ruptura institucional, elas seriam vistas favoravelmente.
O pelego é um líder sindical que procura conciliar os interesses do trabalho e do capital, usufruindo politicamente dessa situação. Poder-se-ia dizer que se trata de um reformista. O não-pelego , ainda segundo essa visão, seria o líder sindical que prega a sociedade socialista, tudo fazendo para que ela seja instalada, conduzindo as reivindicações dos trabalhadores ao ponto da ruptura político-social. Tal denominação não teria curso se o marxismo não tivesse naquela época se estabelecido como marco mesmo de análise, o marco de análise "verdadeiro" ou "científico".
A CUT, por sua vez, é tributária de uma história distinta. Quando de sua criação, se posicionava claramente contra os ditos pelegos, por estes não se pautarem pela luta de classes, segundo rezava a cartilha marxista. Apresentavam-se como moralmente puros, procurando apenas defender os trabalhadores e propugnando por uma transformação socialista da sociedade. Viam no mundo sindical de então um antro de colaboracionismo e de corrupção. Ademais, consideravam os sindicalistas como não representativos, pois ancorados numa contribuição sindical obrigatória, que falsearia os termos mesmos de uma relação entre representantes e representados. Enquanto o sindicalismo dos pelegos, à sua maneira, estava baseado na unidade da sociedade, na colaboração de classes, na legislação trabalhista que favorecia aos trabalhadores, o novo sindicalismo lutava pela ruptura social enquanto condição para a transformação revolucionária da sociedade.
Quando o PT chega ao poder, ele o faz através de seu representante sindical mais importante, o hoje presidente Lula. Com ele, chega também ao Poder a ala sindical petista que, junto com os católicos, vinculados às Pastorais , e com os grupos esquerdistas revolucionários, formavam a espinha dorsal do partido. Todos comungavam e alguns ainda comungam uma mesma ideologia socialista, visando a transformação revolucionária da sociedade e considerando o Estado como um instrumento dessa transformação. Nos países europeus, quando os socialistas chegaram ao poder, eles já tinham realizado uma mudança doutrinária, adotando a economia de mercado, a propriedade privada e o estado de direito. No Brasil, esse processo não teve lugar e a transformação revolucionária continuava e continua sendo uma bandeira política.
A esquizofrenia entre um discurso socialista, de cunho revolucionário, e uma prática de integração ao sistema, nestas circunstâncias, só podia se acentuar. Do ponto de vista ideológico, a CUT continua com um discurso socialista autoritário, sendo aliada de organizações políticas como o MST, que tem como objetivo a revolução nos moldes soviéticos e cubanos. Aparentemente, não haveria aqui nenhuma diferença essencial.
No entanto, há uma diferença de monta, pois o MST prega a ruptura completa com o capitalismo, enquanto a CUT - a solavancos, poder-se-ia dizer -, se integra cada vez mais ao capitalismo que diz abominar. Suas demandas se situam no interior do sistema capitalista, podendo, em sua maior parte, ser atendidas, apesar de sua fraseologia revolucionária.
Quero dizer com isto que elas são negociáveis, factíveis, e se situam no interior da colaboração de classes. Em vez da CUT ter se tornado um sindicato moderno, social-democrata, como seus congêneres europeus, revisando a sua doutrina, aceitando plenamente a propriedade privada e a economia de mercado, ela se aferra a seus posicionamentos anteriores, porém adotando uma prática de colaboração de classes sob a forma do peleguismo que dizia criticar. Ela opera uma forma de social-democratização às avessas, entendendo por esta expressão uma integração ao Estado, a negociação sindical e o desvio de recursos públicos. Retoricamente, porém, continua dizendo lutar pelo socialismo, como se a atual etapa fosse apenas de transição.
Esse anônimo enche o saco com esse post da cut, em todos os comentários dos textos: Fala sério! Por que não manda logo para a central do blog?
ok! e certo que a maioria dos ditos "JORNALISTAS DE fachada NO AMAZONAS" e puxa saco de politicos que estão no poder no estado do amazonas com o partido de trambuqieros como o PDT,PT,PC DO B eutros e somente mostram a midia de seus apadrinhados e não a realidade de sofrimento social da população do amazonas ou seja meros ocupantes de cabides de empregos em emissoras de radio e televisão famosas na cidade de MANAUS, salvo alguns JORNALISTAS DE VERDADE ou seja 2% do total que existe no AMAZONAS.
'EDUARDO É O CHEFE DE ADAIL'
"Ninguém se iluda. O episódio de Coari não se resume a Adail Pinheiro e a essa gente que surge nas gravações da Polícia Federal. Se as investigações prosseguirem, os fatos demonstrarão que Eduardo Braga é o chefe de Adail Pinheiro. "
Senador Arthur Virgilio Neto.
"Os cidadãos decentes do Amazonas precisam reagir. Ou seremos cúmplices, por omissão, da podridão que vai corroendo as Instituições e os poderes. O sr. Eduardo Braga e seu cleptogoverno rebaixam a nossa dignidade de povo e propõem o reinado do cinismo, da desfaçatez, da falta de ética.
Não temos governador. Há um fenício fazendo do cargo que ocupa verdadeira gazua. A autoridade pereceu. Não projeta o Amazonas deste século XXI, mas a Chicago dos anos 30.
Ninguém se iluda. O episódio de Coari não se resume a Adail Pinheiro e a essa gente que surge nas gravações da Polícia Federal. Se as investigações prosseguirem, os fatos demonstrarão que Eduardo Braga é o chefe de Adail Pinheiro. E isso explica a tentativa - vã, inútil, infrutífera de impedir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembléia Legislativa.
Adail, sozinho, não teria força para levar deputados da base de apoio a Braga a se negarem a assinar o pedido de CPI. Não teria peso para obrigar dois parlamentares a retirar seus nomes da lista dos que pretendem o esclarecimento dos detalhes escandalosos.
A licenciosidade de Braga é (mau) exemplo para os jovens, para a sociedade como um todo, para certos prefeitos. Ora, se o 'chefe' de-inqüe impunemente, por que os 'chefiados deveriam respeitar a coisa pública?
O destampatório de Coari resume a situação nojenta que estão impondo ao nosso povo trabalhador e decente: corrupção em todos os escalões, em todos os poderes; promiscuidade que vai do convívio com grileiros estrangeiros de terras à prostituição de meninas, com o detalhe perverso de que as remunera com o dinheiro furtado aos país e as marcam com o ferrete da desesperança, do ceticismo e da dor mais profunda. Há advogados, circunstantes, empreiteiros, políticos de diversos tamanhos envolvidos no "show room" de Coari.
Há magistrados sob suspeição.
O DESEMBARGADOR FRANCISCO AUZIER,
QUE ACABA DE SER ELEITO PARA PRESIDIR
O TRIBUNAL DE JUSTIÇA, PRECISA EXPLICAR-SE
AOS CIDADÃOS. NÃO ACEITAREI QUE ELE SUBSTITUA
O HONRADO HOSANAH FLORÊNCIO SE NÃO FICAR
BEM CLARA SUA NÃO-PARTICIPAÇÃO, DIRETA
OU INDIRETA, NOS DELITOS. SE DÚVIDAS
REMANESCEREM ELE SERÁ LEVADO
A RENUNCIAR, PORQUE JÁ CHEGA DE
TANTO DESRESPEITO AO AMAZONAS.
A HORA DO BASTA É AGORA!
Eduardo Braga e a corrupção convivem há muito tempo. Denunciei suas negociatas dos tempos de prefeito da Manaus que lhe foi parar às mãos, vice de Amazonino que era, quando este retornou ao governo do Estado em 1994. Montou empresas "laranjas" para saquear a cidade, com métodos que depois "aperfeiçoou" para pilhar o Estado.
A revista “Isto É” em seu número 1513, edição de 30 de setembro de 1998, exibe a então vereadora Va-nessa Graziottin, do PC do B, indo à garagem da 'empresa' Equipe Construção e Planejamento de Engenharia e ouvindo de funcionários em greve que ali se tratava de propriedade de familiares de Braga.
A mesma vereadora descobriu, a seguir, que a Equipe surgia, na Secretaria Municipal de Obras como a maior prestadora de serviços daquele período. E confirmou o que eu já havia publicado em jornal desta cidade, ou seja, que havia mais quatro 'empresas' privilegiadas por Braga: Decisão construções e Comércio, Troiman Terraplanagem, I.F Construção Civil e Locbrás Construtora. Todas sem tradição no Estado. Todas inventadas. Todas de capital social ínfimo para merecer contratos no valor total de R$ 60 milhões, equivalentes hoje a mais de R$ 200 milhões. Todas 'laranjas' de Eduardo Braga.
Pois bem, a casa está caindo. O sr. Fernando Mesquita da 'empresa' Decisão, foi condenado pela juíza federal Jaiza Fraxe a dois anos e oito meses de reclusão. Mesquita, certa vez aturdido com o mundo que desmoronava sob sua cabeça, abandonado por Braga que lhe chupou o suco e o jogou fora tomo se faz com os bagaços, por pouco não agrediu o já governador no próprio gabinete oficial. Foi impedido por duas pessoas, que o retiraram da sala, porém não o impediram de proferir os impropérios que seu coração ordenava.
O outro sócio da Decisão sr. José Eudes perdeu tudo, pessoal e familiarmente. Angústias, decepções, condenação a 11 anos de reclusão. A infelicidade invadiu sua vida, enquanto Eduardo Braga se refestelava nos hotéis de R$ 20 mil a diária, nos vinhos de R$ 5 mil a garrafa, nos jatos e helicópteros comprados por 'neolaranjas' e que estão sendo pagos cinicamente com dinheiro público.
Está chegando a vez de Fernando Palheta e Francisco de Oliveira Filho. Aconselho Alexandre Magno, testa-de-ferro da Pampulha (obras fantasmas do Alto Solimões), a entregar tudo que sabe, para não sofrer destino idêntico.
Os prepostos do passado recente começam a ser punidos. 'Malas pretas' da atualidade cairão também. E o mandante não terá lugar no Amazonas limpo que saberemos construir. É injusto laranja' impune. Mais injusto ainda, 'laranjas' e mandante flanando pelas ruas. Igualmente inócuo: laranjas' apenados e mandante solto. Lavando dinheiro em fazenda de gado no Acre, destruindo a floresta, comprando consciências, assassinando o decoro, decepando a esperança.
Aviso aos navegantes: não vale a pena ser bagaço de Eduardo Braga, ou de quem quer que seja. Não vale a pena roubar dinheiro público. Neste Brasil onde só ladrão de sabonete em mercadinho amargava a perda da liberdade, começa a raiar um tempo de mais justiça, com espaço também para punição dos grandes, dos maiorais, dos chefetes da criminalidade pública organizada.
O governador não sai de casa. No máximo, vai até o'paladnho', a poucos metros da 'Babilônia'. Raramente comparece à sede do governo, cujo o gabinete principal está sendo nababescamente ampliado por R $5 milhões.
Tem crises de depressão, e, freqüentemente, 'estomacais', daquelas que imobilizam os banheiros por horas. Fica intratável. Já começa, aliás, a ser punido. Na solidão antecipada. No ódio que o consome. No medo que lhe destrói o sistema nervoso. Na necessidade compulsória de bajular, porque teme a Polícia Federal, o STF, o STJ, o Congresso Nacional, os juizes independentes. Deve estar avaliando que jogou fora uma perspectiva política, vendendo a alma, a juventude e os sonhos a esse ídolo de barro que é o dinheiro, ao bezerro de ouro, à ambição desatinada, à ganância despudorada.
Chego a ter pena de uma figura assim. Do ser humano que se perdeu, que se apequenou, que se corrompeu.
Mais pena, entretanto, tenho dos amazonenses que são esbulhados nas obras fantasmas, na farra aérea, na fraude das licitações, no fausto de xeque árabe às custas de um povo miserável traído, abandonado. A corrupção não é feia apenas porque fere uma ética, que seria etéria e sem sentido, se não gerasse os criminosos produzidos pela miséria, se não produzisse as prostitutas escravizadas pelos que assaltaram seus pais, suas mães, seus empregos, suas escolas, seus hospitais... suas vidas!
O Amazonas está em uma encruzilhada. Uma das vias é derretermos nas mãos dos corruptos que alimentam os cafetões 'mega models', e a outra, é retomarmos o prumo, restabelecendo a crença no poder a legitimidade da justiça.
DESEMBARGADOR
FRANCISCO AUZIER, EXPLIQUE-SE,
CONVENÇA OU SAIA. SEU COMEÇO
NÃO É DIGNO DO TRIBUNAL
QUE MEU AVÔ PRESIDIU.
Deputados estaduais, cumpram com o dever que lhes destinou a Democracia. As CPIs de Coari e das obras fantasmas do Solimões precisam ser instaladas ou a Assembléia estará fechada moralmente.
Governador Eduardo Braga enfrente os fatos, rompa o silêncio ou renuncie o mandato que não está sabendo honrar. Não permitiremos que prossiga o abastardamento da cidadania, as nuvens sobre o futuro, a desmoralização das famílias, o retrocesso civilizatório.
Basta!"
Senador Arthur Virgilio Neto.
COMENTÁRIO
ALLAN escreveu em 8/6/2008, às 10:48:
É exatamente isso Sr. Senador apesar de nao concordar com seus rumos politicos com o psdb concordo pelanemente com seu discurso e suas denúncias, uma vez que o povo sofrido do interior é humilhado, quando vai solicitar uma passagem para tratamento sério de suade para manaus e nao consegue e ficam esperando por anos até que suas doenças evoluam para uma doença terminal, ai vem o sr governador esbanjar dinheiro publico nao pensando se quer nesse ribeirinho que com certeza teve a ilusao de votar nsse governador!!!Mas digo mais uma coisa o candidato que quer assumir o proximo governo, nao parece tb muito confiavel, ainda mais com as gravaçoes para o tribunal para tentar inovcentar o Sr. Adil!!!(é prefeito do expresso!!!Cuidado eleitores, os onibus comprados em sua gestao eram do ano, mas do ano de 1991!!será que ela também nao sabia??!)!!!
IURI PRUDENTE escreveu em 8/6/2008, às 08:22:
Imagina se o Amazonino volta à prefeitura. Vai ser o caos....e depois pega de novo o governo. Não dá. Com todos os defeitos, não tenho dúvidas, Serafim ainda é nossa melhor opção. A honestidade tem que prevalecer.
GRANDE OTELO escreveu em 8/6/2008, às 07:15:
O Senador está coberto de razão, isso chega com certeza no governador!
J.S escreveu em 8/6/2008, às 01:38:
Espetaculo!!!
holanda..quem sabe na ansia de um reporter investigavo como você nao veria e nos apresentaria (a nos leitores frequentes e à população) a quantidade da verba gasta na recente viagem do nosso ilustre governador a europa
junto com a verba gasta com publicidade dessa mesma viagem
SOUZA escreveu em 8/6/2008, às 01:23:
Enquanto o nobre Senador não apresentar provas contundentes, o Adail, boca-de-abiu, continuará sendo recebido de braços abertos a cada desembarque em Coari, conforme mostram as fotos dos jornais de hoje. Papai do Céu não gosta disso e, parece, só caberá a Ele dar uns "cascudos" no Boca-de-abiu!
LEONARDO escreveu em 8/6/2008, às 00:55:
Arthur, continue não pare, temos de dar um basta nesses canalhas.
ZENAIDE SILVEIRA escreveu em 8/6/2008, às 00:17:
Mais respeito com o governador senhor Arthur Neto. O senhor não provanada, faz acusações levianas. Quanto ao desembargador Auzier, ele honra sim o tribunal que o seu avô presidiu, Contenha-se senhor senador!
MARIA DE NAZARÉ escreveu em 7/6/2008, às 23:56:
gostei muito de todas as verdades que foi dita, se tivessemos mais depudado com seu carater, nosso amazonas seria bem melhor o que esta acontecendo em coari ,é uma nogera. e as autoridades não fazem nada. temos que confiar só em Deus porque ajustiça de Deus não falha.
SULAMITA ROCHA escreveu em 7/6/2008, às 23:37:
Bravo!
MARIA DO CARMO escreveu em 7/6/2008, às 22:37:
É vergonhoso o q ta acontecendo aqui em Coari ninguem faz nada nào temos pra quem recorrer. Não temos Câmara de vereadores. É só o q o prefeito quer. O povo de Coari pode socorro.
DEMITRADIS escreveu em 7/6/2008, às 22:15:
Isso aí senador Arthur Virgilio, está mais do que na cara que o excelentissimo senhor governador do estado tem participação nesta maracutaia toda., só burro é que não percebe., se isso não fosse, por que os deputados da base aliada estão evitando que se faça uma CPI., por que juizes e desembargadores estão dando liminar favoraveis ao cidadão Idail., existe uma blindagem muito forte envolvendo os tres poderes para que este caso seja abafado. Para o bem da honra e da dignidade precisamos saber quem são realmente esses ladrões.
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