Para a antropóloga Patrícia Scalli dos Santos da Universidade São Francisco, que elaborou o relatório juntamente com a geógrafa Rose Leine Bertaco Giacomini, há indícios de que a localidade fosse um quilombo, abrigando escravos fugidos, desde 1700. Ela defende, inclusive, a hipótese de que Itatiba tenha sido fundada pelos quilombolas. Entre 1878 e 1885, Emília e Isaac conseguiram juntar dinheiro suficiente para comprar o sítio. A geógrafa Rose esclarece que, com o crescimento da cidade, o sítio Brotas acabou sendo englobado pelo perímetro urbano. Hoje, a área faz divisa com alguns loteamentos.
Por isso é considerado um quilombo urbano. É devido à força das mulheres que o grupo conseguiu se manter ao longo do tempo em seu território. Quem detém o poder no Quilombo são as mulheres nos diferentes espaços, desde as relações familiares, na hora de definir as normas internas do grupo ou até mesmo discutir questões de terras, sempre são as mulheres que dão a última palavra.
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