quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

CONTRA DEGRADAÇÃO DO HOMEM E DO MEIO AMBIENTE

Foto: Elaine Moreira



Da parceria entre o Núcleo de Cultura Política do Amazonas - NCPAM e o Centro Social e Educacional do Lago do Aleixo – CSELA, criou-se os meios necessários para realização dos projetos de Oficina Política e de Educação Etno-Racial, beneficiando diretamente os comunitários da Colônia Antonio Aleixo integrados as Ações Curriculares de Extensão da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), bem como a participação efetiva dos comunitários em atividades culturais no Campus da UFAM, em forma de espetáculo sob o titulo: No Balanço da Canoa. Os comunitários dramatizaram o respeito ao patrimônio material e imaterial do Lago do Aleixo, promovendo a sensibilização dos acadêmicos contra a degradação do homem e do meio ambiente.

O espetáculo, ocorrido no dia 09 de dezembro de 2008, às 09h30, no Hall do Instituto de Ciências Humanas e Letras – ICHL, chamou a atenção também para o projeto da construção do Porto das Lajes, obra que prejudicará sensivelmente a flora e fauna do Lago do Aleixo, como também, o modo de vida das populações do bairro e adjacências. No final da apresentação, os atores passaram a colher assinatura para o abaixo-assinado elaborado pelos comunitários contra a construção do Porto.

O espetáculo organizado pelo ECAE (Espaço Cidadania Arte e Cultura) e comunitários, contou com a participação de cerca de 40 artistas entre atores mirins e músicos. No Balanço da Canoa trouxe estórias das lendas populares da Amazônia ligando-as sempre a questão da preservação ambiental do referido Lago.

Este evento teve por objetivo discutir, além da questão ambiental do Lago do Aleixo, o papel da Universidade frente às políticas públicas implementadas pelo Governo do Estado, uma vez que os técnicos solicitados para a elaboração dos “Estudos de Impactos Ambientais/ Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) Porto das Lajes” apresentaram-se como representantes legais da UFAM, algo que não corresponde com os fatos, porque estes pesquisadores estão vinculados as empresas privadas contratadas para fim de “esquentar” o projeto como se fosse de governança ambiental. Nestes termos, a própria UFAM, por meio do Centro de Ciências do Ambiente, tem posicionamento contrário ao estudo, constatando insuficiência técnica dos relatórios apresentado nos autos do processo.

O NCPAM, desta forma, além de apoiar a comunidade, acredita também, que é papel dos núcleos de estudos da UFAM, discutir e deliberar de forma ampla os temas que beneficiam diretamente as comunidades amazônicas. Desta feita, o espetáculo comunitário no campus da UFAM cumpriu seu papel, mobilizando os comunitários, acadêmicos e pesquisadores contra o mega-projeto avalizado pelo Governo do Amazonas em convergência com os interesses corporativos dos empresários promotores da irresponsabilidade social e ambiental.

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