Ademir Ramos (*)
O conhecimento é um processo difuso a exigir dos seus agentes observação e análise, conferindo qualidade e competência aos titulares do saber. Tal titulação está impressa no universo das relações culturais, históricas e ambientais pautadas nas explicações diretivas que sustentam determinadas unidades significativas em forma de conceito, definição ou representação de uma realidade multifacetada formulada por agentes numa perspectiva afirmativa pautada na tradição e na observação das ocorrências dos fatos.
A prática cognitiva desta ciência não se define pela forma, mas, sobretudo, pela função que exerce sobre os homens e a natureza quanto à diversidade de sua formação. Nesse contexto é importante ressaltar a relevância do conhecimento tradicional dos povos que há séculos habitam o território Amazônico ancorado na legitimidade de suas narrativas capazes de imprimir sentidos muitas vezes ou não, contrários à lógica formal das coisas.
Nesse campo o diálogo metodológico faz-se necessário para que possamos estabelecer parâmetros analíticos com propósito de catalisar formas de saber inseridas numa trama cultural, ambiental, histórica ou mítica. Nessa circunstancia, a prática científica passa a ser definida não por si mesma, mas pela matriz das culturas e de suas determinações contextualizadas no universo da sociobidiversidade centrada no aprendizado de uma ciência Amazônica.
O fato é que a ciência além do gradiente conceitual formulado passa a ser definida pela cultura dos seus agentes tornando relativas suas teorias universais. O questionamento volta-se contra a dogmática do positivismo, criando um campo de força capaz de repensar os paradigmas e quem sabe formular outros a partir da referência do saber tradicional ou de outras formas de pensamento em construção.
A ciência da Amazônia fundamenta-se numa epistemologia das culturas do saber local, abstraindo em suas práticas, modus diferenciados que opera relações finalísticas sustentáveis, justificando formas de racionalidades fundamentadas no eixo das relações homem e meio ambiente no curso da história. Nessa perspectiva, a transversalidade tem sido uma das práticas metodológica mais usual para se interpretar e compreender os fenômenos da Amazônia e suas determinações.
O cenário da Amazônia também é representativo para se compreender outras culturas, considerando sua especificidade, bem como o investimento em nova prática formatada em projeto comunal contemplando variados segmentos da pesquisa avançada. A efetivação dessa proposta dar-se-á a partir da implementação de uma política de pesquisa gestada pelas agências governamentais emanadas de um conselho participativo local com firme determinação de se promover o desenvolvimento humano gerador de inovação, tecnologia e qualidade de vida.
O mérito da discussão releva a importância de uma política de gestão do conhecimento na trama do desenvolvimento, considerando que as culturas acumulam saber, mobilizando os povos e suas instituições a operar de acordo com suas matrizes, bem como também formular novas plataformas que sirvam de base sustentável para presente e futuras gerações sob a formulação de políticas públicas enquanto prioridade.
(*) É professor, antropólogo e direção do NCPAM/UFAM.
O conhecimento é um processo difuso a exigir dos seus agentes observação e análise, conferindo qualidade e competência aos titulares do saber. Tal titulação está impressa no universo das relações culturais, históricas e ambientais pautadas nas explicações diretivas que sustentam determinadas unidades significativas em forma de conceito, definição ou representação de uma realidade multifacetada formulada por agentes numa perspectiva afirmativa pautada na tradição e na observação das ocorrências dos fatos.
A prática cognitiva desta ciência não se define pela forma, mas, sobretudo, pela função que exerce sobre os homens e a natureza quanto à diversidade de sua formação. Nesse contexto é importante ressaltar a relevância do conhecimento tradicional dos povos que há séculos habitam o território Amazônico ancorado na legitimidade de suas narrativas capazes de imprimir sentidos muitas vezes ou não, contrários à lógica formal das coisas.
Nesse campo o diálogo metodológico faz-se necessário para que possamos estabelecer parâmetros analíticos com propósito de catalisar formas de saber inseridas numa trama cultural, ambiental, histórica ou mítica. Nessa circunstancia, a prática científica passa a ser definida não por si mesma, mas pela matriz das culturas e de suas determinações contextualizadas no universo da sociobidiversidade centrada no aprendizado de uma ciência Amazônica.
O fato é que a ciência além do gradiente conceitual formulado passa a ser definida pela cultura dos seus agentes tornando relativas suas teorias universais. O questionamento volta-se contra a dogmática do positivismo, criando um campo de força capaz de repensar os paradigmas e quem sabe formular outros a partir da referência do saber tradicional ou de outras formas de pensamento em construção.
A ciência da Amazônia fundamenta-se numa epistemologia das culturas do saber local, abstraindo em suas práticas, modus diferenciados que opera relações finalísticas sustentáveis, justificando formas de racionalidades fundamentadas no eixo das relações homem e meio ambiente no curso da história. Nessa perspectiva, a transversalidade tem sido uma das práticas metodológica mais usual para se interpretar e compreender os fenômenos da Amazônia e suas determinações.
O cenário da Amazônia também é representativo para se compreender outras culturas, considerando sua especificidade, bem como o investimento em nova prática formatada em projeto comunal contemplando variados segmentos da pesquisa avançada. A efetivação dessa proposta dar-se-á a partir da implementação de uma política de pesquisa gestada pelas agências governamentais emanadas de um conselho participativo local com firme determinação de se promover o desenvolvimento humano gerador de inovação, tecnologia e qualidade de vida.
O mérito da discussão releva a importância de uma política de gestão do conhecimento na trama do desenvolvimento, considerando que as culturas acumulam saber, mobilizando os povos e suas instituições a operar de acordo com suas matrizes, bem como também formular novas plataformas que sirvam de base sustentável para presente e futuras gerações sob a formulação de políticas públicas enquanto prioridade.
(*) É professor, antropólogo e direção do NCPAM/UFAM.
Nenhum comentário:
Postar um comentário