Ellza Souza (*)
Pessoas que não se afinam com a natureza exuberante de nossa região perguntam “se o encontro das águas fosse tão importante por que a cidade está de costas para o rio”. Boa indagação para a humanidade responder. Como podemos virar as costas para essa monumental riqueza de águas doces e beleza que não conseguimos com palavras descrever. A área conhecida como Lages, um lugar que compreende a nossa história ainda pouco contada e mal estudada e que espertamente alguém de muito longe se apropriou do nome e chega aqui para enganar as comunidades carentes e tentar misturar tão doces águas que bem tratadas servem aos que lhes viram as costas e aos têm pretensões de transformá-las num mar de lama e óleo.
Um porto feito dentro das condições humanas e sociais adequadas é bom, vai servir à população. Mas não tem cabimento fazê-lo numa área histórica de uma cidade onde se descortina a mais linda paisagem de um lugar. Onde dois rios sem igual no planeta, se encontram e seguem juntos, pacificamente, esbanjando fertilidade de ambos os lados.
Os anônimos que se manifestam contra o tombamento do nosso Encontro das Águas dizem coisas do tipo: “...rebeldes sem causa deveriam viajar o mundo e ver que porto e cidades se complementam”; “...a orla da cidade tá detonada e só o dinheiro privado via poder público pode recuperá-la”; “...a igreja age contra a livre iniciativa na América Latina”. Um outro que até se identifica diz que “está disposto a qualquer discussão”. Realmente a discussão saudável e pacífica da comunidade, da Igreja, das lideranças, da população manauara (que desperta para defender seus rios como o Ajuricaba defendeu o seu povo), é primordial para que não deixemos aventureiros que querem se dar bem por aqui à custa de nossa inexperiência.
Entre o poder, público ou privado, e a natureza, já que vivo num lugar privilegiado pela exuberância de seu meio ambiente, escolho a segunda opção e apesar de um dia ter virado as costas para o rio, hoje acordei e sou capaz de enxergar o bem que o Negro, vivo, pode proporcionar aos seres humanos. Em cidades mais evoluídas e modernas já poluíram os rios, derrubaram as matas, mas estão correndo atrás do prejuízo e tentando salvar o que resta. Por que vendo essas experiências não posso aprender com elas e seguir um caminho de desenvolvimento mais eficiente e inteligente. Isso se chama aprendizado, sabedoria. É tudo que a natureza precisa para nos respeitar. Nós é que precisamos aprender com ela. Pelo bem da humanidade.
Pela homologação do Tombamento Já! Já!
(*) É jornalista, escritora e colaboradora do NCPAM/UFAM.
Foto: Pesquisador e fotógrafo Valter Calheiros.
Pessoas que não se afinam com a natureza exuberante de nossa região perguntam “se o encontro das águas fosse tão importante por que a cidade está de costas para o rio”. Boa indagação para a humanidade responder. Como podemos virar as costas para essa monumental riqueza de águas doces e beleza que não conseguimos com palavras descrever. A área conhecida como Lages, um lugar que compreende a nossa história ainda pouco contada e mal estudada e que espertamente alguém de muito longe se apropriou do nome e chega aqui para enganar as comunidades carentes e tentar misturar tão doces águas que bem tratadas servem aos que lhes viram as costas e aos têm pretensões de transformá-las num mar de lama e óleo.
Um porto feito dentro das condições humanas e sociais adequadas é bom, vai servir à população. Mas não tem cabimento fazê-lo numa área histórica de uma cidade onde se descortina a mais linda paisagem de um lugar. Onde dois rios sem igual no planeta, se encontram e seguem juntos, pacificamente, esbanjando fertilidade de ambos os lados.
Os anônimos que se manifestam contra o tombamento do nosso Encontro das Águas dizem coisas do tipo: “...rebeldes sem causa deveriam viajar o mundo e ver que porto e cidades se complementam”; “...a orla da cidade tá detonada e só o dinheiro privado via poder público pode recuperá-la”; “...a igreja age contra a livre iniciativa na América Latina”. Um outro que até se identifica diz que “está disposto a qualquer discussão”. Realmente a discussão saudável e pacífica da comunidade, da Igreja, das lideranças, da população manauara (que desperta para defender seus rios como o Ajuricaba defendeu o seu povo), é primordial para que não deixemos aventureiros que querem se dar bem por aqui à custa de nossa inexperiência.
Entre o poder, público ou privado, e a natureza, já que vivo num lugar privilegiado pela exuberância de seu meio ambiente, escolho a segunda opção e apesar de um dia ter virado as costas para o rio, hoje acordei e sou capaz de enxergar o bem que o Negro, vivo, pode proporcionar aos seres humanos. Em cidades mais evoluídas e modernas já poluíram os rios, derrubaram as matas, mas estão correndo atrás do prejuízo e tentando salvar o que resta. Por que vendo essas experiências não posso aprender com elas e seguir um caminho de desenvolvimento mais eficiente e inteligente. Isso se chama aprendizado, sabedoria. É tudo que a natureza precisa para nos respeitar. Nós é que precisamos aprender com ela. Pelo bem da humanidade.
Pela homologação do Tombamento Já! Já!
(*) É jornalista, escritora e colaboradora do NCPAM/UFAM.
Foto: Pesquisador e fotógrafo Valter Calheiros.
5 comentários:
Cara Ellza Souza,
1. Para sua informação o nome da formação rochosa se denomina Lajes com (j) e não Lages com (g) como consta do dicionário da língua portuguesa, em razão de que toda aquela área pertenceu há centenas de anos a uma mulher chamada Nazaré das Lajes, portanto o nome Lajes é na verdade um nome próprio.
2. Porque é aparentemente aceitável pelo pessoal do SOS a construção da tomada d’água do PROAMA e não merece o mesmo tratamento o Porto das Lajes?
3. Como é possível que no Rio Amazonas e Negro com uma correnteza fortíssima, qualquer sujidade produzida rio abaixo, possa seguir rio acima e poluir o fenômeno?
4. Porque o SOS com tanta inteligência acumulada não apresenta uma alternativa viável à construção do Porto das Lajes que atenda minimamente aos seguintes pré-requisitos: a) localizar-se na ZFM, b) ter acesso a infraestrutura, c) atender ao previsto na Lei Orgânica do Município de Manaus e d) estar disponível para aquisição?
5. Chamar os investidores de “aventureiros” demonstra que você não possui uma opinião informada (os atos societários da empresa estão arquivados na JUCEA), verifique de quem são e não minta para os seus leitores.
6. Como você que se diz cidadã pode ignorar a Sentença proferida por um desembargador federal que declarou a ilegalidade dos atos administrativos do tombamento e torcer pela “homologação” a qualquer custo?
É notável a sua falta de ética e a associação ao Ademir Ramos não merece nem ser comentada.
Que vergonha!
O anonimado é o escudo dos covardes e dos oportunistas. O nobre consulente tenta desqualificar o discurso de nossa competente jornalista Ellza Souza concentrando a locução na forma, desmerecendo todo a formação geológica desse patrimônio do povo do Amazonas que é a plataforma da Lajes,(linguisticamente impresso como Lage - como expressou o MPF) que os oportunistas da Vale pretendiam se apropriar não só do nome mais da província local batizando o seu empreendimento de Porto das Lajes tal como faziam os colonizadores no passado. Sobre a Ciência das Águas e saber tradicional dos ribeirinhos, o bom moço de espírito turvo, não convenceu os especialista do MPF e nem MPE, tanto que até hoje não cumpriram as exigência processuais no termos prolatados no processo. Desgovernado como canoa sem quila o pena comprada passa a detonar a jornalista o Movimento S.O.S Encontro e a Mim tentando nivelar-me a seus interesses. Pois de tudo já me acusarm e até hoje não provaram as peças difamatória. É bem no estilo dos tribunos romanos que não tendo argumentos buscam desqualificar o sejeito para desfocar o crime é o que faz a Lajes, assim como a Juma que juntos pretendiam, queriam, perpetravam contra o povo do Amazonas turvando as águas do Encontro das Águas e ferindo a sua paisagem. Vamos sim lutar pela homologação do nosso Encontro das Águas e todo o seu em torno e juntos vamos celebrar vida, o encantamento e sustentabilidade da população que umbilicalmente está ligada a esse belíssmo monumento ambiental, cultura, histórico e econômico de nossa gente. A luta agora é internacional é pelo reconhecimento desse bem como patrimônio da humanidade.
Ademir, " eh possivel enganar muita gente por pouco tempo, ou, pouca gente por muito tempo. Mas eh impossivel enganar Muita Gente por Muito Tempo.
A tua mascara vai cair e o descredito atingirah tambem os que te rodeiam.
Ateh o Luis Castro, que nao eh leso, jah te abandonou ao perceber que voce tem um financiador oculto.
Será o ouro de Moscou?
Depois que a construçao do termil comessar e que as pessoas de fato perceberem que a realidade da coisa e aquela que o nosso grupo apregoa, ou seja progesso,emprego,renda,vidas alegres e sartifeitas com tudo que vai acontecer,te dou um conselho ademir pega tua coja todinha e vai tentar parar os operarios no canteiro de obras pra ver o que vai te acontecer,mas vai preparado pra pegar peia e nao pouca ta,a em ves de benga tu vai usaar cadeira de rodas.
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