segunda-feira, 11 de março de 2013


“Não sou contra o ativismo de sofá”, afirma o filósofo francês Pierre Lévy


SÃO PAULO - Idealizador do termo "inteligência coletiva" e autor de livros sobre cibercultura desde a década de 90, o filósofo francês Pierre Lévy afirmou, em entrevista ao Estadão nesta segunda-feira, 11, que os abaixo-assinados pela internet são expressões legítimas da vontade dos cidadãos. Ele nega que esse tipo de mobilização seja menos legítima do que as manifestações tradicionais, como protestos na rua, e afirma ser necessário investir em alfabetização digital para elevar o nível de debate na internet.

Apesar do crescente controle da rede, tanto por governos autoritários como pelos democráticos, o professor da Universidade de Ottawa, no Canadá, acredita haver mais liberdade de expressão com a internet do que sem ela. Lévy também prevê que o poder de reunir dados e analisá-los vai desempenhar um papel fundamental na vida política do futuro.
Confira abaixo a íntegra da entrevista, concedida pelo Twitter. Em suas respostas, Lévy indicou links para outros documentos que embasam suas ideias, reproduzidos abaixo.
Qual a relevância dos abaixo-assinados online para pressionar os parlamentares?
Eu penso que seja tão relevante como os abaixo-assinados escritos. Uma petição é uma petição. Uma petição online só é mais fácil de organizar!
Sendo mais fácil, o sr. não acha que há um risco de promover o "ativismo de sofá" nesse tipo de campanha?
Eu não sou contra o ativismo de sofá. Qualquer forma que o cidadão use para  se expressar é positiva.
Você vê aspectos da democracia direta nesse tipo de movimento?
Não. Democracia direta ocorre quando a decisão está nas mãos das próprias pessoas. Eu prefiro ver os abaixo-assinados como formas de expressão.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,nao-sou-contra-o-ativismo-de-sofa-afirma-o-filosofo-frances-pierre-levy,1007313,0.htm

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