domingo, 24 de julho de 2011

CIDADE OLIMPO DO RIO NEGRO

Beleza de cidade, ladeada de montanhas e corredeiras, morada dos Maku, Tukano, Desana, Tariano, Barasana, Tuyuca, Nheengatu, Baniwa, Baré, totalizando mais de vinte povos. Nesse universo das culturas nos deparamos com famílias lingüísticas endógenas juntamente com línguas referenciadas nos troncos lingüísticos Aruak e Tupi. Além dessas representações culturais registram-se também as manifestações míticas que se manifestam na vida cotidiana dos povos tendo morada nas montanhas, nos rios em interface com os deuses encarnados na vida das culturas desses povos que milenarmente habitam esse território. São Gabriel da Cachoeira, município do Amazonas, que integra a tríplice fronteira – Brasil, Colômbia e Venezuela – abriga também um grande contingente das forças armadas atuando na segurança nacional às vezes à revelia dos naturais da terra, titulares do saber e protagonista da história da nossa Amazônia.

O flagrante registra a presença do professor Ademir Ramos acompanhado com o professor Higino Tuyuca, a esquerda, com sua filha Dulce, mais ainda, o professor Orlando da nação Baré de Tapuruquara. Ambos contribuíram para a formação do Conselho Estadual de Educação Escolar Indígena, criado em 1998, sob guarda do Conselho Estadual de Educação. Agora, a partir de fevereiro deste ano, o Ministério da Educação, homologou o Parecer do Conselho Nacional de Educação que determina a funcionalidade do Conselho de Educação Escolar Indígena do Amazonas como órgão normativo capaz de formular, fiscalizar e legislar sobre a Educação Indígena no Estado. Para o cumprimento de suas novas competências, os conselheiros indígenas reclamam da SEDUC os meios necessários para fazer valer a Educação Indígena quanto à sua legalidade em atenção as muitas reclamações feitas pela lideranças indígenas do Estado.

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