terça-feira, 23 de agosto de 2011

A CONQUISTA DOS REBELDES E O FUTURO DA LÍBIA

Jonathan Marcus (*)

A Otan vem trabalhando com os rebeles para desenvolver um plano para o período pós-conflito. Após semanas de impasse militar, a situação parece estar mudando na Líbia.

A Otan afirma que as forças anti-Khadafi estão assumindo o controle de locais rumo a Trípoli.

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Confrontos com rebeldes chegam a Trípoli. Rebeldes impõem derrotas a Khadafi e se encaminham para Trípoli. Rebeldes disputam controle de cidades estratégicas da Líbia. Tópicos relacionados áfrica, Oriente médio. Os rebeldes realmente tomaram cidades importantes, como Zawiya, que tem uma grande importância estratégica, já que ali funcionava a única refinaria que ainda estava sob o controle do regime.

É preciso lembrar, porém, que os avanços dos rebeldes por vezes evaporam na mesma rapidez com que são conquistados.

Ainda assim, as últimas conquistas dos rebeldes trazem muitas novas questões.

Se suas vitórias se consolidarem, isso significa o fim do jogo? Em caso positivo, como ele terminará?

Pós-guerra

Os governos integrantes da Otan vêm trabalhando de perto com os rebeles, para desenvolver um plano para o período pós-conflito.

As lições tiradas do colapso do regime iraquiano ainda estão frescas na mente de todos.

E a aliança não quer ver o caos se instalando durante um vácuo de poder, que poderia vir acompanhado de mortes por vingança, saques e muitos outros crimes.

Na realidade, a reta final desse conflito traz problemas bem particulares para a Otan, cuja autorização para atuar no país permanece sendo direcionada à proteção dos civis.

Críticos argumentam que isso não passa de ficção, que a Otan está de um dos lados de uma guerra civil e opera em ataques aéreos para balancear o confronto.

A intervenção da aliança começou com o objetivo imediato de proteger os civis de Benghazi das tropas do governo. E a guerra pode terminar com a Otan tendo que garantir a segurança da população em Trípoli.

Esse será o verdadeiro teste no entendimento entre os governos ocidentais, os rebeldes e os países que investiram neles, como a Grã-Bretanha e a França.

(*) É especialista da BBC em diplomacia e defesa.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/08/110820_libia_analise_mdb.shtml

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