quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O VERDE CORROSIVO DO CAPITALISMO NA AMAZÔNIA

Rio+20 é a conferência das Organizações das Nações Unidas que será realizada em junho de 2012, no Rio de Janeiro. O evento reunirá governadores, cientistas, ONGs, movimentos sociais e parlamentares, que vão discutir a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável. Ao final do encontro, deverá ser estabelecido um marco institucional a exemplo do que ocorreu nas edições anteriores do evento. A Rio+20 vai fazer um balanço dos últimos 20 anos, em relação ao que foi proposto na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento na Rio 92.

O capitalismo, contudo, é um sistema corrosivo que transforma pessoas em máquinas reduzindo também valores materiais e simbólicos em mercadorias. Suas transformações históricas são equacionadas ao seu tempo com a mesma determinação de acumular riqueza capaz de satisfazer os apetites vorazes de seus proprietários, que buscam no presente consolidar participação efetiva quanto à mercantilização dos recursos naturais valendo-se dos poderes públicos e privados, na perspectiva de assegurar a exploração desses bens de modo que a exploração venha acelerar o processo de acumulação do capital sob a força das grandes corporações empresariais.

A economia verde é a nova nomenclatura conceitual do sistema econômico capitalista a ser pautada pela Organizações das Nações Unidas com o referendo das agências financiadoras internacionais, criando campo sinérgico capaz de demover resistência dos ambientalista e de comunidades tradicionais, gerando expectativa aparentemente plausível quanto à mitigação dos danos a serem causados a floresta e seus ecossistemas e, principalmente, a qualidade de vida no planeta.

O capital a ser investido por meio de Fundos Compensatórios origina-se das mineradoras, da industria petrolíferas, das madeireiras asiáticas, dos fundos privados, das agências financiadoras, entre outras. Mas, para barrar esta capitalização verde que avança sobre os recursos ambientais na Amazônia é necessário que a sociedade civil democrática seja informada e recorra aos instrumentos de controle social fazendo valer o interesse público como expressão do Direito de todos contrariando as corporações privadas que querem porque querem privatizar as águas, o ar e todo o verde das matas que condensam riquezas incomensuráveis a sustentar diversas formas de vida manifesta nas culturas e sociedade.

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