quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ARCEBISPO DE MANAUS CONTRA A CONSTRUÇÃO DO PORTO NAS LAJES

KÁTIA BRASIL
DE MANAUS

O arcebispo de Manaus, d. Luiz Soares Vieira, 74, disse a segunda-feira (5) que o 17º Grito dos Excluídos, manifestação que acontece no Dia da Independência (Sete de Setembro) em várias cidades do país, vai protestar contra a obra de um porto na margem direita do encontro das águas dos rios Negro e Solimões, que formam o Amazonas.

"Colocar um bem econômico [o porto] acima das questões da preservação do encontro das águas, que é um patrimônio natural, pode trazer danos irreversíveis. Depois será complicado acertar de novo", afirmou à Folha d. Luiz Soares Vieira.

Justiça anula tombamento de encontro dos rios Negro e SolimõesÓrgão ambiental do Amazonas licencia obra em lugar tombado

No mês passado, a Justiça Federal anulou o tombamento do encontro das águas pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). A decisão, que atendeu ação do governo do Amazonas, foi justificada pela ausência de audiências públicas no processo de tombamento.
O Encontro das águas dos rios Negro e Solimões, no Amazonas, foi tombado em 2010.

A medida beneficiou a empresas Log-In Logística Intermodal e Juma Participações (Grupo Simões). O projeto do porto fica dentro do limite da área tombada. O Iphan entrou com um recurso contra a decisão.

D. Luiz Soares Vieira afirmou que se não ocorreram audiências públicas, que se faça o procedimento. "O que não pode deixar é fazer o que bem entendem na Amazônia, destruindo a floresta, à vida e seu povo", disse.

Em Manaus, o 17º Grito dos Excluídos acontece a partir das 15h desta quarta-feira, no Parque dos Bilhares, zona centro-sul. O arcebispo de Manaus disse que 5.000 pessoas são esperadas na manifestação.

A reportagem não conseguiu localizar representantes das empresas para comentar as manifestações. Em outra ocasião, a Log-In Logística Intermodal disse que recebeu a licença de instalação da obra do governo estadual. Disse que iniciará a construção do terminal nos próximos meses.

O líder do governo na Assembleia Legislativa do Amazonas, deputado Sinésio Campos (PT) disse que o governo pediu a redução da área tombada ao Iphan para beneficiar a obra e as empresas da Zona Franca. O Iphan respondeu que não atendeu ao pedido do governo.

Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/poder/970800-grito-dos-excluidos-vai-protestar-contra-obra-em-manaus.shtml

Um comentário:

Anônimo disse...

VEM CA,SO BISPO DE MANAUS PODE OPINAR.PORQUE TAMBEM OS PASTORES DE IGREJAS EVANGELICAS TAMBEM NAO DAO SUA OPINIAO.AVANTE MEU POVO QUE PAPO ESSE SO CATOLICO PODE OPINAR,EM 2O17 JA SEREMOS A MAIORIA GRAFICOS APONTAM PRA ISSO.