domingo, 11 de setembro de 2011

CONTRA ALIENAÇÃO E INDIFERENÇA

Camila Mikie (*)

O que está acontecendo é terrível eu diria! Estou no último ano das Ciências Biológicas da UNESP, em São Paulo, fazendo uma disciplina chamada Administração Ambiental Costeira. Entre as atividades acadêmicas devo fazer uma analise critica de um EIA-RIMA a ser escolhido pelo grupo (as opções apresentadas são: Porto de Santos, Porto de São Sebastião, Transposição do São Francisco, Belo Monte, Rodoanel...).

Contudo, solicitei da professora se não poderia fazer sobre o caso Porto das Lajes devido a todos os capítulos polêmicos, as estratégias de resistência. articulação da comunidade, enfim, todo o processo de luta do Movimento S.O.S. Encontro das Águjas. Há muito o que ser discutido sobre os enfrentamentos. Sobre ética. Sobre Patrimônio Histórico. Sobre corrupção. Sobre princípios e valores. Mesmo não tendo o critério: "empreendimento na região costeira" ela aceitou e disse que seria interessante. Além disso, é mais uma forma de compartilhar essa vivência durante o meu intercâmbio, em resposta as relações que tive com a UFAM, INPA e os comunitários da Colônia Antonio Aleixo, Zona Leste de Manaus.

Sinceramente, eu não sei o que fazer diante de tantas atrocidades acontecendo com as questões socioambientais. A sensação é de incapacidade diante de tamanho jogo sujo dos nossos governantes, somado a despolitização, desinteresse e indiferença dos estudantes universitários.

Certamente toda essa vivência que tive com vocês do NCPAM, apesar de apenas um semestre, me deu elementos para acreditar que podemos mudar o rumo da história, que não é fácil, mas é digno e é preciso. Percebi o quanto ter referências dentro do espaço universitário é importante. Porque nos faz ver na prática, comportamento de certos Professores, indiferentes e alienados, que passam essa conduta aos seus alunos.

Por isso espero que o NCPAM e todo o Movimento continuem nessa luta e consiga trazer mais estudantes para a causa, para refletir e lutar nesse processo histórico.

Informa também, que no começo do mês participei de um Congresso de Direito Ambiental com o tema "Os problemas da zona costeira do Brasil e do mundo". Levantei várias problematizações, pensando na integridade do nosso Encontro das Águas. Estou preparando um texto. Fico contente com a publicação que vocês estão organizando. Com certeza levará a causa para mais pessoas!

Voltarei, assim que os ventos soprarem para o norte novamente. Dizem que o caminho se faz caminhando, pois é eu não vou deixar de buscar, porque me apaixonei por essa terra!

(*) É acadêmica da UNESP e participa da equipe do NCPAM/UFAM.


Encontro das Águas: Santuário do Amazonas ou Fonte Imorredoura do Vil Metal?
Lison Costa
http://www.lisononline.com.br/

Faz algum tempo que me peguei pensando sobre um homem bruto do velho mundo, sentado no topo de um penhasco ibérico, olhando serenamente as águas azuis intermináveis do mar que sumiam no horizonte. Possivelmente, ele visualizava existir outro mundo nos confins, mesmo que fosse quadrado, já se dava por satisfeito. A intuição falava silente sobre outras terras e provavelmente de tanto fazer esses experimentos terminou por receber lampejos de um eldorado imaginário.A somatória da força do pensamento daquele homem se juntou a outras, terminando inconscientemente, a fazer brotar ideias notáveis no grande caldeirão coletivo de centenas de mentes que um dia se afunilou indo parar nas mãos de algum alquimista gênio e de insight, terminou por desenvolver um novo jeito de navegar, repassando-as ao infante Dom Henrique que, em 1417 fundou a Escola Nacional de Sagres. Foi o maior feito evolutivo nos transportes náuticos de todos os tempos...

Saiba mais: http://www.lisononline.com.br/ver_materia.asp?ID2=326

3 comentários:

Anônimo disse...

A JUSTIÇA JA RESOLVEL,TERMINAL PORTUARIO DAS LAJES JA.VAI COMEÇAR ACONSTRUÇAO

Anônimo disse...

Olha já!!! Parece até que é leuso ou se faz de bexta, parecendo ser um baba ovo. Acorda leso, o buraco é mais em baixo e a briga não acabou e tu vai ver o banzeiro que te espera. Garante logo o teu porque no quinhão do Encontro das Águas tu não te cria. E passarás vergonha tu é a tua quadrilha...

Mari disse...

É lamentável ver que pessoas que tem tudo se contentarem com tão pouco. As pessoas cheias de garra e respeito por todo tipo de vida que habitam a Colonia não se intimidam e se subestimam pela promessa de emprego e fartura que sabem que será por pouco tempo, somente enquanto durar a obra.Depois de pronto, as vagas não será para os moradores do local, já estão prometidas para os filhos, parentes e amigos dos articuladores. Acorda amazonense de verdade.