quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A SOCIEDADE EXCLUÍDA DOS PLANOS DE GOVERNO

ELLZA SOUZA (*)

“O Grito dos Excluídos” aconteceu em Manaus na tarde amena do dia 7 de setembro e contou com umas 3 mil pessoas que organizadamente falaram as suas mazelas e pediram providências às autoridades. Os problemas mais citados pelas lideranças foram o transporte público, o desvio de dinheiro público, a falta de apoio a agricultura familiar, a educação ruim, a saúde deficiente e é claro o total apoio em favor do Encontro das Águas e contra a construção de um porto naquele local, uma insanidade sem tamanho contra a vida de todos e de total afronta à população local.

A Igreja Católica estava presente e dom Luiz Vieira fez a abertura da manifestação no qual disse de sua felicidade em estar ali naquele momento. Vários bairros, comunidades e entidades participaram da manifestação como São Raimundo, Novo Israel, Cidade Nova, Mauasinho, Vila da Santa Felicidade, Aleixo, Tarumã, Movimento dos Sem Terra, Pastoral da Juventude, grupos da terceira idade. Alguns partidos debulharam as suas bandeiras e políticos como José Ricardo, Luiz Castro, Lúcia Antony, que abraçam esse tipo de causa, também ouviam atentos as reivindicações da população a favor da qualidade de vida. Aliás nem precisava gritar para ter o que é absolutamente direito de cidadania.

Ouvi de uma cidadã amazonense a seguinte pérola quando a convidei para o grito dos excluídos: “Não me considero excluída, sou uma incluída”. Isso para mim é omissão e por isso estamos assim tão comprometidos com os maus serviços que temos e merecemos. Incluídos mesmo minha gente só os políticos que elegemos e esquecemos. Sem cobrança e controle social eles fazem a farra.

Fiquei observando atentamente a movimentação e pude ver algumas pessoas conhecidas como Elisa Vandelli e Leandra Ribeiro do Movimento S.O.S. Encontro das Águas, o padre Guillermo, a jornalista Syglia, o jornalista Humberto Amorim que degustava um picolé e fotografava o evento inclusive a cena da prisão de um rapaz pelos soldados da Policia Militar não sei por qual motivo.

Fora esse incidente tudo correu bem e em seguida o carro de som guiou os manifestantes em direção ao Vivaldo Lima, quando todos seguiram pela Constantino Nery cantando e fazendo seus pronunciamentos em prol da vida, da ética, do meio ambiente.

(*) É escritora, jornalista e articulista do NCPAM/UFAM.

Um comentário:

Anônimo disse...

TADINHOS POBREZINHOS,NA PRATICA ALGUNS NAO SAO PORQUE OS CONHEÇO.VIVEM DIA E NOITE MAMANDO NAS TETA DO CSELA SENDO BENEFICIADOS COM BOLSAS NAS FACULDADES E NOS MELHORES CARGOS AQUI NA COLONIA ANTONIO ALEIXO.ME PROVEM AO CONTRARIO.