domingo, 21 de outubro de 2012


EDUCAÇÃO É UM DOS GRANDES DESAFIOS PARA O FUTURO PREFEITO DE MANAUS

O fato é que o prefeito eleito deverá escolher um secretário com competência e habilidade capaz de responder com propriedade esses desafios da educação. Para isso, Artur vai cumprir os postulados básicos da política com prudência e determinação em respeito à comunidade escolar do município de Manaus.

Ademir Ramos (*)

Muito tem se falado sobre educação mais pouco ou nada tem sido dito para convencer o eleitor e, em particular, os trabalhadores da educação de que a nova gestão irá promover uma política educacional que realmente garanta a qualidade do ensino na rede pública municipal. Confunde-se educação informal com educação escolar e assim vai se discorrendo sobre o tema sem pontuar questões específicas que respondam concretamente os problemas vividos no complexo sistema municipal de ensino.

Fala-se muito mais em metas do que em processo, o que requer domínio de determinados especialistas para se compreender as ações (programas e projetos), que os candidatos pretendem implementar em seu governo.

As pesquisas dão conta que o Prefeito de Manaus será Artur Virgílio Neto, consumado o fato, é necessário que tenhamos clareza das diretrizes e metas que orientam a política educacional do município, em consonância com o novo plano nacional de educação a ser aprovado pelo senado federal com vigência por dez anos. Esta é uma discussão necessária a ser feita para a consecução da formatação do Plano Municipal de Educação.

Nesta pauta dos debates das políticas educacionais deve-se contemplar a aplicabilidade da Lei do Piso Salarial dos Professes, bem como 1/3 da jornada de trabalho relativo ao trabalho pedagógico fora da sala de aula, plano de saúde com todas as especialidades incluindo odontologia, beneficio atualizado relativo à alimentação e transporte. Espera-se de pronto a definição clara e objetiva de um planejamento quanto à Formação Continuada dos Professores voltado à pós-graduação. Não se trata de oferecer bolsas de estudos, mas de garantir o cumprimento do Plano de Carreira com aprovação da Câmara Municipal o que requer de imediato ação de planejamento quanto à política de formação, considerando que aproximadamente 90% dos professores da rede são efetivos, bem diferente do Estado. Nessa mesma perspectiva deve-se definir a obrigatoriedade da promoção vertical e horizontal como política de valorização de gestão de pessoas.

Além dessas questões básicas, o novo gestor deve formular com clareza as políticas que possam dinamizar ainda mais a educação infantil, o ensino fundamental, educação de jovens e adultos, educação especial, educação tecnológica, educação indígena, entre outras demandas estruturantes, qualificando os meios necessários com seus equipamentos operacionais para o desenvolvimento das práticas educacionais resultando na melhoria do ensino-aprendizagem dos nossos alunos.

O fato é que o prefeito eleito deverá escolher um secretário com competência e habilidade capaz de responder com propriedade a esses desafios. Para isso, Artur vai cumprir os postulados básicos da política com prudência e determinação. Pois, segundo os ensinamentos clássicos há três gêneros de cérebros, explica Maquiavel: um, o dos entendem as coisa por si próprio; outro, o dos que discernem o que os outros entendem e o terceiro, o dos que não entendem nem por si próprios nem sabem discernir. Para o autor do Príncipe, o primeiro é excelentíssimo, o segundo, excelente, o terceiro, inútil e oportunista.

Mas, para isso acontecer é preciso todo empenho para se ganhar as eleições, deixando claro que o compromisso é fazer educação com mais qualidade e participação, integrada à problemática local sob a responsabilidade compartilhada dos gestores educacionais em respeito aos conselhos municipais que representam as famílias e a comunidade escolar do município, afastando de todo modo os improvisos e a peste dos aduladores.

(*) É professor, antropólogo, coordenador do projeto jaraqui e do NCPAM/UFAM.  

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