Não
se esqueçam dos vereadores
O prefeito eleito para
garantir a efetividade de suas propostas e a governança do poder precisa da
maioria na Câmara, podendo ser garantida no voto ou quem sabe por meio de
exaustiva articulação pautada nos projetos em disputa sem descambar para compra
de voto, o mensalão.
Ademir Ramos (*)
Gente o tempo é implacável, o momento
é oportuno para se discutir intensamente a política, seus candidatos, suas
alianças, o papel dos vereadores e suas responsabilidades e, sobretudo, o que
estas eleições significam para nossas vidas em sociedade. O eleitor vota
primeiro para Vereador e depois para Prefeito, o que deve ser feito eletronicamente;
na dúvida leva-se a cola com os números dos candidatos para teclar na urna, não
esqueça de garantir o seu voto, é só apertar na tecla confirmar.
Trata-se,
portanto, de duas eleições (majoritária e proporcional), para constituição de
dois poderes republicanos – o Executivo e o Legislativo. Dois poderes autônomos,
interagindo entre si para a sustentação da governabilidade e do fortalecimento
das instituições democráticas assentadas no princípio da alternância do poder.
As
alianças celebradas entre os candidatos para Prefeito muitas vezes não seguem
as mesmas ordens para a eleição de vereadores. Entretanto, deve-se respeitar a
vontade do eleitor tanto para Prefeito como para Vereador enquanto expressão da
soberania popular.
Contudo,
o Prefeito eleito para garantir a efetividade de suas propostas e a governança
do poder precisa da maioria na Câmara, podendo ser garantida no voto ou quem
sabe por meio de exaustiva articulação pautada nos projetos em disputa.
É
o sistema de coalizão que rege a república brasileira, exigindo habilidade e
competência dos atores em cena. O sistema em questão vivifica a política como
campo de interação e tomada de decisão, visando o pleno funcionamento dos
poderes, principalmente, se tratando das decisões referentes à prefeitura
municipal.
Os
aloprados do PT violaram estas regras e partiram para a compra de voto,
comprando não só os parlamentares, como também apoio dos partidos para
aprovação dos projetos do executivo, desqualificando as políticas públicas em
favor de grupos empresariais e interesses familiares. O mensalão, assim
chamado, encontra-se em julgamento no Supremo Tribunal Federal com a condenação
já dos dirigentes do PT de Lula.
Portanto,
nestas eleições não se esqueçam de votar com clareza e responsabilidade nos
vereadores como peça fundamental para o pleno funcionamento da democracia. A
sua opção é de grande valia para a boa gestão do futuro prefeito desde que seja
orientada pelo respeito e zelo a coisa pública.
(*)
É professor, antropólogo, coordenador do Projeto Jaraqui e do NCPAM/UFAM.
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