* Ademir Ramos
Todos sabem o abandono em que se encontram as estruturas de poder do Estado brasileiro. Na dúvida, recorra a uma instituição de ensino, saúde, ciência, cultura, segurança e comprove o quanto essas estão desmanteladas pelo descaso, omissão e pela prática da corrupção, que se tornou regra nas instâncias deliberativas dos aparelhos de governo.
É lamentável, mas o fato é que todos, em particular os trabalhadores e os cidadãos que necessitam desse serviço para assegurar seus direitos e garantir a cidadania plena, sejam excluídas das políticas públicas em favor dos poucos de uma elite, assim conhecida como privilegiada por viverem à custa do orçamento público e da miséria de seu povo.
A farra é medonha e contagiosa, espalhando como praga nas instituições de governo. Pois, se o comandante em chefe compra um avião novo, alegando ser necessário para o cumprimento de seus compromissos e ao mesmo tempo para livrar-se do apagão aéreo, o governante provinciano do sertão do Brasil, acha-se no direito também de recorrer ao mesmo expediente para dar volta ao mundo, alegando ser ecologista de carteirinha e outras façanhas mais.
Os desmandos se multiplicam, quando o comandante em chefe recorre aos governantes para “em regime de colaboração” implementar políticas públicas com viés populista, numa perspectiva eleitoreira. Dessa feita, celebra-se um pacto, concedendo aos apadrinhados do partido governamental status de superioridade, julgando-se como senhor da floresta e acima do mal e do bem.
Nessa conjuntura marcada pela prática da corrupção, dos desmandos e da impunidade situa-se o grito do general comandante militar da Amazônia, Augusto Heleno, que em atitude de enfrentamento, critica a política indigenista do governo federal, discordando das estratégias de demarcação dos territórios indígenas, delirando com as recorrentes ameaças de violação da soberania nacional.
Pode parecer uma fala delirante e extemporânea, mas provocou fricção entre as forças armadas e o poder executivo. O grito do comandante militar da Amazônia teve eco nas tropas, que de imediatamente conduziram ao altar do famigerado Clube Militar, no Rio de Janeiro, dando legitimidade a palavra de ordem contrária à política indigenista do governo Lula.
O pretexto do general comandante, em escudar suas críticas contra o direito das nações indígenas – para deixar mais roxo ainda – surtiu efeito. Pois, conseguiu reviver nas tropas o velho ranço do nacionalismo verde oliva, qualificando-se mais patriota do que qualquer outro cidadão brasileiro.
Ademais, tal comportamento agregou força nas tropas contra o governo civil e, principalmente contra as formas democráticas institucionais republicanas. Além das trapas motivadas, a palavra de ordem mobilizou também segmentos da sociedade civil, particularmente, na área jurídica e de moralidade cívica para dar legitimidade ao delirante grito do general endiabrado contra o direito das nações indígenas brasileiras.
Enfim, a conduta dos militares alerta o governo quanto à necessidade urgente de se desmilitarizar a Agência Brasileira de Informação (ABIN) e investir na institucionalização de uma política de informação estratégica centrada na transversalidade das ciências sob o domínio do governo republicano, salvaguardando, dessa feita, o ordenamento democrático.
* Coordenador geral do NCPAM, antropólogo e professor da UFAM.
Todos sabem o abandono em que se encontram as estruturas de poder do Estado brasileiro. Na dúvida, recorra a uma instituição de ensino, saúde, ciência, cultura, segurança e comprove o quanto essas estão desmanteladas pelo descaso, omissão e pela prática da corrupção, que se tornou regra nas instâncias deliberativas dos aparelhos de governo.
É lamentável, mas o fato é que todos, em particular os trabalhadores e os cidadãos que necessitam desse serviço para assegurar seus direitos e garantir a cidadania plena, sejam excluídas das políticas públicas em favor dos poucos de uma elite, assim conhecida como privilegiada por viverem à custa do orçamento público e da miséria de seu povo.
A farra é medonha e contagiosa, espalhando como praga nas instituições de governo. Pois, se o comandante em chefe compra um avião novo, alegando ser necessário para o cumprimento de seus compromissos e ao mesmo tempo para livrar-se do apagão aéreo, o governante provinciano do sertão do Brasil, acha-se no direito também de recorrer ao mesmo expediente para dar volta ao mundo, alegando ser ecologista de carteirinha e outras façanhas mais.
Os desmandos se multiplicam, quando o comandante em chefe recorre aos governantes para “em regime de colaboração” implementar políticas públicas com viés populista, numa perspectiva eleitoreira. Dessa feita, celebra-se um pacto, concedendo aos apadrinhados do partido governamental status de superioridade, julgando-se como senhor da floresta e acima do mal e do bem.
Nessa conjuntura marcada pela prática da corrupção, dos desmandos e da impunidade situa-se o grito do general comandante militar da Amazônia, Augusto Heleno, que em atitude de enfrentamento, critica a política indigenista do governo federal, discordando das estratégias de demarcação dos territórios indígenas, delirando com as recorrentes ameaças de violação da soberania nacional.
Pode parecer uma fala delirante e extemporânea, mas provocou fricção entre as forças armadas e o poder executivo. O grito do comandante militar da Amazônia teve eco nas tropas, que de imediatamente conduziram ao altar do famigerado Clube Militar, no Rio de Janeiro, dando legitimidade a palavra de ordem contrária à política indigenista do governo Lula.
O pretexto do general comandante, em escudar suas críticas contra o direito das nações indígenas – para deixar mais roxo ainda – surtiu efeito. Pois, conseguiu reviver nas tropas o velho ranço do nacionalismo verde oliva, qualificando-se mais patriota do que qualquer outro cidadão brasileiro.
Ademais, tal comportamento agregou força nas tropas contra o governo civil e, principalmente contra as formas democráticas institucionais republicanas. Além das trapas motivadas, a palavra de ordem mobilizou também segmentos da sociedade civil, particularmente, na área jurídica e de moralidade cívica para dar legitimidade ao delirante grito do general endiabrado contra o direito das nações indígenas brasileiras.
Enfim, a conduta dos militares alerta o governo quanto à necessidade urgente de se desmilitarizar a Agência Brasileira de Informação (ABIN) e investir na institucionalização de uma política de informação estratégica centrada na transversalidade das ciências sob o domínio do governo republicano, salvaguardando, dessa feita, o ordenamento democrático.
* Coordenador geral do NCPAM, antropólogo e professor da UFAM.
Um comentário:
A manifestação do Comnadante do CMA mostra de forma clara para a sociedade civil, que os militares em suas mais altas patentes não estão dormindo para os casos de corrupção e desmando do atual governo lulapetista,uma vez que o General Heleno vive a muitos anos a realidade da região de fronteira no amazonas, e formado pelas agulhas negras do exercito brasileiro, tem estudo não é foi um cidadão que nunca gostou de estudar como o nosso Chaves,
O Governo Federal não sabe a realidade das areas indigenas de fronteira e os riscos que a soberanoa nacional corre com possivel invasão das FARC'S em nosso territorio, mesmo trabalhando com investimentos minimos e com as forças armadas super sucateadas, pelo abandono de investimento dos ultimos governantes.
Não reduzindo de forma alguma o direito dos indigenas de terem as suas terras demarcadas e seus costumes e direitos preservados.
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