quinta-feira, 28 de julho de 2011

NO BALANÇO DAS CANOAS

Nas águas do Rio Negro, nas praias de São Gabriel da Cachoeira, as canoas bailam no porto com suas rabetas motoras movidas à gasolina. No Alto Rio Negro, no triangulo Tukano, os Tuyuca e os Bará são os povos especialistas no fazer das canoas tanto para o trabalho como também para as longas viagens familiares. As canoas seja de 4 ou de 8 bancos são verdadeiras locomotivas a circular nesses rios, onde por força das correntezas e de seu estreito canal ladeado de pedras impossibilita o navegar de grandes barcos por estas paragens. No Rio Içana, morada dos Baniwa, Baré, Nheengatu e Curipaco, os navegantes ultrapassam as cachoeiras carregando canoas de um lado para o outro, vencendo os obstáculos naturais impostos pelo rio. A canoa lembra o Baniwa Afonso Fontes é também instrumento de troca entre famílias e clãs no sentido de garantir um bom casamento e quem sabe um bom negócio pautado na reciprocidade. De fato o uso das canoas é uma constante na cultura Amazônica possibilitando homens e mulheres a se encontrarem nesse universo para celebrar afetividade, serviço e liberdade. Se no passado denunciava forma identitária hoje impõe status pelo valor acumulado.

Um comentário:

Anônimo disse...

PARABENS COLONIA ANTONIO ALEIXO TERMINAL PORTUARIO JA VAI COMEÇAR