Álvaro Tukano (*)
Por ser um dos líderes do movimento indígena brasileiro que começou em 1970 até hoje, foi com muito prazer que recebi o Convite do Professor Israel Tuyuka, para participar em setembro da discussão sobre o projeto da Universidade Federal do Amazonas - UFAM, referentes aos polos de educação indígena implementados no Município de São Gabriel da Cachoeira - AM.
No dia 05 de Setembro/11 saí de Brasília com destino a Manaus. Depois peguei a carona no avião do Governo do Amazonas com destino a São Gabriel da Cachoeira. Participei da Programação da UFAM em São Gabriel da Cachoeira, ocasião para debater os temas importantes dos povos indígenas que sempre foram "objetos" de pesquisadores do ISA (Instituto Socioambiental) e de outros curiosos ditos ambientalistas, missionários e demais aventureiros que invadem as nossas comunidades.
O Professor Israel e outros índios que passaram pelas várias universidades conversaram comigo e fizeram muito bem tomar a frente do debate dando UM BASTA naqueles que querem se apropriar dos nossos saberes. Realmente, reafirmo, que foi muito importante mesmo levar os assuntos indígenas pelos próprios filhos e filhas que falam as línguas e que precisam aprender muitas cerimônias para serem curandeiros, cantores, bailarinos, contadores de história, ecologia, botânica, zoologia indígena e outros tantos conhecimentos que temos na mente de nossos pais.
Para mim mesmo foi formidável ver tantos índios que defendem a Universidade Indígena, aberta à todos que querem aprender os conhecimentos diretamente de nossos sábios. Esse rompimento era mais que necessário, porque não adianta ter tantos índios que têm mestrado e deixar que outros venham explorar o nosso território. Isso eu já combatia desde a década de 1970. Pode ser que essa posição não seja compreendida pelos "gigolôs" de índios. Mas, defendo a Voz Indígena própria nos centros acadêmicos.
Aproveito para preencher esse espaço que, os professores Ademir Ramos, Paulo Monte, José Ribamar Bessa, Professora Leonor, Profesora Verenilde, Professora Selda, Dr Frederico Arruda, Dr Marcus Barros e outros tantos guerreiros que me deram força moral e política para que pudéssemos sustentar as nossas palavras no movimento indígena brasileiro.
Os jovens dirigentes indígenas da UFAM não podem demorar tanto tempo, porque somos índios que temos o tempo diferente dos burocratas. Os nossos jovens, hoje, são nossos porta-vozes, eles têm pais que são curandeiros que podem morrer a qualquer hora, dia ou mês. Temos que nos preocupar também com esse lado. Queria dizer, também, que a Professora Ivani, cumpriu o seu papel importante para tirar os índios da custódia de tantos pesquisadores e teóricos a respeito de nossos assuntos.
Eu estou feliz por ter participado do movimento indígena brasileiro. Quero dizer que aos jovens indígenas, que por favor, não contem com a FUNAI, FUNASA, Prefeitura e nem mesmo com PT. Hoje, o Governo é mais centralizador. Os jovens "concursados" não entendem nada de índio e nem vão entender. A máquina está parada, é só ver como estão a FUNAI, FUNASA (a saúde indígena), Prefeitura de São Gabriel da Cachoeira e o Governo Federal... perdidos em seus interesses.
(*) É lider indígena do Amazonas com reconhecimento nacional e internacional.
Por ser um dos líderes do movimento indígena brasileiro que começou em 1970 até hoje, foi com muito prazer que recebi o Convite do Professor Israel Tuyuka, para participar em setembro da discussão sobre o projeto da Universidade Federal do Amazonas - UFAM, referentes aos polos de educação indígena implementados no Município de São Gabriel da Cachoeira - AM.
No dia 05 de Setembro/11 saí de Brasília com destino a Manaus. Depois peguei a carona no avião do Governo do Amazonas com destino a São Gabriel da Cachoeira. Participei da Programação da UFAM em São Gabriel da Cachoeira, ocasião para debater os temas importantes dos povos indígenas que sempre foram "objetos" de pesquisadores do ISA (Instituto Socioambiental) e de outros curiosos ditos ambientalistas, missionários e demais aventureiros que invadem as nossas comunidades.
O Professor Israel e outros índios que passaram pelas várias universidades conversaram comigo e fizeram muito bem tomar a frente do debate dando UM BASTA naqueles que querem se apropriar dos nossos saberes. Realmente, reafirmo, que foi muito importante mesmo levar os assuntos indígenas pelos próprios filhos e filhas que falam as línguas e que precisam aprender muitas cerimônias para serem curandeiros, cantores, bailarinos, contadores de história, ecologia, botânica, zoologia indígena e outros tantos conhecimentos que temos na mente de nossos pais.
Para mim mesmo foi formidável ver tantos índios que defendem a Universidade Indígena, aberta à todos que querem aprender os conhecimentos diretamente de nossos sábios. Esse rompimento era mais que necessário, porque não adianta ter tantos índios que têm mestrado e deixar que outros venham explorar o nosso território. Isso eu já combatia desde a década de 1970. Pode ser que essa posição não seja compreendida pelos "gigolôs" de índios. Mas, defendo a Voz Indígena própria nos centros acadêmicos.
Aproveito para preencher esse espaço que, os professores Ademir Ramos, Paulo Monte, José Ribamar Bessa, Professora Leonor, Profesora Verenilde, Professora Selda, Dr Frederico Arruda, Dr Marcus Barros e outros tantos guerreiros que me deram força moral e política para que pudéssemos sustentar as nossas palavras no movimento indígena brasileiro.
Os jovens dirigentes indígenas da UFAM não podem demorar tanto tempo, porque somos índios que temos o tempo diferente dos burocratas. Os nossos jovens, hoje, são nossos porta-vozes, eles têm pais que são curandeiros que podem morrer a qualquer hora, dia ou mês. Temos que nos preocupar também com esse lado. Queria dizer, também, que a Professora Ivani, cumpriu o seu papel importante para tirar os índios da custódia de tantos pesquisadores e teóricos a respeito de nossos assuntos.
Eu estou feliz por ter participado do movimento indígena brasileiro. Quero dizer que aos jovens indígenas, que por favor, não contem com a FUNAI, FUNASA, Prefeitura e nem mesmo com PT. Hoje, o Governo é mais centralizador. Os jovens "concursados" não entendem nada de índio e nem vão entender. A máquina está parada, é só ver como estão a FUNAI, FUNASA (a saúde indígena), Prefeitura de São Gabriel da Cachoeira e o Governo Federal... perdidos em seus interesses.
(*) É lider indígena do Amazonas com reconhecimento nacional e internacional.
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