
A medida foi tomada após constatação de fraude, a partir de denúncias encaminhadas à Ufam, pela Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa (ALE-AM). O PSS foi lançado pela Ufam, em Fonte Boa, em outubro de 2011, oferecendo 333 vagas. As denúncias foram enviadas à Comissão da ALE pela Delegacia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteam). Constatou-se que essas 149 pessoas aprovadas para participar do programa não exercem o Magistério ou estavam em desvio de função.
O presidente da Comissão de Educação da ALE, deputado Sidney Leite (DEM), disse que pediu, há dois meses, a adoção de providências. “A reitora da Ufam, Márcia Perales, atendeu a nossa solicitação e excluiu essas pessoas, que estavam irregulares. Mas entendo que não basta excluir os nomes. Está claro que houve uma fraude induzida pela Secretaria Municipal de Educação e isso precisa ser apurado”, defendeu o parlamentar.
De acordo com o vice-delegado do Sinteam em Fonte Boa, professor Miécio Tavares, o Sindicato possui uma lista com os nomes de aproximadamente 90 docentes que se sentiram prejudicados pelo resultado final, já que exercem a função e não foram incluídos na formação das turmas.
O Parfor é implementado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em parceria com as Secretarias de Educação dos Municípios, Estados, Distrito Federal e com as Instituições de Ensino Superior (IES). O objetivo do programa é garantir que os professores em exercício na rede pública de educação básica obtenham a formação exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), por meio da implantação de turmas especiais, exclusivas para os professores em exercício.
Edital abriu vagas para dez municípios
Conforme o edital n° 55/2011, de 26 de outubro, a Ufam abriu 1.340 vagas para a realização do Parfor em dez municípios, com início das aulas previsto para o 1° semestre de 2012. Do total de vagas disponíveis, 333 foram destinadas ao município de Fonte Boa, especificamente para as licenciaturas em Língua Portuguesa, Ciências Biológicas, Geografia, Educação Física, História e Matemática.
Perseguindo os professores
A Prefeitura de Fonte Boa, depois de ser interpelada judicialmente pelo presidente da Comissão de Educação e Cultura da ALE, resolveu perseguir os professores que estavam em greve reivindincando o pagamento em atraso. E sem julgamento do movimento de paralisação, que durou cinco dias, a Prefeitura, arbitrariamente, descontou os dias parados mais o abono salarial da categoria, se apropriando indevidamente do trabalho dos professores. Além de fraudar o Parfor, a quadrilha que se instalou na Prefeitura de Fonte Boa resolveu "cortar a cabeça" dos professores, intimidando, ameaçando e perseguindo suas lideranças.
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