quarta-feira, 24 de junho de 2009

MEIA PASSAGEM ENTRA EM VOTAÇÃO NO SÁBADO



O vereador José Ricardo Wendling (PT) declarou que o Projeto de Emenda da meia-passagem, enviado pelo executivo à Câmara Municipal e que será votado no próximo sábado, em sessão extraordinária, não atenderá aos interesses dos estudantes. “Esse projeto restringe direitos adquiridos. É preciso que ele esteja voltado para uma política educacional, e não para interesses econômicos”, afirmou ele, referindo-se à pressão dos empresários para a redução da meia-passagem, o que estaria onerando o preço da tarifa de ônibus.

Para ele, é o setor educacional quem deve auxiliar na construção de um projeto educacional onde a meia-passagem não esteja restrita a ir e voltar da escola. “Não basta só pensarmos meia-passagem como o benefício do estudante para chegar ao estabelecimento educacional e voltar para casa. Os estudantes precisam de atividades extra-classes para a construção do conhecimento, como pesquisas em bibliotecas, idas a cinemas e a teatros, além de participar de atividades de lazer”.

É com esse “olhar” para o assunto, voltado para as relações sociais, que o vereador espera dos demais parlamentares da CMM, durante a votação do Projeto. “Nós, vereadores, representantes da população, temos o dever de analisar todo esse contexto. Porque se esse Projeto do executivo for aprovado, o problema dos estudantes não estará resolvido. Talvez se resolva o problema dos empresários, quem está hoje ditando quais são as prioridades do transporte, não da sociedade”.

O Juiz da Situação

Ás vésperas da aprovação definitiva da restrição do uso da meia-passagem por parte dos estudantes, o vereador Marcelo Ramos apresentou um projeto de Lei propondo a realização de um referendo para saber a opinião da população sobre o tema. A consolidação da redução do número de passes estudantis estaria condicionada ao resultado da consulta popular, que estaria prevista para outubro de 2009.

“O referendo é um recurso previsto na Lei Orgânica do Município, mas que nunca foi utilizado. Dada a importância do tema e o impacto que a mudança na vida do manauara, acredito que este projeto deve ser votado em regime de urgência“, afirmou Marcelo.

Ramos acha também que o assunto provocou um debate muito intenso e acalorado na Câmara Municipal de Manaus. Além disso, os estudantes ainda contestam as novas regras, que podem afastar ainda mais os alunos de baixa renda das escolas.

“O acesso ao transporte não pode ser restrito. Entendo que o sistema esteja passando por um momento difícil, mas não se pode negar que o direito aos 120 passes estudantis foi adquirido há muito tempo“, justificou.

O referendo é um instrumento previsto nos artigos 16 e 23 da Lei Orgânica do Município de Manaus. A última consulta desta envergadura promovida no Brasil tratou da Lei do Desarmamento e também foi feita após a aprovação da lei. A emenda que muda as regras da meia-passagem já foi votada em primeiro turno e até o fim da semana deve entrar novamente na pauta da Câmara Municipal de Manaus para receber o aval definitivo dos vereadores, o que deve acontecer antes do recesso parlamentar.

3 comentários:

Anônimo disse...

É e a educação óóóóó!!! Enquanto em Brasília os estudantes andam de graça sem ter que dar satisfação pra ninguém, aqui além da satisfação, tem que pagar mais caro ou andar a pé mesmo...lá vai mais quatro anos com a abelhinha zumbindo no ouvido!!!

Alrivan Gomes disse...

A abelha ta tentendo ferrar a gente de vez, o prefeito diz q está preocupado com uso indevido dos passes por terceiros, que segundo ele prejudica a população, e esquece que nós estudantes também somos a população e isso prejudica diretamente nossos projetos acadêmicos. Nós somos estudantes em todas as situções, fora ou dentro da escola, onde quer q vamos. É assim que funciona com eles também, esses vereadores não tem direito a cartão corporativo e vão fazer farra com o dinheiro público, como vereadores, nas churrascarias mais caras de Manaus? O prefeito não usufrui das regalias se ser prefeito onde quer q vá? E por que nós estudantes não podemos usufruir do nosso direito, que está longe de ser regalia, de ser estudante onde quer q vamos? Ora poha! quando preenchemos qualquer formulário, em hospital, entrevista de emprego, censo de ibge, e etc, nos identificamos como estudantes, se não temos outra atividade profissional. Eles só fazem leis pra eles mesmo, pra fazer farra com dinheiro público, aumentar seus salários e benefícios, contratar parentes em cargos públicos, gastar milhões em publicidade pra benefício próprio, e apoiar empresários com nome sujo em detrimento da classe estudantil...vamos às ruas sim e não vamos deixar que mais uma vez eles nos derrubem....Nós temos a maioria só precisamos nos organizar, somos muitos estudantes e temos condições de fazer grandes atos em prol dos nossos direitos...a luta continua gente!!
Orgulho de ser amazonense? Só depois que nós sairmos vitoriosos dessa!

Alrivan Gomes disse...

Nós fomos esmagados hoje pela polícia na CMM, eles nos espancaram de cacetetes e spray de pimenta e nos jogaram pra fora daquela casa que supostamente é do povo!! mas não vamos deixar barato, vamos confeccionar 28 bonecos de budas, as 27 marionetes do Atrazonino e o próprio todo-poderoso, pra queimarmos em ato público na segunda-feira....