Não somos daquele que torcemos pelo “quanto pior melhor” – a chamada política da terra caída. Contudo, é necessário muito ânimo para devotar a seleção tamanho brilho quando o resultado é pífio, mostrando que a seleção do Dunga deixa a desejar quando comparada com outras de tradição vitoriosa no cenário das copas, considerando o valor que o povo brasileiro tem pela paixão do futebol.
Em nossa cultura o futebol é uma dessas práticas que se multiplicam à revelia do Estado. Faça sol ou chuva, o jogo se realiza sob o controle dos populares, que muitas vezes nem sabem da grandeza de sua força na conjuntura política local. No entanto, organizam seu time e mobilizam os meios necessários para bancar os campeonatos sem comprometimento político com os movimentos sociais e outras formas de participação nas estruturas da sociedade civil organizada.
Brincar de futebol no Brasil faz parte da inserção dos jovens nos grupos espontâneos, que assimilam regras e formas desconectadas de sua formação intelectual e muito menos da luta pelo Direito cidadão. Dessa forma, a brincadeira continua sendo promovida sem participação da Escola e muito menos como manifestação de políticas públicas.
O resultado pode ser conferido no grau de escolaridade dos jogadores, que quando muito terminaram o primeiro grau. Este desencontro entre habilidade dos jogadores e sua competência intelectual denuncia o descaso do governo em relação aos cuidados que bem merece o futebol no Brasil como instrumento de inclusão social e formador da cidadania.
Pelo descaso verde amarelo, os grandes clubes, por sua vez, de forma privatista tentam organizar escolinhas de base para descobrir talentos e lançar no mercado do futebol jovens jogadores como verdadeira moeda de troca, gerando lucro aos seus “benfeitores”, que são os cartolas que se apropriam desses jovens, negociando no mercado internacional não só seus passes, mas praticamente toda sua vida profissional.
Despolitizados e com pouca escolaridade, jovens brasileiros tornam-se reféns de clubes, cartolas e agentes que mobilizam meios dos mais diversos para dar visibilidades aos seus protegidos. Tal procedimento ocorre também com as marcas que patrocinam os clubes. Estas corporações empresariais impõem toda forma de controle sobre os jogadores, os clubes e até mesmo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que circula no âmbito da Federação Internacional (FIFA).
Quanto à legislação pertinente reclama-se da falta de consistência visando à proteção dos direitos fundamentais dos jogadores e definindo com clareza as funções dos clubes e da CBF no campo das relações dos interesses privado e público.
A seleção do Dunga é produto dessa relação mercantil com pouquíssima representação de brasilidade. No entanto, no contexto nacional e da legitimidade, a CBF se apropria da paixão do futebol como se fosse seu investimento e dessa forma toma para si o que é um bem público, ofuscando o valor de futebol e seu processo representativo de identidade nacional.
Assim sendo, a seleção não é do Brasil é da CBF e seus patrocinadores, mobilizando interesses privados no mercado da indústria do entretenimento, identificando suas relações com outras determinações formais com submundo do crime aliado com a política enquanto instrumento de dominação. Pela grandeza do tema e sua importância popular a matéria deveria merecer toda atenção tanto do Legislativo como do Executivo numa perspectiva de políticas públicas e controle social.
Em nossa cultura o futebol é uma dessas práticas que se multiplicam à revelia do Estado. Faça sol ou chuva, o jogo se realiza sob o controle dos populares, que muitas vezes nem sabem da grandeza de sua força na conjuntura política local. No entanto, organizam seu time e mobilizam os meios necessários para bancar os campeonatos sem comprometimento político com os movimentos sociais e outras formas de participação nas estruturas da sociedade civil organizada.
Brincar de futebol no Brasil faz parte da inserção dos jovens nos grupos espontâneos, que assimilam regras e formas desconectadas de sua formação intelectual e muito menos da luta pelo Direito cidadão. Dessa forma, a brincadeira continua sendo promovida sem participação da Escola e muito menos como manifestação de políticas públicas.
O resultado pode ser conferido no grau de escolaridade dos jogadores, que quando muito terminaram o primeiro grau. Este desencontro entre habilidade dos jogadores e sua competência intelectual denuncia o descaso do governo em relação aos cuidados que bem merece o futebol no Brasil como instrumento de inclusão social e formador da cidadania.
Pelo descaso verde amarelo, os grandes clubes, por sua vez, de forma privatista tentam organizar escolinhas de base para descobrir talentos e lançar no mercado do futebol jovens jogadores como verdadeira moeda de troca, gerando lucro aos seus “benfeitores”, que são os cartolas que se apropriam desses jovens, negociando no mercado internacional não só seus passes, mas praticamente toda sua vida profissional.
Despolitizados e com pouca escolaridade, jovens brasileiros tornam-se reféns de clubes, cartolas e agentes que mobilizam meios dos mais diversos para dar visibilidades aos seus protegidos. Tal procedimento ocorre também com as marcas que patrocinam os clubes. Estas corporações empresariais impõem toda forma de controle sobre os jogadores, os clubes e até mesmo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que circula no âmbito da Federação Internacional (FIFA).
Quanto à legislação pertinente reclama-se da falta de consistência visando à proteção dos direitos fundamentais dos jogadores e definindo com clareza as funções dos clubes e da CBF no campo das relações dos interesses privado e público.
A seleção do Dunga é produto dessa relação mercantil com pouquíssima representação de brasilidade. No entanto, no contexto nacional e da legitimidade, a CBF se apropria da paixão do futebol como se fosse seu investimento e dessa forma toma para si o que é um bem público, ofuscando o valor de futebol e seu processo representativo de identidade nacional.
Assim sendo, a seleção não é do Brasil é da CBF e seus patrocinadores, mobilizando interesses privados no mercado da indústria do entretenimento, identificando suas relações com outras determinações formais com submundo do crime aliado com a política enquanto instrumento de dominação. Pela grandeza do tema e sua importância popular a matéria deveria merecer toda atenção tanto do Legislativo como do Executivo numa perspectiva de políticas públicas e controle social.
2 comentários:
Caros, as vezes aquela máxima do "se não quer ajudar, não atrapalha" cabe muito bem em alguns casos... como nesse por exemplo. Paremos de "verborrijar" coisas aleatórias sem nexus e simplesmente torçamos, ou não, para o grupo de jogadores que estão representando o país no maior campeonato de futebol do mundo. O mais engraçado é que sempre surgem comentários semelhantes a cada mundial. Em 1994 o Brasil tinha uma seleção que era considerada de resultados "pífios", sofrendo para conquistar sua classificação e totalmente desacreditada... e no entanto essa mesma equipe encabeçada pelo indisciplinado Romário foi a campeã desse mundial. Resumindo, se não temos nada melhor e interessante para falar... que fiquemos calados! ACREDITAAAAA!!!
O nobre articulista é o digno representante da razão cínica, que tudo faz para não ver e muito menos exercitar sua competência analítica, preferindo como a maioria seguir a boiada. Contudo, ainda vamos abrir a caixa preta da CBF e desbaratar os cartolas e os papagaios que vivem dos favores do Jabá enquanto a plebe rude tufa o peito cheio de lesonacionalismo. O que queremos discutir e analisar são as políticas públicas em atenção aos jovens brasileiros..., contrariando o pensamento único da privatização do esporte no Brasil, que alimenta os papagaios e os pena compradas.
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