sábado, 26 de junho de 2010

RECORTE DO FLIFLORESTA EM MAUÉS

A Caravana do Festival de Literatura Internacional da Floresta (Flifloresta) foi presenteada com um belo por do Sol de Maués, que motivou ainda mais seus autores a participarem do Festival. Abertura do Evento se deu às margens do rio Maués-açu, que nesse momento encontra-se em cheia com um belo espelho a refletir a quarela dos reflexos solares. Com essa beleza poética constitutiva deste cenário singular amazônico inicia-se o Flifloresta na capital do gauraná, na terra dos Sateré-Mawé, que o poeta Homero de Miranda Leão cantou em versos sob o título de Mundurucâniae. Outro autor de renomado valor é Nunes Pereira, com sua etnografia Os Índios Maués, obra referenciada nos estudos antropológico da Amazônia indígena. A cidade, segundo Márcio Souza, que desde 1975 não pisava em Maués, tem seus encantos e se destaca pela sua elegância, que é o seu modo de ser.

O Flifloresta relacionou-se com diversos públicos. No Museu do Homem de Maués, a presença notada foi de professores, alunos, religiosos e líderes dos movimentos populares. O Festival começou no dia 22 e encerrou no dia 24, em praça pública, com a festa de aniversário do Município, completando os 177 anos de criação. A logomarca do Flifloresta em Maués agregou a simbologia do guaraná dando uma versão local do Festival, ao mesmo tempo instituiu um troféu de reconhecimento aos promotores da cultura local, sendo contemplados o professor Ademir Ramos e o escritor Zemaria Pinto.

A caravano do Flifloresta chegou a Maués no dia 21 (segunda-feira) e desde já começou o processo de mobilização, participando de entrevistas e debates em rádio. Na Independência participaram do programa de jornalismo do comunicador Frank Costa, quando Márcio Souza, Abrahim Base, Ademir Ramos e Xico Gruber discutirem sobre os temas do Flifloresta convocando seus leitores a participaram dos eventos programados para os dia 22 a 24 inseridos nas comemoração dos 177 anos do município de Maués. Na Rádio A Crítica os escritores também se fizeram presentes fazendo o chamamento aos seus leitores. No interior do Amazonas o rádio continua sendo ainda o grande instrumento de comunicação de massa.

Além das praças e das conferências fechados com alunos, professores e agentes de formação, o Flifloresta juntamente com a Secretária de Cultura do Município deslocaram-se para a periferia da cidade, valendo das bibliocletas para distribuir livros e conversar com os leitores, incentivando cada vez mais a leitura como forma de cidadania. Nesta missão participaram autores, estudantes e os agentes da Secratária que integram o programa de formação de Leitores do município de Maues.

Outro momento de bela manifestação do Flifloresta foi quando o renomado escritor Márcio Souza acabou de proferir sua conferência em praça pública para mais de mil pessoas sob o tema da Leitura e a Arte de Saber e passou a autografar as suas obras para os ávidos leitores de Maués. As obras eram vendidas pelos agentes da Editora Valer a preços promocionais. A grande roda de autógrafo fez desparecer o autor que por mais de duas horas ficou a cumprimentar os leitores, autografando suas obras que já mereceram traduções em mais de dez países do mundo.

O poeta do povo Thiago de Mello, que se encontrava em Barreirinha, deslocou-se para Maués de lancha para participar do Flifloresta, em comemoração aos 177 anos da criação do município, identificado com a cultura do guaraná, a luta dos cabanos e com o povo Sateré-Mawé. Maués é sem dúvida o principal município do Amazonas, a promover um programa de Economia Cultural, que articula cultura, economia e educação numa perspectiva do desenvolvimento humano. O flagrante retrata o momento em que o poeta, de surpresa faz sua visita a biblioteca do Município e se encontra com o secretário de cultura e turismo Xico Gruber, quando juntos passam a conferir o acervo bibliográfico do municpio. Na oportunidade, Thiago de Mello fez uma bela mensagem aos leitores de Maués em louvor a leitura e a cidadania, que ficou lavrado no livro de visita da biblioteca do município. O poeta, no dia 24, quinta-feira, participou em praça púlbica do encerramento do Flifloresta e ao mesmo tempo do aniversário do muncipío, contando com mais de duas mil pessoas sob o ritmo de Celdo Braga. Thiago de Mello escreveu um poema chamado Uma Estrela de Esperança orvalhada de Lembranças para o Natal de Maués. No momento, o poeta doou os direitos autorais do poema para ser investido na formação das crianças especiais, que se encontram na escola sob a responsabilidade da Prefeitura de Maués.

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