sábado, 3 de dezembro de 2011

PESQUISA QUER QUE POLÍTICOS FISCALIZEM VERBA DA EDUCAÇÃO

Conheça o resultada da pesquisa de opinião sobre o ensino público no Brasil feito pela Câmara Federal, por meio do 0800 619 619, mobilizando 1.010 entrevistados, entre 10 a 25 de outubro. Os manifestantes, que participaram espontaneamente da consulta pública, querem que o Legislativo cumpra com o seu dever de agente fiscalizador. A resposta mais citada (28,9% dos 1.010 entrevistados) foi a fiscalização da aplicação das verbas públicas no setor. As outras respostas, em ordem decrescente, foram: aprovação de medidas para melhoria da capacitação dos professores e profissionais da área (25,7%); garantia de recursos no orçamento público para mais investimentos no setor (25,4%); e promoção de debates sobre o tema educacional (20%).

Para o presidente da Comissão Especial destinada a analisar a proposta do Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10), deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), a fiscalização é um papel importante do Legislativo, mas a população deveria ter em vista outras atividades, que têm consequências para seu dia a dia. “A formulação de regras e planos para o setor é resultado também do debate promovido por esta Casa, que é representativa da diversidade da população”, avalia.

A deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), que exerce seu primeiro mandato, reforça o desconhecimento geral sobre as ações do Congresso: “Eu mesma me surpreendi quando cheguei à Câmara. A quantidade e a qualidade dos debates promovidos é alta e, de fato, isso é normalmente desconhecido do grande público.”

Valorização dos professores

Uma das causas defendidas pelo Legislativo em diversas frentes, como lembra a presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), é o piso nacional dos professores. Aprovado no Congresso há mais de três anos, a lei que prevê o pagamento mínimo de R$ 1.187 a professores da educação básica pública por 40 horas semanais (Lei 11.738/08) até hoje não é cumprida em pelo menos 17 das 27 unidades da federação, segundo Fátima. A deputada lembra que parlamentares vêm promovendo debates e mobilizando a opinião pública em favor da aplicação do piso.

A valorização dos professores, com garantia de melhores salários e formação continuada, também foi tema da pesquisa da Câmara. A ação foi apontada por 24,7% dos entrevistados como a mais importante para a melhoria da educação nacional. As outras ações, em ordem decrescente, foram: garantia de laboratórios, bibliotecas e computadores nas escolas (20,7%); estímulo à prática da pesquisa (18,4%); aplicação da gestão democrática nas escolas (18,3%); e atualização dos currículos (17,7%).

Para Fátima Bezerra, a prioridade dada à valorização dos professores é positiva. “Isso mostra a sintonia da sociedade com os desafios que a gente enfrenta hoje no avanço da qualidade do ensino”, analisou.

No entanto, a diretora-executiva da ONG Todos pela Educação, Priscila Cruz, alertou para o risco de simplificação do debate: “Os professores ganham hoje cerca de 40% menos que os profissionais de outras áreas com mesma escolaridade e não há dúvida de que o aprimoramento da educação passa necessariamente pela melhoria da carreira do magistério. Não devemos, contudo, avaliar que a solução para a educação brasileira é simples – são necessárias também diversas outras ações, como melhoria da estrutura das escolas, reformulação dos currículos e várias outras interligadas”.

Fonte: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/206300-PRIORIDADE-DO-LEGISLATIVO-DEVE-SER-FISCALIZACAO-DE-VERBA,-DIZEM-ENTREVISTADOS.html

Um comentário:

Unknown disse...

Repudio essa gente!!! Um bando de vagabundos devorando os nossos impostos em beneficio próprio. Nenhum deles vale nada e nem me representam.