sexta-feira, 5 de junho de 2009

GOVERNANÇA AMBIENTAL



No passado, os clássicos das ciências naturais e humanas se notabilizavam por propor e inventar uma matriz de pensamento capaz de compreender a totalidade da natureza e das relações do homem. Essas construções teórico-metodológicas recorriam a diversas representações materiais para explicar os fenômenos em seus diversos campos.

As explicações decorrentes valiam-se dos conceitos de natureza, corpo, humanidade, tempo, homem, terra, sol, alma, deuses e tantos outros, compreendidos de forma analógicos com propósito de responder as indagações que povoavam as inquietações dos intelectos agentes do presente.

As inquietações continuam, mudaram-se as matrizes e as atitudes. No entanto, no campo da epistemologia da ciência novas indagações são postas, às vezes pautadas na transversalidade ou no estudo de ponta, verticalizando a pesquisa sobre uma determinada fração do problema.

Contudo, não mais reduzido a dogmática de uma determinada observação imposta em forma de lei imutável, contrariando a especificidade da matéria quanto à complexidade dos fatos. Foi assim que se formularam as políticas teocêntricas, geocêntricas, bem como o antropocentrismo histórico, negando o outro e sua diversidade em favor do imperativo dominante diluviano.

Essas práticas todas passam a ser alteradas a partir das transformações promovidas nas estruturas de poder de Estado e suas formas de governo. Assim, inicia-se no século 20 a discussão e formulação de novos paradigmas buscando compreender as relações do homem com a natureza, encerrando em si, a construção de novos conceitos para dar conta da diversidade e complexidade das relações.

Veja por exemplo, o conceito de cultura, sociedade, meio ambiente, ecossistema, poder e tanto outros, que direta ou indiretamente denunciam práticas transversais ou autoritárias. É o caso da Governança Ambiental, em se tratando de uma unidade conceitual determinada por formas de participação estruturante numa conjuntura política democrática, em atenção à gestão ambiental de determinado território nacional fundamentado nas relações da sociobiodiversidade.

No dia mundial do meio ambiente é oportuno que se avalie as práticas dos governantes quanto à Governança Ambiental, não mais como um conceito em si encarnado num determinado programa ou reduzido a uma secretaria, ministério ou agência, mas, sobretudo, como políticas públicas promotoras de valores mediados por programas curriculares educacionais, culturais e sociais sob o controle das populações e de seus agentes representativos no corpo das organizações sociais.

Um comentário:

Alrivan Gomes. disse...

E agora nossos ilustrissimos parlamentares entregam nossas terras pra serem derrubadas por grileiros...q absurdo!!! Grande homenagem ao meio ambiente...bando de salafrarios..........estão querendo privatizar a Amazônia de qualquer jeito!!!!!!!