quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

FATURAMENTO DO PIM É O MELHOR DA HISTÓRIA

A leitura dos fatos exigem dos especialistas olhares diferenciados, buscando compreender o significado das manifestações e/ou do processo gerador do conhecimento. Tanto a leitura quanto à construção dos fatos não são lineares. O que requer dos seus intérpretes estudos para desvelar o aparente, o normal ou o casual. Contudo, o analista arguto não se deixa aprisionar pelos números vai além das cifras para poder responder a questão formulada no estudo proposto. É o caso das informações que temos abaixo sobre o Polo Industrial de Manaus (PIM) quanto ao faturamento de 2010. Será que podemos comemorar uma nova marca histórica, considerando o montante dos impostos que o governo deixou de arrecadar formatado em incentivos visando à empregabilidade, bem como a resolução das questões sociais na circunscrição do projeto da Zona Franca de Manaus? - A resposta deve ser formulada a partir dos especialistas e daqueles que estão diretamete vinculados nesse processo produtivo. No entanto, é fato também que o PIM é a principal fonte arrecadora do Estado com ampla repercussão em todo o Brasil. Na verdade, trata-se de um projeto estratégico a exigir do governo federal um novo reordenamento que contemple e justifique seu desenvolvimento a partir de novos investimentos em inovação e tecnologia contextualizadas, relevando o valor capital do meio ambiente e sua sociobidiversidade. Para isso, é necessário que os seus futuros gestores não tenham ficha suja com os movimentos socioambientais e muito menos rabo preso com determinada corporação empresarial senão, além de macular a política do governo federal colocará em em risco também a credibilidade da Superintendência da Zona Franca de Manaus que é a gestora do PIM.

Lisângela Costa (*)

O Polo Industrial de Manaus (PIM) comemora nova marca histórica. Empresas incentivadas do PIM alcançaram, em 2010, faturamento de US$ 35.1 bilhões, o melhor resultado obtido pelo polo em toda a sua trajetória. Os dados constam nos Indicadores de Desempenho do PIM divulgados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).

O faturamento do PIM verificado em 2010 foi superior à meta prevista inicialmente, que era de US$ 33 bilhões. O montante superou em 35,18% o faturamento alcançado em 2009, de aproximadamente US$ 26 bilhões. Em um comparativo com 2008, até então o ano de maior faturamento do PIM, quando atingiu US$ 30 bilhões, o aumento foi de 17%. “Trata-se de um desempenho que pode ser comparado ao das principais economias emergentes do mundo”, afirma a superintendente da Zona Franca de Manaus, Flávia Grosso.

Segundo a dirigente da autarquia, o comportamento do Polo Industrial de Manaus nos últimos anos, acumulando sucessivos recordes e reagindo de maneira positiva aos momentos de crise, comprova que a Zona Franca de Manaus é um modelo de desenvolvimento consolidado e que gera benefícios não somente para a região, bem como para todo o País.

As vendas ao exterior também tiveram bom desempenho e retornaram ao patamar do período pré-crise, somando no acumulado do ano passado, pouco mais de US$ 1 bilhão. Esse volume foi 21,07% superior ao verificado no mesmo período de 2009, que foi de US$ 857.5 milhões. Essa retomada do crescimento das exportações deve-se principalmente às estratégias adotadas pela SUFRAMA visando à inserção internacional competitiva dos produtos do PIM.

Com relação aos empregos, foram contabilizados em dezembro do ano em torno de 108 mil postos de trabalho, incluindo mão-de-obra efetiva, temporária e terceirizada, ante 95 mil empregos contabilizados no mesmo mês de 2009. A média mensal de mão-de-obra foi de 103 mil emprCor do textoegos em 2010. O PIM chega a gerar em torno de 400 mil postos de trabalho indiretos.

Subsetores

O segmento Eletroeletrônico/Bens de Informática foi um dos grandes responsáveis por “puxar” o desempenho positivo do PIM. De janeiro a dezembro, o subsetor atingiu faturamento de US$ 15.7 bilhões, o melhor desempenho de toda a sua trajetória. No comparativo com 2009, cujo faturamento foi de US$ 11.4 bilhões, o aumento foi de 37,36%.

Em 2010, o segmento Duas Rodas voltou a crescer de forma mais vigorosa, contabilizando de janeiro a dezembro, US$ 7 bilhões, um percentual 32,36% maior que o contabilizado em igual período de 2009 (US$ 5.2 bilhões). O segmento Químico continuou com a sua trajetória de crescimento, obtendo o melhor desempenho de sua história a exemplo do segmento Eletroeletrônico. O faturamento do polo somou US$ 4.2 bilhões, variação de 31,89% em comparação com 2009 (US$ 3,1 bilhões).

Também merecem destaque os segmentos metalúrgico (faturamento de US$ 2.4 bilhões), termoplástico (faturamento de US$ 1.8 bilhão), mecânico (faturamento de US$ 1.4 bilhão), isqueiros, canetas e barbeadores descartáveis (faturamento de US$ 675.2 milhões) e relojoeiro (faturamento de US$ 506.4 milhões).

O segmento Beneficiamento de Borracha, cujo faturamento foi de US$ 2.1 milhões, foi o que obteve o melhor desempenho percentual, 105,24%.

Quanto à área de componentes, partes e peças, verificou-se faturamento de US$ 5.8 bilhões em 2010, um crescimento de 35% em relação ao ano de 2009 (US$ 4.3 bilhões) e 26% no comparativo com 2008 (US$ 4.6 bilhões), significando que os três principais segmentos representativos da cadeia produtiva (termoplástico, metalúrgico e mecânico) apresentaram também recuperação e expansão.

Produtos

Os produtos que obtiveram melhor desempenho no período foram: televisor com tela de cristal líquido (LCD), com produção de 8,1 milhões de unidades contra 3,8 milhões em 2009, crescimento de 113,8%. A produção de motocicletas, motonetas e ciclomotores atingiu volume de 1,6 milhão, alta de 15,87% frente à igual período de 2009, com 1,4 milhão de unidades fabricadas. Outros produtos com bom desempenho foram telefone celular, totalizando 19,1 milhões de produtos fabricados (variação de 8,45%); rádios -aparelhos, reprodutores, gravadores de áudio (não portátil), com 1,1 milhão de unidades (elevação de 91,91%); condicionador de ar de janela ou de parede de corpo único, somando 1 milhão (variação de 65,49%); câmera fotográfica, totalizando produção de 3,2 milhões (variação de 39,69%); monitores com tela de cristal líquido (uso em Informática), somando 1,5 milhão (variação de 38,27%); receptor de sinal de televisão, com 8,1 milhões unidades (variação de 34,49%) e home theater, com 647,1 mil (variação de 21,37%).

(*) É jornalista da equipe de comunicação da SUFRAMA.

Fonte: http://www.suframa.gov.br/suf_pub_noticias.cfm?id=10255

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