sexta-feira, 20 de julho de 2012


Economia: a política governamental  e o  bolso dos brasileiros

O texto abaixo é uma sumula da conjuntura econômica nacional identificando os problemas que impactam diretamente na qualidade de vida dos brasileiros, iniciando pelo nosso bolso. Veja, por exemplo, o que dizem os iluminados do governo por meio da Ata do COPOM. No entanto, a alta inflacionária é uma ameaça ao ganho imediato dos trabalhadores. É bem verdade que vários fatores sustentam esta situação, mas o grave de tudo é que as facilidades vendidas pelo crédito fácil pode nos conduzir a inadimplência e consequentemente a quebradeira do sistema financeiro. Um dos fatores que o texto não explicita, mas devemos considerar, principalmente, quando se trata da produção da Zona Franca de Manaus, é a queda na exportação. Produzir sim, mas vender para quem?  E as eleições? O governo deverá evitar algumas medidas amargas para não se desgastar perante o seu eleitorado. Mas, a partir de outubro, possivelmente a gasolina deverá aumentar provocando uma cadeia de aumento na economia nacional. Por isso, é bom que estejamos prontos tanto para o inverno ou para o verão, seguindo os ensinamentos muito mais da formiga e do que da cigarra.

Conforme consta da ata da sua 168.ª reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) considera que "são favoráveis as perspectivas para a atividade econômica neste e nos próximos semestres". É a importante mensagem das autoridades monetárias, num contexto que continua não tão claro quanto elas o veem.
Esse otimismo se baseia, em primeiro lugar, no efeito deflacionário da crise dos países desenvolvidos sobre a economia nacional, o que leva a concluir que, num outro contexto, a inflação brasileira, que realmente tende a atingir a média da meta,  seria certamente mais alta.
Em que clima caminha a economia brasileira?
Refere-se a ata à confiança dos consumidores e, em menor escala, dos empresários, afirmação que as sondagens estão desmentindo. E aponta dois fatores que sustentam a demanda doméstica: as transferências públicas e o baixo nível do desemprego, ao qual acrescenta, em outro capítulo, o crescimento moderado do crédito.
As transferências públicas teriam um sentido positivo se tivessem origem em investimentos na infraestrutura, o que até agora não é o caso, sendo as despesas de custeio as únicas a apresentarem crescimento. O desemprego tende a crescer em razão da queda da atividade econômica. Quanto ao aumento do crédito, ele se faz acompanhar de aumento vigoroso da inadimplência, que poderá redundar em problemas para as instituições financeiras.
O Copom, é verdade, considera como perigo para a economia nacional aumentos salariais acima dos ganhos de produtividade. O setor privado tem muita dificuldade para outorgar tais aumentos, mas não o setor público. Isso nos leva a duvidar da hipótese em que se baseia o Copom, de um superávit primário cheio, quando se verifica, neste segundo semestre, um forte aumento das despesas de custeio.
Até a perspectiva de um bom controle da inflação poderá se obscurecer caso, depois das eleições municipais, o governo ganhe coragem para elevar o preço da gasolina. Na melhor das hipóteses, poderemos assistir a um crescimento da dívida pública em que os juros vincendos irão sendo pagos com novas emissões de títulos públicos.
As autoridades monetárias mostraram-se muito discretas na ata sobre diversos problemas de nossa economia: a falta de investimentos, sem os quais o PIB não pode crescer; a inadimplência, que diminuirá a oferta de crédito, e, talvez, a necessidade de vir a elevar a taxa básica de juros.

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