sábado, 19 de março de 2011

MANIFESTO CONTRA A INSUSTENTABILIDADE

Vamos ocupar e desenvolver a Amazônia, sem poluir e sem criar o deserto, mas não nos deixaremos intimidar pelo medo do desconhecido.
Samuel Benchimol

Nós ambientalistas que vivemos e moramos em Manaus, capital do Amazonas no norte do Brasil, gritamos ao mundo por fraternidade e cooperação contra os males provocados por uma prática de “ocupação e desenvolvimento” sob o mando de uma política imediatista e predadora, a visar unicamente à exploração dos recursos naturais gerando danos irreparáveis as pessoas e ao meio ambiente. Os predadores do verde, aliados com políticos corruptos, valem-se das condições de exclusão de nossa gente, prometendo empregos e favores para justificar a contaminação das águas, a devastação das florestas, dos recursos naturais, ocupação desordenada do solo urbano e outros males causadores da perda de qualidade de vida das pessoas que vivem nas cidades, florestas e as margens dos rios e igarapés.

O desenvolvimento é uma construção social coletiva fundamentada na relação quantidade/qualidade. Esta equação deve ser resolvida, considerando o cenário, a soberania e as culturas dos povos, em respeito à conservação dos recursos naturais e a sustentabilidade das comunidades e sociedades, garantindo o equilíbrio entre proteção e necessidades de ordem econômica: empregabilidade, consumo, mercado, como expressão de um processo democrático e participativo.

Contra a insustentabilidade dos programas e projetos públicos e empresariais, o Movimento Socioambiental do Amazonas mobiliza força para dar um basta à irresponsabilidade ambiental no Estado, organizando uma AUDIÊNCIA PÚBLICA, com a participação da Comissão de Direito e Meio Ambiente do Conselho Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, a ser realizada em Manaus, na quinta-feira, no dia 24 de março, às 9h, no Auditório do Ministério Público do Amazonas, na estrada da Ponta Negra. A sua participação é determinante para se criar uma política sustentável e responsável no Amazonas. Indignação não basta é preciso participar.

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