terça-feira, 1 de março de 2011

ROFESSORES DE MAUÉS CONTRA SALÁRIO DE MISÉRIA

Apesar das ameaças aos professores e da convocação de um encontro pedagógico no mesmo horário da manifestação, os organizadores fizeram uma avaliação positiva do manifesto público contra a Prefeitura de Maués. A ideologia do rádio, via SEMED, chamou todos os professores municipais para participarem do encontro pedagógico, no qual seria apresentado um calendário escolar para 2011. Mas, até hoje, segundo informações, não existia o calendário, o mesmo foi montado às pressas.

Ameaças aos professores foi a tática já costumeira, que a ideologia do rádio encontrou para desarticular a participação maciça dos professores municipais na manifestação pública que aconteceu na manhã de segunda-feira (28), na Praça da Matriz, no Centro de Maués, na região do baixo Amazonas.

A população marcou presença. Faixas, foram expostas ao redor da praça, um carro de som serviu de palco para o pronunciamento dos organizadores do movimento. O ex-vereador Heraldo Santos e o Professor Lázaro Souza conduziram as apresentações. Pelo SINTEAM de Manaus falaram a professora Neila e o Professor Sebastião. Representando o SINTEAM Maués, falou as professoras Socorro Melo e Nei Dácio. Representando os vários segmentos da sociedade de Maués, falaram o professor Oziel Sá, Sidney Barreto, Aldemir Bentes, Vera, Marcos Sicsu e o professor Sidnei Sateré.

Todos os oradores exigiram que o prefeito de Maués, Odivaldo Miguel, cumprisse a Lei 189/2010 que reajusta os salários dos professores. Apesar de ter sido aprovada em 31/12/2010, até agora o prefeito ainda não pagou o novo salário e nem mostra interesse em resolver o impasse. O SINTEAM já entrou na justiça buscando fazer com que o prefeito cumpra a Lei. Presentes na manifestação os Vereadores Júnior Leite, Simoca e Martinéia que foram levar seus apoios aos professores.

O Deputado Sidney Leite, presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembléia Legislativa do Estado, também se fez presente no Ato dos professores de Maués.

Foi explicado a população o motivo do manifesto, o montante dos recursos que o município de Maués recebe para melhoria da educação, cuja aplicação e propaganda, repassadas a sociedade, não refletem a realidade da educação no município. Falta transparência na aplicação dos recursos para a educação. A ideologia do rádio usa a mídia para fantasiar a questão educacional. Para eles, Maués é exemplo em muitos campos da educação, mas na realidade, Maués não possui nenhuma creche, as Escolas Municipais Santina Prado de Negreiros e Nossa Senhora da Conceição não têm prédio próprio.

A Primeira funciona nas dependências de um prédio de propriedade da Paróquia de Maués, a segunda, funciona no antigo prédio do Sanatório. Ambas não têm estrutura físicas e funcionais para abrigar as crianças e adolescentes que ali estudam. A escola Francisco Canindé Cavalcante que abriga uma populaçao estudantil considerável, agora que a prefeitura retomou as obras de reforma iniciadas há mais de um ano. Os alunos com certeza serão prejudicados.

Em Maués, um professor com graduação e Pós graduação, recebe em média R$797,00 em valores absolutos, descontados os encargos, sobram entre R$300 a 400 reais. Pelo projeto de lei proposto pelo Executivo, o salário base da categoria seria de R$ 510,00, abaixo do mínimo de R$ 545,00 aprovado recentemente.

A Lei aprovada na Câmara depois de muita pressão sobre os vereadores, melhora estes valores, elevando o Piso Salarial para R$ 800,00, mas o prefeito se nega a cumprir a lei.

Os organizadores da manifestação prometem continuar a luta pelo cumprimento da lei pelo prefeito de Maués. Enquanto não se resolve esse impasse, os professores permanecem ganhando esse salário de miséria que para o prefeito é um ótimo salário.

Ainda sobre o problema da educação em nosso município, nesta terça-feira (1), na sessão da Câmara, o vereador Simoca tentou pela quarta vez apresentar um requerimento propondo uma audiência pública para que sejam esclarecidas todas as questões da educação. Somente os vereadores Júnior Leite, Simoca e Martinéia estão de fato empenhados nesta luta, os demais vereadores, estão se utilizando de manobras para que as sessões não dêem quórum.

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