Ameaças aos professores foi a tática já costumeira, que a ideologia do rádio encontrou para desarticular a participação maciça dos professores municipais na manifestação pública que aconteceu na manhã de segunda-feira (28), na Praça da Matriz, no Centro de Maués, na região do baixo Amazonas.
A população marcou presença. Faixas, foram expostas ao redor da praça, um carro de som serviu de palco para o pronunciamento dos organizadores do movimento. O ex-vereador Heraldo Santos e o Professor Lázaro Souza conduziram as apresentações. Pelo SINTEAM de Manaus falaram a professora Neila e o Professor Sebastião. Representando o SINTEAM Maués, falou as professoras Socorro Melo e Nei Dácio. Representando os vários segmentos da sociedade de Maués, falaram o professor Oziel Sá, Sidney Barreto, Aldemir Bentes, Vera, Marcos Sicsu e o professor Sidnei Sateré.
Todos os oradores exigiram que o prefeito de Maués, Odivaldo Miguel, cumprisse a Lei 189/2010 que reajusta os salários dos professores. Apesar de ter sido aprovada em 31/12/2010, até agora o prefeito ainda não pagou o novo salário e nem mostra interesse em resolver o impasse. O SINTEAM já entrou na justiça buscando fazer com que o prefeito cumpra a Lei. Presentes na manifestação os Vereadores Júnior Leite, Simoca e Martinéia que foram levar seus apoios aos professores.
O Deputado Sidney Leite, presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembléia Legislativa do Estado, também se fez presente no Ato dos professores de Maués.
Foi explicado a população o motivo do manifesto, o montante dos recursos que o município de Maués recebe para melhoria da educação, cuja aplicação e propaganda, repassadas a sociedade, não refletem a realidade da educação no município. Falta transparência na aplicação dos recursos para a educação. A ideologia do rádio usa a mídia para fantasiar a questão educacional. Para eles, Maués é exemplo em muitos campos da educação, mas na realidade, Maués não possui nenhuma creche, as Escolas Municipais Santina Prado de Negreiros e Nossa Senhora da Conceição não têm prédio próprio.
A Primeira funciona nas dependências de um prédio de propriedade da Paróquia de Maués, a segunda, funciona no antigo prédio do Sanatório. Ambas não têm estrutura físicas e funcionais para abrigar as crianças e adolescentes que ali estudam. A escola Francisco Canindé Cavalcante que abriga uma populaçao estudantil considerável, agora que a prefeitura retomou as obras de reforma iniciadas há mais de um ano. Os alunos com certeza serão prejudicados.
Em Maués, um professor com graduação e Pós graduação, recebe em média R$797,00 em valores absolutos, descontados os encargos, sobram entre R$300 a 400 reais. Pelo projeto de lei proposto pelo Executivo, o salário base da categoria seria de R$ 510,00, abaixo do mínimo de R$ 545,00 aprovado recentemente.
A Lei aprovada na Câmara depois de muita pressão sobre os vereadores, melhora estes valores, elevando o Piso Salarial para R$ 800,00, mas o prefeito se nega a cumprir a lei.
Os organizadores da manifestação prometem continuar a luta pelo cumprimento da lei pelo prefeito de Maués. Enquanto não se resolve esse impasse, os professores permanecem ganhando esse salário de miséria que para o prefeito é um ótimo salário.
Ainda sobre o problema da educação em nosso município, nesta terça-feira (1), na sessão da Câmara, o vereador Simoca tentou pela quarta vez apresentar um requerimento propondo uma audiência pública para que sejam esclarecidas todas as questões da educação. Somente os vereadores Júnior Leite, Simoca e Martinéia estão de fato empenhados nesta luta, os demais vereadores, estão se utilizando de manobras para que as sessões não dêem quórum.
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