quarta-feira, 16 de março de 2011

NOSSAS HOMENAGENS AOS PROFISSIONAIS DA QUÍMICA

No ano internacional da química prestamos nossas homenagens a esses profissionais que muito contribuem para a sustentabilidade do planeta, cuidando da vida em suas variadas formas existenciais. Os holofotes se voltam para Gonzalo Moreira Monardes, com formação em química e em engenharia eletrônica, que presta consultoria nesse campo em diversos continentes. Nascido no chile, Gonzalo começou seus estudos na Áustria, prolongando-se pela França, Inglaterra e Brasil. No momento, com apoio da Manaus Sistem, vem discutindo junto às Universidades e empresas de Manaus a pesquisa como valor agregado tanto para instituição promotora como para o profissional que a desenvolve. Segundo ele, nesse campo é necessário que a pesquisa seja promovida desde o início da educação escolar, aprimorando-se no curso da formação e capacitação profissional. Para isso faz-se necessário apropriar-se de determinadas tecnologias como extensão do conhecimento com objetivo de comprovar hipóteses e até mesmo atestar determinados laudos podendo orientar procedimentos de políticas públicas em atenção a responsabilidade social e ambiental. É o caso do nosso Encontro das Águas do Rio Negro com Solimões, que reclama de estudos e pesquisas capazes de compreender a complexidade desses ecossistemas e quem sabe possamos formular novas perguntas capazes de motivar pesquisas centradas na biodiversidade e na qualidade de vida das comunidades do em torno desse fenômeno que reivindica homologação imediata do seu tombamento. Além da entrevista abaixo, o NCPAM fará uma pauta específica com o Dr. Gonzalo Monardes, no Programa Na Terra de Ajuricaba que vai ao ar nesta sexta-feira (18), às 19h, com representação durante a semana pela TVUFAM Canal 7 ou 27 da NET. Confira a entrevista:

2011 é o Ano Internacional da Química. Qual a importância deste ato para os profissionais da área?

GONZALO - É de grande valor, temos a oportunidade de mostrar a importância do profissional de química em toda sua abrangência, porque será importante mostrar como praticamos a química em casa, no trabalho, nos laboratórios, podemos mostrar como aplicamos os controles de qualidade em nosso dia – dia e como praticamos as pesquisa.... Só tenho medo de perdermos esta oportunidade no Brasil e quem sabe no Amazonas.

Enquanto profissional da química qual sua contribuição para pesquisa no ecossistema do Encontro das Águas?

GONZALO - Na minha vida profissional tive a oportunidade de conhecer um projeto chamado S.O.S. Mata Atlântica, participamos ativamente durante 10 anos (1986-1996), Labobar- Instituto de Ciência do Mar, quando projetamos o laboratório de Biogeoquímica Costeira, e mais agora, estou sendo convidado a participar do projeto do Encontro das Águas que me foi apresentado e estou me apaixonando e desde já me comprometo buscar novos parceiros para cuidar do patrimônio e preservar esse bem tão valioso para o mundo. Acredito muito neste projeto e acredito também que está chegando em boa hora. Parabéns para os profissionais que abraçaram esta causa humanitária e socioambiental.

Quanto à capacitação dos profissionais, como tem sido no Brasil e no Exterior?

GONZALO - No exterior o que mais me chamou a atenção foi que nas escolas ( primárias ), há importância de se praticar pesquisas em laboratórios, conceitos de boas praticas, segurança... respeitando a “química" como uma ciência eficaz. Nas Universidade essa formação se intensifica dominando as teorias e qualificando ainda mais o profissional para o futuro. No Brasil, nas escolas, os alunos conhecem a química no “giz e quadro negro”, desmotivando nossos futuros pesquisadores. Nas universidades estamos dominando os conceitos citados acima e, por sua vez, qualificamos cada vez mais este profissional para o mercado de trabalho, é claro estou generalizando e sendo extremista, mais na grande maioria é essa nossa realidade no Brasil. Temos que mudar, o ano internacional da química requer dos profissionais atitudes sem perder a oportunidade de se dominar novas ferramentas criando condições de igualdade profissional relativo ao mercado, em qualquer lugar do mundo uma Universidade e uma empresa com profissionais de relevante valor faz a diferença, eis o nosso desafio.

O Amazonas será um dos Estados a sediar a Copa do Mundo, o que poderia ser feito para agregar novos valores a essa iniciativa?

GONZALO - Quando o Rio de Janeiro foi sede do Pan-americano tivemos a oportunidade de projetar e implantar os laboratórios anti-doping para as Olimpíadas (2016), já estamos trabalhando em um novo e mais moderno laboratório para o mesmo fim, respondendo sua pergunta . Não tenho ouvido falar sobre algum laboratório dessa natureza por aqui. Temos mais uma vez a oportunidade. No meu ponto de vista deveríamos criar um grande projeto, de maior abrangência , efetuando analises das águas, dos alimentos .... para mostrar aos visitantes e torcedores que temos um Estado saudável. Tal investimento geraria grande impacto no turismo e nos segmentos específicos que interagem diretamente com este mercado. Novamente, volto a tocar na tecla da oportunidade, não devendo ser esquecida, para o bem de todos.

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