quinta-feira, 10 de março de 2011

VIADO SE ESCREVE COM VI OU COM VE? O QUE MUDA É A INTENÇÃO

Ellza Souza (*)

Viado ou veado, o bicho é o mesmo, o que muda é a intenção. Lages ou Lajes. Escrevo do jeito que quiser e souber sobre o lugar chamado Lajes que tanto me remete à minha infância. Eu posso pois como o jaraqui cujo berçário existe na ponta das Lajes e que alguns incompetentes querem acabar construindo por ali um porto de grande porte. Com g ou com j o que importa é a má intenção que está por trás de uma empresa ou grupo de empresas que deveriam estar atentas às necessidades da sociedade e não pagar “anônimos” para denegrir pessoas e deturpar os fatos simplesmente por estarem se manifestando em prol da vida de todos, inclusive dos anônimos e dos donos desse tipo de empreendimento.

Gostei demais de ser chamada de “rebelde sem causa” mas não tenho esse cabedal para ser considerada assim mas agradeço apesar de tudo. Quem compactua com a preservação do Encontro das Águas é, sim, um amante da vida no planeta em todas as suas formas e no meu caso procuro me manifestar pacificamente escrevendo livremente sobre o que acredito.

A liberdade, aliás, não é pra qualquer um. Poucos podem se manifestar sem as amarras do dinheiro e da corrupção. Projetos onde essas amarras se manifestam por meio de anônimos preocupados com rebeldes sem causas, às escondidas, que não mostram a cara, não defendem seus trabalhos, seus objetivos e não procuram o diálogo com a sociedade, não posso acreditar. E não acredito em obras que venham desse tipo de empresa. Acredito na conversa, na transparência, nas boas intenções, na paz. Quero as Lages ou Lajes? intactas, para recobrar a memória de meu pai e a história do povo do Amazonas.

Do fundo do encontro das águas e do meu coração desejo ardentemente que todos da cidade de Manaus, do Brasil e do mundo, se manifestem em prol do bom senso, a favor da natureza que não agüenta mais tanta agressão e vez por outra mostra a sua força, descomunal em relação a seres tão fraquinhos mas tão arrogantes. Desculpem os erros e outras imperfeições. Prometo melhorar.

(*) É jornalista, escritora e colaboradora do NCPAM/UFAM.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns, Senhora Jornalista por seu belo texto. Isso nos dá certeza que nossos aguerridos defensores do extraordinário ENCONTRO DAS ÁGUAS estão muito bem acompanhados, e que tem gente do bem registrando a luta deles. Seu texto está ótimo, ao contrário de uma baboseira que um jornal de Manaus publicou domingo, 13 de março, não prestei nem atenção no autor daquela lengalenga, fiquei tão inojado com aquela porcalhada que rasguei aquele troço em mil pedaço, mas lembro de trechos daquela aberração; primeiro ele tenta seduzir com papo furado o nosso grande e honrado escritor TENÓRIO TELLES.Segue trechos do tal texto: *O projeto que você demoniza é o único empreendimento que se submeteu a todos os expedientes legais e constitucionais p/ empreender na orla de Manaus, imanina! *O órgão ambiental atestou a lisura dos estudos, levados a efeito por renomados doutores da academia... *Ninguém de boa fé pode ser contrário ao tombamento do fenômeno... Vamos respeitar!!!